sábado, janeiro 31, 2009

PIRATAS DE ENERGIA (HÃ?!?)

Quando me convenço que já li todo o tipo de bobagens, deparo-me com "pérolas" como esta que transcrevo abaixo, mantendo o texto conforme foi veiculado, diretamente da lista "Apometria e Umbanda":

Em nossa última reunião nos deparamos com um grupo de espíritos que realiza uma atividade bastante curiosa, o 'tráfico' de energia.

Em sua última encarnação, no século XIII, eram um bando de piratas e viviam do saque e da pilhagem. Ao desencarnarem, no astral, permaneceram com suas atividades e se 'adapetaram' ao ambiente. Passaram a roubar energia de grupos espíritas. Possuiam um tipo de garrafa transparente, semelhante ao vidro, onde armazenavam a energia retirada dos grupos mediúnicos, à qual misturavam outros fluídos de baixa vibração a fim de poderem absorver um pouco dessa energia e o restante era 'vendido' ou 'trocado' com entidades trevosas.

O líder deles estava tão 'ligado' nesta atividade que quando lhe propus que aceitasse nossa ajuda e lhe disse que ele seria levado a um hospital no astral ele imediatamente pensou que lá poderia obter muita energia e pensava em como fariam para manipulá-la.

Enquanto conversava com este ser incorporado numa das médiuns, um outro ser dançava freneticamente ao redor do grupo mediúnico lançando feitiços sobre nós.

Paralisei o ser e continuei o diálogo com o tal líder; como se mostrava reticente e só pensava em 'roubar' nossa energia, já estava a ponto de enviar todos para longe dali, estavam todos sentados de pernas cruzadas no chão ao nosso redor, dentro de uma bolha quando um deles disse a outro médium, num tom meio jocoso:

- Levamos tanto tempo pra te encontrar capitão e já ai nos mandar embora?

Indaguei a quem ele se referia e disseram que era comigo. Eu fazia parte daquele bando de piratas e parece que houve alguma 'divergência' de opinião e esse grupo foi degredado. Parece que todos tinham muito medo de mim e disseram que eu era muito mau.

O ser que estava incorporado tinha uma espada cravada nas costelas, retiramos e 'curamos' ele, que se impressionou com minha 'magia', assim como os demais. Curamos os demais e todos queriam saber como eu adquirira aquele 'poder'. Por fim, após muita conversa, eles aceitaram nosso auxílio e foram levados pela equipe espiritual.

Abraços.

Realmente, não falta mais nada... Piratas de energia...

Não é dificil perceber pelo relato, que tal histeria coletiva (desculpe, mas não tenho outro nome para isto... aliás, tenho mas é impublicável...) se deu em uma sessão de apometria em algum terreiro "umbandista apométrico" por ai.

A capacidade criativa deste povo, realmente, não tem limites. Deveriam pensar em começar a escrever roteiros para o cinema e a televisão, pois ganhariam muito dinheiro. 

Um "médium" inventa a história, o tal "apometra" que comanda desenvolve o roteiro, com direito a "paralisações" de espíritos (será que, como o Sr. Spock da série "Jornada nas Estrelas", há algum tipo de "toque" para que isto aconteça?) e uma revelação "bombástica" de que aquele que comandava os trabalhos havia sido o "capitão" dos maltrapilhos corsários.  

O animismo, conjugado com a vaidade, é tanto que as pessoas querem estar no comando, mesmo que seus comandados sejam espíritos trevosos de uma ridícula, fantasiosa e improvável trupe de "piratas de energia".

Incrível como as pessoas nunca foram subalternas, sempe estiveram em sua encarnações passadas e mesmo nas "gangs" do astral inferior, como líderes, comandantes, capitães...

Acredito que atualmente tal "bando de piratas" deva ser comandada pelo sanguinário Davy Jones, aquele vilão com cara de polvo e mãos em forma de pinças de caranguejo da trilogia cinematográfica "Os Piratas do Caribe".

E tem gente que ainda chama estas patacoadas de Umbanda.

terça-feira, janeiro 27, 2009

UMA DOENÇA CHAMADA FANATISMO CRISTÃO

As questões em torno de fanáticos religiosos resumem-se nisto: o ego, a vaidade, a ilusão de ter um contato único (e exclusivo) com o que chamam de “Deus” não os permite analisar absolutamente nada com imparcialidade a partir de um ponto neutro.

Venho de uma família de evangélicos, inclusive, como já escrevi aqui, fui um deles.

Não faz muito tempo discutia com a minha sobrinha exatamente sobre as questões contraditórias da Bíblia, assim como os erros científicos que ela apresenta, e perguntei como ficaria a sua fé caso a ciência comprovasse, por “a+b”, que tudo aquilo não passava de mito, de algo que um povo do deserto inventou para se manter com alguma esperança. Recebi como resposta que mesmo assim continuaria acreditando.

Para os judeus, e por extensão para os cristãos, D-us criou o universo há apenas 5.769 anos. Já expliquei uma vez, e faço de novo: o ano judaico se baseia na criação do universo. O primeiro dia da criação (7 de outubro do ano 3761 antes da Era Comum — o que, segundo os historiadores, é o dia 1º de Tishrei), ou seja, o “Fiat lux”, é a data de partida para a contagem do tempo, não somente do ano vulgar mas também do surgimento do próprio universo.

Para eles o mundo começou tempos depois do que a ciência chama de “Revolução Neolítica”, onde o homem já plantava, cuidava de animais e tudo mais. Apenas para pontuar o absurdo desta crença, em 6.000 a.C o homem já produzia cerâmica. Mas para os judeus e evangélicos, Adão e Eva estavam saltitando pelados pelo jardim do Éden.

Dentro de uma visão científica, eu poderia apontar diversos outros erros bíblicos aqui, mas este simples erro de calendário já demonstra que o “credo” deste povo em relação à não haver erros e/ou contradições na Bíblia é furado.

Sinceramente, acredito que o fundamentalismo cristão é tão ou mais perigoso do que o islâmico.

O primeiro tenta dominar a sociedade através de dogmas, falsos preceitos morais e sociais, se embrenhado no poder, contaminando a democracia com a sua visão distorcida, bases pseudo-científicas (vide a questão da tentativa de proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA...) e pseudo-moralistas (homossexualidade, sexo antes do casamento e até mesmo posições ou práticas sexuais como sexo oral e anal). O segundo é menos sutil m seus intentos, usando da luta armada e do terror para conseguir o mesm o domínio que os cristãos querem. A diferença entre um e outro é apenas o livro sagrado.

No excelente documentário “The Root of Evil – God Delusion” e a sua continuação “The Virus of Faith”, podemos ver os absurdos que cristãos, judeus e muçulmanos ensinam à suas crianças e como se fabricam fanáticos com viseiras científicas, morais e sociais. Na segunda parte deste documentário, apresentado pelo professor da Universidade de Oxford, Richard Dawkins, um fundamentalista cristão defende a idéia de que, como a bíblia determina, o Estado passe a condenar à morte os adúlteros. =/

Em verdade, o texto vetero-testamentário demonstra absoluto desrespeito à vida humana, sendo que o simples ato de desatar um nó no sábado, seja por qual motivo fosse, era o suficiente para ser condenado à morte. A narrativa está cheia de genocídio, infanticídio, luxúria, mentira e ordenanças tão estúpidas e ilógicas, tudo da autoria de “Deus”, que fico imaginando como seria um livro semelhante escrito pelo tal “diabo”. O deus bíblico manda matar com uma facilidade tão grande, dizimar povos inteiros, tomar terras e promover limpeza étnica com uma naturalidade que espanta.

Perceba que os evangélicos acreditam que exista uma conspiração maçônica/illuminati/luciferiana/satânica para a dominação do mundo (vide o péssimo site "Espada do Espírito") em tudo que lê.

Mas esquecem que a maioria da riqueza mundial está nas mãos de judeus, em especial aqueles radicados nos EUA (por isto este país vive defendendo Israel), que o povo hebreu, que seria o “escolhido de Deus” dizimou vários povos para chegar à Canaã, que a Bíblia está cheia de violência, imoralidades e outras praticas em nome e por ordem deste “Deus”, mas não se importam com isto. Por outro lado, vivem buscando com lupa qualquer palavra de violência, dominação e imoralidade nos textos de outras religiões e Ordens iniciáticas.

São FANÁTICOS e HIPÓCRITAS.

O raciocínio é simples: tudo que eles acreditam, incluso a Bíblia, vem de “Deus”, portanto genocídio, infanticídio e atitudes imorais dos grandes personagens bíblicos, incluso Abraão, Moisés, Davi, etc, estão justificadas. Se dentro de suas congregações descobrirem que um irmão usou de algum ardil para se deitar com a mulher de outro, ele é expulso. Davi manda Urias para a frente de batalha mais ferrenha, esperando que ele morresse para que pudesse dormir com a viúva e é considerado um grande homem de “Deus”.

Os evangélicos são tão hipócritas, que como se não bastassem ter tomado para si a propriedade sobre D-us, querem também exclusividade sobre todo ato obsceno, imoral, injusto, sangrento e belicoso da divindade bíblica. Nenhum outro livro ou doutrina pode ter matanças, sexo ilícito, ou dominação social, porque seria coisa do diabo.

Só no deles tais barbáries são coisas de "deus" e, por isto, plenamente aceitáveis.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

SANDICES, GENOCÍDIO, INFANTICIDIO, INCESTO E OUTRAS COISAS MAIS NA BÍBLIA

Se há uma coisa que eu não suporto mais é ouvir e ler evangélicos dizendo que a Umbanda é uma religião demoníaca, de engano, que serve à "satanás" e "lúcifer", que consideram uma espécie de "deus do mal".

Mas enquanto a Umbanda prega união, amor, caridade, paz, vejamos o que alguns textos bíblicos pregam e ensinam sobre a natureza do "deus' que os evangélicos adoram.

A Bíblia é aquele livro que narra que o velho Noé conseguiu embarcar centenas de milhares de animais em um espaço de 135 metros. Que fala sobre jumentos e cobras falantes, e que faz com que seus crentes acreditem que a terra tem pouco mais de 5 mil anos.

Ensina também que todos os 6,5 bilhões de habitantes deste planeta, no que pese o absurdo científico e genético desta afirmação, descendem de um mesmo casal, e que por gerações houve procriação entre pais e filhos, irmãos e irmãs, e deste único casal, surgiu toda a diversidade étnica do planeta, sem nenhum tipo de aberração genética devido à procriação entre parentes consangüíneos

Engraçado como os evangélicos insistem em colocar a Umbanda e outras religiões à serviço do tal "satanás" e de seu "alter-ego" "lúcifer", mas é na Bíblia que vemos o deus deles mandando matar mulheres e crianças indefesas, dizimar da face da terra os medianitas, os cananeus, assim como destruir Maqueda (genocídio), passando no fio de espada tudo que tivesse fôlego.

É o deus bíblico que manda uma ursa (ursa na palestina?!? Felizmente, diz Voltaire à este respeito, não existem ursos na Palestina) sair de dentro da floresta para matar crianças que chamaram um profeta careca de "calvo" (2 Reis 2:23-24). É o deus bíblico que pede a vida de Isaque (sacrifício humano) para que Abraão prove sua fé. (Gen 22:2) Isto sem falar no incesto entre Lot e suas filhas. (Gen 19:30-36)

Algo como este versículo - "... Não deixe ninguém vivo. ... destrua completamente como Jeová teu Deus tem ordenado que você ..." (Deut. 7:1-2) - só é aceitável por parte dos evangélicos porque está escrito na Bíblia, porque os hipócritas vivem apontando e condenando qualquer passagem que fale em guerra, em destruição no Alcorão, para dizer que o Islã é uma religião violenta.

As igrejas ocidentais cristãs vivem "denunciando" a severidade da Lei Islâmica que manda matar adúlteros à pedradas, cortar as mãos de ladrões e condenar à morte por decapitação crimes como homicídio, estupro, etc. Falam de "barbárie" em relação à isto. Mas reverenciam um livro onde "deus" manda fazer as mesmas coisas (e até pior), por motivos fúteis como o caso do hebreu que foi condenado à morte por Moisés por estar apanhando lenha no dia de sábado (Num 15:32).

Imaginem só: Moisés manda apedrejar um homem até à morte simplesmente porque ele recolhia lenha no sábado.

O maior pais protestante do mundo, os EUA, até bem pouco tempo executava prisioneiros na cadeira elétrica (já imaginaram o suplício de uma morte por eletrocução?), e apesar do mandamento bíblico de "não matarás" e após a vinda de Jesus a "lei" ter caído (nada mais de "olho por olho"...) eles continuam matando seus prisioneiros, muitos deles inocentes. O mais engraçado é que não é raro vermos um crucifixo pendurado na parede, não somente na Suprema Corte daquele país, mas nas Supremas Cortes estaduais.

Os evangélicos adoram um deus que ordenou genocídio, infanticídio, incesto, mortes por motivos banais, e a Umbanda que é "satânica" e "luciferiana"?

Será que se tudo isto que citei estivesse escrito em algum livro umbandista, o que os fariseus modernos diriam? Com certeza algo do tipo "doutrina demoníaca que manda dizimar povos inteiros, matar crianças e praticar incesto".. mas como está escrito no livro sagrado deles, no qual baseiam a sua fé, então tudo isto é benéfico, "propósito de deus" e não se discute.

Particularmente, nunca ouvi nenhuma Entidade, de fato e de direito, que se manifesta em nossos Terreiros falar de destruição, morte, genocídio e incesto. Jamais li em um livro de Umbanda sério, nenhum tipo de menção para que se passe à "fio de espada" tudo que " tenha fôlego", assim como algum relato que crianças foram mortas por um animal selvagem por ter chamado alguém que é gordo de "obeso" ou careca de "calvo".

Mas mesmo tendo todos estes elementos no livro que os evangélicos seguem, inclusive como "lei moral", eles que são os "filhos de Deus" e nós, adeptos de uma religião pacifista, que somos os "filhos do diabo".

Na visão hipócrita dos evangélicos, a Bíblia pode conter qualquer absurdo, tanto científico quanto moral, que está tudo justificado, já que é a "palavra irrefutável de Deus". Mas se coisas semelhantes são escritas em outros livros que eles não considerem "sagrados", então tudo passa a ser "engano" e 'tropeço" de satanás.

De toda forma, fico satisfeito em saber que os evangélicos evocaram para si a "propriedade" de um deus que manda perpetrar tantos absurdos. Particularmente, queri distância de um deus que de uma hora para outra possa mandar que eu sacrifique o meu amado filho para provar minha fé nele.

domingo, janeiro 25, 2009

IGREJAS, TERREIROS E CRIANÇAS

No excelente filme "Religulous", o comediante Bill Maher entrevista o Reverendo Jeremiah Cummings, líder do Ministério Amazing Life World Outreach.

Em determinada parte da entrevista, o Reverendo (que exige ser chamado de "doutor", apesar de não ter nenhum curso superior) afirma que Teddy Pendergrass havia sido ordenado "pastor" aos dez anos de idade.

Bill Maher, então, pergunta:

"O que me diz de uma religião e a sua seriedade, quando se pode ser um pastor aos 10 anos de idade?".

Obviamente, a resposta é o silêncio do tal Reverendo.

No vídeo a seguir, vemos uma criança, com não mais do que 3 ou 4 anos de idade, "pregando" em uma Igreja evangélica americana, enquanto a congregação, exultante, aplaude e manifesta a sua concordância com o triste espetáculo ao gritos de "obrigado, Jesus", "Aleluia", "Obrigado meu Deus".

Infelizmente, na Umbanda, é comum vermos "ogãs mirins" tocando atabaques nas sessões de atendimento ao público.

Levando-se em consideração a responsabilidade que se deve ter para "bater o couro", e o nível de carga energética a que os Ogãs estão sujeitos, é de lamentar que este tipo de coisa ainda aconteça e, tal e qual nesta igreja evangélica, as pessoas ainda achem "bonitinho" uma criança, sem preparo algum, em uma posição tão delicada.

Talvez fosse o caso de perguntar:

"O que me diz de um Terreiro e a sua seriedade, quando se pode ser Ogã aos 10 anos de idade?".

Certamente, teremos o silêncio como resposta.


sábado, janeiro 24, 2009

CLAREANDO

Recebi um email muito interessante hoje, que me questionava (acusando) de uma série de coisas, portanto resolvi deixar algumas coisas claras para quem me lê.

Nunca, em tempo algum, tive inveja de ninguém, em especial de Rivas Neto ou qualquer um de seus discípulos. Em outros textos, inclusive, elogio a criação da Faculdade de Teologia Umbandista e o que ela representa para o Movimento Umbandista, e faço o mesmo em relação ao trabalho, como músico, do William do Carmo Oliveira.

Diga-se de passagem, que o trabalho deste último resgastando fonogramas antigos, apresentando para a sociedade a "música de terreiro" e mantendo o imenso acervo da FTU, é algo que deve ser reconhecido e aplaudido. Acredito, sinceramente, em uma oposição consciente, responsável, não em algo intransigente.

Os meus aplausos à estas duas pessoas, no entanto, terminam nisto.

Houve um tempo que gostava sobremaneira dos elogios fáceis, do bajulamento, do reconhecimento. Hoje em dia, meu ego está sob controle, e quero apenas criar meu filhos carnais, orientar os poucos espirituais, cuidar de minha empresa, da minha vida e de meus amigos. Não quero liderança, não procuro discípulos, não quero ninguém me bajulando.

Portanto, dizer que minha aguerrida oposição à Rivas Neto e minha troca de amabilidades com Obashanan são fruto de "inveja" é uma asneira infantil. Meus problemas com Rivas e seus discípulos, em especial Yan Kaô, se devem a questões muito pessoais que não são de hoje.

A nossa animosidade é pautada em antipatia mútua, diante de dez anos de luta, por motivos variados, sendo que muitos eu não posso expor publicamente por questões legais.

Mantenho este espaço como uma forma de expor minhas idéias e opiniões sobre como andam as coisas no atual Movimento Umbandista.

As vezes faço pesquisa na rede e vejo que alguns sites e blogs publicam textos meus, mas em momento algum tenho ao intenção de fazer seguidores ou quero que as pessoas acreditem que a minha visão é a correta, a verdadeira. Meu desejo é apenas que meus leitores PENSEM, RACIOCINEM e que tenham um ponto de vista diverso daquele que a "propaganda oficial" da FTU/OICD/CONSUB/CONUB passa. Nada mais.

Fazer oposição a algo ou alguém não quer dizer que temos sentimento de inimizade. De minha parte, não considero Rivas Neto (e os seus), assim como Robson Pinheiro, como meus inimigos.

Obviamente, também não são meus amigos.

Não desejo mal algum à estas pessoas, mesmo sabendo que a recíproca não é verdadeira. Se força de "encruza" e de "pemba", vindo de uns e outros, realmente me atingissem já estaria morando no jazigo perpétuo de minha família, no cemitério do Bonfim, faz tempo.


Mas estou aqui, vivo, gozando de perfeita saúde física e mental, livre de corpo e mente, com a consciência tranquila, seguindo a minha vida e criando meus filhos na Lei de Umbanda.

O missivista também pergunta o motivo pelo qual "ataquei" Robson Pinheiro e Norberto Peixoto, se teria "inveja" deles também, já que não tenho a "fama", o "dinheiro" e a "respeitabilidade" deles.

Outra asneira.

Sendo assim, Diogo Mainard, por exemplo, critica o presidente Lula porque queria ser como ele? Acredito, sinceramente, que isto não deva estar os plano daquele articulista.

Sempre acreditei que toda pessoa que publica suas idéias é passível de críticas, incluso eu mesmo.


No caso de Robson Pinheiro, ele criou uma mística em torno do seu nome, vive a contar "estórias" afim de destacar como é um médium extraordinário,a pregar, hipocritamente, conceitos que ele mesmo não segue.

O escritor fala de "caridade", "humildade", "conformismo"; chama a minha atenção por não tratá-lo com "respeito" e "gentileza" em uma correspondência, mas se acha no direito de chamar de "vaca" uma mulher se portou de forma inconveniente em sua casa espirita. Ou seja, age como um hipócrita, uma fariseu moderno, exigindo um tratamento que ele mesmo não dispensa às outra pessoas. Isto sem falar no número imenso de bobagens sobre a Umbanda que escreve em suas obras e fala em seu programa dominical.

Aliá, este é meu grande problema com estes famosos: as contradições, as incoerências entre aquilo que efetivamente praticam e o que escrevem. As obras de Robson Pinheiro e Rivas neto têm um aroma de "faz o que eu mando e não olha o que eu faço".

Em relação a Norberto Peixoto, a questão ser resume a não gostar mesmo do que escreve e achar que esta coisa de "apometria umbandista" é mais uma contaminação no meio, só isto. Mera crítica de conteúdo, nada mais.

Por fim, meu interlocutor desafia que eu apresente provas das coisas que narro nos textos da série "Histórias que o Povo (não) conta", assim como de outras insinuações que faço aqui sobre o comportamento de "x" ou "y".

Pois bem.

Possuo três dvds que armazenam centenas de fotos, textos, videos, áudio (incluso de conversas telefônicas) que venho guardando nos últimos dez anos. Muita coisa é de minha propriedade, no sentido de eu mesmo ter gravado telefonemas pessoais que tive com alguns "grandes" do Movimento Umbandista e com outros anônimos.

De acordo com a jurisprûdência dominante, não configura crime a gravação de conversa telefônica onde um dos interlocutores participa, assim como não haveria ilícito se eu publicasse este material. Acontece, porém, que o conteúdo desta conversa envolve o nome de terceiros, o que poderia trazer problemas jurídicos para mim. Portanto, exceto no caso de ser obrigado a apresentar este material em juízo, o mantenho somente para os meus ouvidos e de pessoas próximas e de minha confiança.

Existe muito material que me foi cedido por terceiros, portanto não seria legal sua divulgação, mesmo com a autorização de quem os cedeu. Por isto, sempre conto o "pecado" sem mencionar o "pecador", mas em caso de ser obrigado a apresentar provas em juizo de alguém que acredite que alguma coisa aqui é direcionada à ele, o farei com prazer.

De toda forma, minha intenção com este espaço não é caluniar, difamar ou injuriar absolutamente ninguém. O que faço aqui é apenas exercer meu direito constitucional de livre pensamento e expressão.

Não quero ser ou me igualar (Oxalá me livre !!!) à Rivas Neto, William do Carmo, Robson Pinheiro ou qualquer outro, assim como não requeiro, espero ou necessito do reconhecimento de ninguém.

Meu objetivo é falar sobre Umbanda e o Movimento Umbandista, mas sem ter alguém, exceto minha própria consciência, dizendo a forma certa de fazer isto.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

VAMOS NOS CONFORMAR...?!?

O escritor português Fernando Pessoa, com notório envolvimento com o ocultismo e doutrinas esotéricas diversas, escreveu o seguinte:

Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue.

A princípio, este pensamento pode parecer confuso e ilógico, mas se nos atentarmos bem à mensagem, veremos que Pessoa está coberto de razão.

Quando nos declaramos vencedores, achamos que conquistamos algo, perdemos a motivação para prosseguirmos na luta, então nos conformamos, nos acomodamos e passamos à letargia, até que apareça um novo desafio. Na visão de Pessoa, a vitória nos leva ao conformismo, portanto não se deve dar à ela tanta importância.

Particularmente, não pretendo vencer nada e nem ninguém, mas por outro lado também não desejo ser vencido e, de forma compulsória, ter de me submeter a quem quer que seja. Assim como o karma, devemos fazer de nossa luta, de nossos anseios, algo diário, buscando compreender as coisas a partir de nossas próprias experiências e perspectivas.

Infelizmente, dentro da realidade umbandista, as coisas não funcionam assim. Para ser justo, não somente na Umbanda, mas em qualquer outro sistema filo-religioso.

Desde os primórdios da humanidade, quando começamos a buscar comunicação com uma outra realidade diferente da nossa, buscamos pessoas que nos digam o que e como fazer isto. Assim nasceu a casta dos sacerdotes, aqueles privilegiados que mantêm ligação direta com a divindade, com o mundos dos espíritos, com anjos e demônios.

Os teurgos, hierofantes, magos, bruxos, mestres, padres, pastores, sacerdotes, nos dirão o que fazer. Afinal de contas, possuem privilégios invulgares, poderes místicos, visão "além do alcance" e um "quê" qualquer, não identificável pelos olhos profanos, que os qualifaca a falar em Nome de Deus, dos Santos, dos Espíritos, das Potestades...

Faz alguns anos que o Movimento Umbandista vem sendo disputado "à tapas" por várias facções e, realmente, houve uma evolução nesta verdadeira "guerra fatricida" com a facilidade de acesso à internet, a democratização da informação e, claro, a pirataria de obras sobre o tema.

Os seminários, encontros, congressos, wokshops, locutórios, se multiplicam e com eles o número de federações, conselhos, associações e tudo mais. A imposição de visões, conceitos e preceitos, idem. Apesar de a moda ser o "respeito às diferenças", isto só é válido para quem "respeita" da forma que um ou outro diz que se deve respeitar.

Em verdade, todos estes conceitos são impostos, ditados.

Se a sua leitura sobre isto divergir daqueles que, hipocritamente, os prega, então você passa a ser "singular" ao invés de diverso, "divergente" ao invés de "convergentes.

A forma "correta" de vivenciar tudo isto, parte do saber acadêmico, nos moldes de um faculdade de teologia umbandista, dos conselho criados e controlados por pessoas ligados à esta instituição de nível superior.

O pensamento da maioria é uma exemplo fantástico da falácia do apelo à autoridade: se isto provêm de pessoas que conseguiram criar uma faculdade, reconhecida pelo Governo, então só pode ser "A" verdade, o caminho certo a seguir.

Portanto, questionar por quê, para quê?

A "lógica" na cabeça da massa deve ser a seguinte:

"O Governo e a faculdade não podem estar erradas, por consequência, aqueles que a criaram e gerenciam também não."


"Vamos nos conformar", grita o gado em direção ao matadouro.

Sim... vamos nos conformar, por que não?

Vejamos o diretor da FTU cobrar coerência de Rodrigo Queiroz em relação ao conceitos expostos nos livros de Rubens Saraceni, que pratica coisa adversa ao que escreveu. Mas vamos fazer "vistas grossas" para a inúmeras contradições entre o que Rivas Neto escreveu e pratica hoje em dia.

Coloquemos em prática as tolerância, o respeito à difrenças, a liberdade de expressão e de cultuar a Umbanda da forma que entendemos certas, mas também sejamos tolerantes ao clima de vígilia policial, o regime de exceção, que os discípulos de Rivas Neto impõe nas listas de discussões e nas comunidades virtuais.

Esta tão decantada liberdade é restrita, pelo menos no meio virtual controlado por discípulo e simpatizantes do "iluminado da Vila Alexandrina" ao "alinhados", aos "conformados", que jamais terão a OUSADIA de escrever uma vírgula sequer contra o ideário e interesses do "Pássaro Pagê".

Vamos nos conformar... sim, por quê não?

Nos quedemos satisfeitos com que Rivas Neto, Rubens Saraceni e tantos outros por ai dizem. Não vamos perder nosso precioso tempo pensando, analisando, tirando nossas próprias conclusões.

Ignoremos por completo a truculência de alguns discípulos contra os "desalinhados", as contradições, a postura dúbia... afinal de contas, eles são os "arautos", os "atalaias" da Umbanda...

Fiquemos, portanto, todos satisfeitos... vamos fingir que o centenário do Advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas realmente jogou um "pó de pirlimpimpim" sobre o Movimento Umbandista, que o teólogos formados na FTU são os grandes condutores dele e, que realmente, o "Vaticano da Banda" esteja na Vila Alexandrina.

Continuemos sendo o gado conformado e deixemos de lado a mentalidade de vencedores. Ninguém é mais escravo do que aquele que falsamente se acredita livre.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

ROBSON PINHEIRO: ADDENDUM

O médium Robson Pinheiro, autor de obras conhecidas como "Tambores de Angola", "Aruanda" e a trilogia "Legião", respondeu pessoalmente a um e-mail que enviei tecendo algumas considerações sobre o que foi falado no programa "Horizontes", que vai ao ar pela Rádio Mundial todos os domingos às 10:00 horas, sobre "Exus e Guardiões".

Além de reclamar da minha "forma verbal" de me expressar (no que pese ele e o seu produtor contarem algumas histórias onde não foram menos diretos e incisivos com algumas pessoas, inclusive tratando uma inconveniente como "vaca" - vide o programa do dia 30/11/2008), o conhecido escritor "escorregou" em alguns pontos importantes de minhas considerações, em especial confundiu "linguística" com "teologia".

Insistiu que a questão da origem do termo "pomba-gíra" (corruptela de "Pambu Njila" ou "Bombo Njila", no dialeto kikongo, entidade MASCULINA da mitologia Bantu, cuja a contraparte feminina é chamada de Vangira¹) é uma mera questão "teológica". (esta epidemia de "ignorância linguística" está se espalhando, pelo jeito... de São José do Rio Preto para o mundo...)

Infelizmente o teor do e-mail de Robson, demonstra que as contradições entre o que se escreve, assim como o que se fala, não é algo exclusivo dos escritores e "líderes" umbandistas.

Em seus livros, Robson expõe conceitos, cria "doutrina", coloca a Umbanda como uma espécie de linha auxiliar do Kardecismo.

No programa de rádio, tece comentários do tipo "entidades não recebem 'despachos' em encruzilhadas" e as que o fazem estão ligadas aos "mediuns menos esclarecidos" e que seriam entidades "inferiores", que acender velas, cantar pontos e tudo mais, são coisas "absolutamente desnecessárias".

Então, escrevo que foram ditas MONTES DE BOBAGENS e ele acha ruim.

O que não dá para entender é Robson, em vários momentos do seu longo e-mail, afirmar e reafirmar que não sabe nada sobre Umbanda, que não tem nenhuma afinidade com este tipo de trabalho, que não é estudioso da matéria, mas insiste em continuar escrevendo sobre o tema.

In verbis:

(...)

Bem, sempre eu falei em meus programas de rádio e em matérias escritas, palestras e outras formas de divulgação, que não sou umbandista, não entendo nada da doutrina de Umbanda e que o que falo é apenas um ponto de vista apresentado tanto pelos espíritos que nos orientam quanto pelos estudos realizados a partir do que escreveram. Eles próprios nunca falaram a respeito da "doutrina de Umbanda" pelo menos para mim.

(...)

Não pretendo falar a umbandistas, e nem aos praticantes do candomblé. Não tenho afinidade pessoal com o estilo de culto...

No que pese a auto-crítica, o escritor mineiro entra em contradição ao insistir em falar de Umbanda, inclusive tecendo conceitos, dizendo o que é ou não necessário em sua ritualistica, sem ter "conhecimento" ou "afinidades" com a Lei de Umbanda.

Tenho uma fé patente que o Mundo Espiritual não é um lugar onde reina a confusão, pelo contrário. Independente da missão dos Espíritos, a quais tarefas estão designados, os conceitos são ABSOLUTOS, não variando por conta de época ou qualquer convenção (ou conveniência) humana.

Se os espíritos que assistem Robson Pinheiro são os responsáveis pelos conceitos que expõe em suas obras, realmente existe alguma coisa errada com o médium, como instrumento de comunicação, e/ou com as entidades que através dele se manifestam.

A Espiritualidade, independente de onde e da forma com que se manifesta, é UMA SÓ. Se os espíritos de alta envergadura, como aqueles que supostamente se comunicam através da mediunidade de Robson, passam a expor "opiniões próprias", divorciadas de uma realidade doutrinária ESPIRITUAL (não humana), algo está errado, MUITO ERRADO.

No final, Robson alerta que o meu email será lido no próximo programa, como se isto fosse uma espécie de "punição" por minha ousadia em contestá-lo.

É claro que espero receber uma "descompostura" no ar tanto dele como de seu produtor, o Leonardo, que já avisou que adora "bater boca". Obviamente, dependendo do nível da coisa e diante da impossibilidade de uma resposta fácil como foi para ele refutar o que escrevi, pretendo recorrer aos meios legais para ter direito à respondê-lo no ar.

Portanto, todos com seus rádios sintonizados na Rádio Mundial (FM 95,7 - AM 660), às 10:00 horas da manhã do próximo domingo ou através do site daquele veículo de comunicação.

Com certeza, esta história vai render... e muito. =)

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¹ Tata Kisaba Kavinajé

quarta-feira, janeiro 21, 2009

AVACALHANDO O DIABO

O leitor não sabe o quanto me divirto escrevendo este blog.

Na verdade, confesso, é uma imensa terapia, uma verdadeira sessão de relaxamento, em especial quando meus desafetos, ligados ou não à OICD, ficam estressados com as minhas mal traçadas linhas.

Ontem respondi ao meu amigo, irmão milenar, William do Carmo Oliveira, conhecido no meio umbandista como "mestre" Obashanan, Yan Kaô e outras alcunhas.

Talvez a maioria não entendeu o que estava acontecendo, mas o texto de ontem é apenas um desdobramento de uma asneira que meu amigo Kaô insiste em divulgar, fazendo uma "macumba linguística" em traduzir meu nome iniciático "Ubajara" (Canoeiro) como "cobra cega" e "Arashakama", "dijina" de um discípulo de Mestre Tashamara, como "Orixás dos Prazeres", inclusive evocando a língua etrusca (huahauahauahau) para justificar a sua sandice.

Enfim, se quiser saber mais sobre esta imensa demonstração de ignorância, leia os textos "O Canto do Piaga" e "Tem gente de Kaô".

No que pese o distinto "mestre" da OICD ficar por ai dando uma de culto, poliglota, consta que o sujeito não tem, ao menos, o segundo grau completo. No site do Grupo Kangoma, a sua breve biografia informa que ele esteve em "intercâmbio cultural" na Nigéria, no Egito, no Iraque e também na Irlanda mas, como tudo relacionado ao William, nunca aparece uma foto, um certificado, nada que comprove estas alegações.

Mas, enfim... um cara que. ao que consta, nem ao menos tem o segundo grau, que jamais fez um curso universitário, que mal conhece a língua portuguesa, quer passar por culto, poliglota, erudito, linguista? =/

Tenho um amigo, Mário Alberto, este sim, linguista, professor universitário, com doutorado, que consultei sobre a origem da palavra "cama" e o mesmo confirmou o que o dicionário Houaiss tentou ensinar ao Obashanan: a palavra "cama" nada tem com o etrusco e tem sua origem no latim. Então, bastaria que ao invés de ficar de "kaô", William fosse a uma biblioteca pública e consultasse o dicionário.

Este mesmo linguista, estudioso da lingua tupi e seus dialetos, também afirmou que não há a menor possibilidade, em nenhum dialeto tupi-guarani, de se traduzir "Ubajara" como "cobra cega".

Então, como sempre, nesta visão megalômana de William d'Ayrá, certamente herdada de seu Mestre Arapiaga (convivência é uma merda, né?) só ele quem está certo: o Houaiss, o Aurélio, o Professor Mário Alberto, todos estão errados e somente o "grande" Obashanan está correto.

Questões acadêmicas à parte, fica uma dúvida no ar quanto a competência do próprio Arapiaga, como Mestre de Iniciação, já que o meu nome, assim como o de Tashamara, foram confirmados pelo próprio.

No caso de Mestre Tashamara, iniciado e consagrado por Mestre Arapiaga, se ele deu para um discípulo um nome iniciático sem sentido, quer dizer que a falha não é dele (Tashamara) e sim do seu iniciador (Arapiaga). O mesmo acontece com o meu nome, que foi confirmado pelo próprio como já disse.

Então, diante disto tudo, resolvi simplesmente deixar de lado o Sr. Kaô, já que alguém que fica esperneando, chafurdando em sua ignorância, que não se convence nem mesmo quando há referências (coisa que ele não fornece para justificar suas asneiras), é merecedor que oremos pro sua alma e roguemos que na próxima encarnação venha com chances de terminar o segundo grau e frequentar um faculdade.

Como muito bem disse o amigo-desafeto de Obashanan, José Roberto Pereira, vulgo popularmente conhecido como "JRP" e "BK", que conhece Yan Kaô desde criança, ele necessita de passar uma imagem que não é dele, se colocar em uma postura superior, mesmo que não haja nenhum lastro para tanto, na tentativa de apagar um passado e uma formação intelectual medíocres.

Mas, acredito que nunca seja tarde para retomar os estudos.

Basta procurar um bom supletivo, terminar o segundo grau e fazer uma faculdade, mesmo que seja uma daquelas do estilo "pagou passou". Assim, no mínimo ele se igualará às demais "eminências" da OICD, todos com um diploma de curso superior pendurado em suas paredes.

Não que o "canudo" faça alguma diferença em termos doutrinários, ritualísticos, de postura, mas ao menos lastreia as pretensões de posar como culto e erudito e nos impede, afim de preservarmos a imagem e o esforço de anos dentro de uma Universidade, de insistirmos em asneiras sem fundamento ou referências.

Depois de terminado o supletivo, "Kaô" poderia até mesmo prestar vestibular para a Faculdade de Teologia Umbandista, apenas para ter o diploma.

Uma outra coisa que chamou a atenção foi o fato de Yan Kaô dizer que as coisas que narro aqui são "todas mentiras". Mas como ele pode afirmar isto, sendo que não cito nomes de pessoas ou instituições, contando apenas o "pecado", não o "pecador".

O que será que ele afirma ser "mentira"?

A questão dos "babás" que exigiram hotel quatro estrelas, almoços em churrascarias, além de todas as despesas de viagem pagas pelo crédulos neófitos de determinado grupo umbandista de Curitiba, para o tal seminário sobre Exu?

Ou será sobre a disposição de um dos "babás", que encheu a cara de capirinha, às custas do dinheiro e suor alheios?

Quem sabe, não seria sobre o tal "babá" que "ordenha" seus médiuns masculinos para colher o "sangue branco"?

Talvez se referia às várias contradições que exponho entre o que foi escrito e em verdade é praticado por Arapiaga, consequentemente também pelos seus puxa-sacos... ops!, discípulos, Yan Kaô incluso. Coisas que vieram do "astral", mas que mudaram ao bel prazer e conveniência do "mestre-raiz" da OICD.

Aliás, diga-se de passagem, um dos neófitos que os tais "babás" exploraram com a churrascada, hotel de luxo e caipirinha aos litros, teve problemas financeiros sérios por conta desta patacoada e até mesmo se prontificou a fraquear algumas fotos do evento (e dos "babás" em flagrante "delito") à este espaço.

Fiquei, realmente, curioso com esta convicção de Obashanan em desmentir, mesmo sem saber sobre quem estou falando, as informações postadas aqui. Será que ele jogou búzios e descobriu as identidades dos protagonistas? =/

Para encerrar, quero apenas dizer que eu não esperneio como "galinha de macumba", já que, ao contrário de quem mata "dezenas de animais diversos" para seus rituais com "exus", não sacrifico nenhum ser vivo para alimentar Exu ou Orixá, como aconteceu na OICD no último rito de "exu" que fizeram por lá. Quem alimenta KIUMBAS não sou eu e sim a turma da "escola" da qual Obashanan faz parte.

E não sou somente eu quem fala que a prática de matança e animais serve de alimento para KIUMBAS, e sim o próprio Rivas Neto em suas obras "Umbanda - A Proto-síntese Cósmica" e "Exu - O Grande Arcano". Só estou repetindo o que o Mestre de Yan Kaô pregou por tanto tempo como "revelação do astral".

Que "astral" estranho, contraditório, confuso é este que em menos de três anos depois de publicar conceitos "milenares", "cósmicos", como afirmam o suposto Caboclo que psicografou "Umbanda - A Pronto-sintese Cósmica" e o o tal "exu sr..." (que todo mundo sabe que é o tal "capa preta" que trabalha com Rivas Neto) que "escreveu "Exu - O Grande Arcano", simplesmente muda tudo, aceita matança, Catimbó, "Zé Pilintra", enfim, tudo que antes era proibido, maléfico, coisa de KIUMBA?

Pode ser que ele se refira ao fato do Sr. Sete Espada, autor espiritual da "Proto-síntese", afirmar que o uso de cocares e roupas especiais é coisa de "fetichismo exarcerbado" e "fantasias carnavalescas", mas mesmo assim o "urubatão da guia" de Rivas Neto usa cocares com pena de cinquenta centímetros de comprimento.

Acredito, Yan Kaô, que você deve deixar de lado a linguística e, além de procurar um supletivo para concluir seus estudos, reservar um canto do seu blog para explicar tantas e tantas MENTIRAS e CONTRADIÇÕES nas obras do seu Mestre, coisa que, desde que começou o papo de "convergência" e "diversidade", nenhum dos discípulos do Arapiaga teve PEITO para vir à público fazer.

terça-feira, janeiro 20, 2009

UM UBAJARA INCOMODA MUITA GENTE...

Logo cedo já recebi um e-mail que me fez ganhar o dia.

Todas as vezes que o "alto clero" da OICD, em especial meu querido amigo, irmão-de-fé, meu camarada Obashanan (aquele que até o nome é "kaô") se presta a perder alguns minutos do seu tempo para responder as coisas que escrevo aqui no blog, entro em estado de graça.

O pior é que o sujeito insiste no erro, vem com toda aquela verborragia inerente à sua pessoa, destila sua peçonha e, ao final, não fala absolutamente nada. Na verdade, só mais um dos faniquitos, dos chiliques, do meu amado amigo Kaô.

O mais interessante é que Wiliiam afirma que meu blog deveria, por si só, cair no esquecimento, mas ele mesmo não o esquece. É um dos mais assíduos leitores.

Ele e o resto do "alto" e do "baixo" clero da OICD, vivem aqui a ler meus "escrivinhados", para depois, naquelas listas das quais não me permitem a entrada e censuram qualquer manifestação contrária aos interesses da turminha, arrotarem alto, dar de braços, rosnarem feito leões, apenas emulando o grande felino, visto que não passam de pequenos roedores.


Em seu longo texto, Kaozinho diz que meu blog é cheio de "mentiras", mas aqui só escrevo sobre aquilo que tenho PROVAS, tanto as que colecionei ao longo do tempo, como as que me são fornecidas por simpatizantes e colaboradores. Afinal de contas, não sou besta em escrever sobre coisas que, eventualmente, necessite provar na Justiça, não é mesmo?

Aliás, a Justiça é algo que não me preocupa minimamente, já que sei muito bem os limites legais de minha liberadade de pensamento e manifestação. Ao que parece, "Obaxaria" anda lendo meus textos e puxando a "carapuça" até os pés.

Mera crise de consciência, acho eu...

Em se falando de consciência, creio que William d'Ayrá, depois do episódio do blog "Mundo Obscuro", de autoria de um dissidente da OICD, José Roberto Pereira, amigo de infância do nosso estimado "alabê", ele tem ficado um tanto e quanto paranóico em relação a qualquer coisa escrita (ou falada) que mencione o seu sagrado nome.

Diga-se de passagem, que esta história do William com o seu amigo-desafeto de infância, acabou na 1ª. Vara Criminal e Juizado de Violência Domestica e Familiar contra a Mulher (proc. 583.03.2008.001051-1 - Forum Regional do Jabaquara), onde nosso "alabê" figura como vítima. Ah!, estes amores adolescentes mal resolvidos...


Por uma questão legal, não posso postar aqui alguns links sobre o assunto, visto que o Código Penal prevê que aquele que divulga qualquer material que possa configurar calúnia e/ou difamação é passível das mesmas penas que o caluniador/difamador.

Mas nada me impede (ou compromete) em dizer ao leitor interessado em saber o que foi escrito e falado, que procure no Google uma composição "jrp obashanan" ou "bk obashanan" e confira os resultados. Se alguém seguir esta dica, o faz por sua conta e risco já que não tenho poder de impedir que assim ajam. =)


Em uma parte do seu insípido texto, Kaozinho pergunta quem me iniciou (como se ele não soubesse).

De toda forma, eu faço uma acordo: ele disponibiliza na internet, para quem quiser ver, o famoso vídeo em que o Mestre dele diz estar registrado a transmissão de comando da Raiz de Guiné e eu posto aqui as fotos da minha iniciação, consagração e tudo mais. =)

Mas o áudio tem de estar bem limpo, claro, para que qualquer um interessado possa ouvir a tramissão do comando magístico na voz de Mestre Yapacani.

Se este vídeo aparecer, com um excelente audio e imagem, faço como o chefe gaulês Vercingétorix fez com César: vou até a OICD e deposito, humildemente, minhas roupas, minhas guias, minha Tábua com as Ordens e Direitos aos pés de Rivas Neto e passo a ser o maior puxa-saco dele, pedindo desculpas, publicamente, de tudo que escrevi até agora sobre ele, a OICD, a FTU e qualquer outra instituição que ele tenha criado.

O incrível que esta turma faz, EXATAMENTE, o que eu quero: ficam indignados com o que escrevo, respondem em seus espaços, replicam a minha mensagem, sofrem ataques de ira, quebram a sua rotina por minha causa e, claro, se enrolam cada vez mais.


Como são inocentes e previsíveis...

EXERCITANDO A TOLERÂNCIA HIPÓCRITA E CONVENIENTE

A "moda" ultimamente é ser tolerante, aceitar as diferenças, a diversidade, as várias formas de "vivenciar" e "fazer" Umbanda.

Além de "tolerância", "convergência", "diversidade", e todo aquele papo-furado de que existem "várias umbandas", que cada um sente, vive, pratica a religiosidade de acordo com o seu entendimento, que o não podemos ser "singulares" em nossa visão, "blá, blá, blá", somos conclamados a aceitar qualquer coisa como sendo "Umbanda" e achar tudo muito certo, bonito mesmo.

O interessante é que a turma da OICD, em especial o bufão prolixo do João Carneiro, verdadeiro "relações públicas" do CONSUB/CONUB/FTU/OICD (que em termos práticos são a mesmíssima coisa, todos comandados por Rivas Neto através de seus discípulos e aliados) ficam com este discurso hipócrita, mas basta que apareça alguém com uma visão diferente ou que não concorde com as patacoadas deles, que o "tempo" fecha.

Esta "tal liberdade" pregada por esta gente, em verdade, nada mais é do que uma imposição da visão de Rivas Neto, da OICD e de todas as outras siglas que ele comanda à comunidade umbandista.

Prova disto é a forma com que o "ministério da propaganda" da OICD IMPÕE esta visão, bombardeia todos diariamente em centenas de listas de discussões e comunidades virtuais, agindo de forma intimidatória, repressiva mesmo, contra qualquer um que discorde da "luminada visão" do pseudo-hierofante que eles seguem de forma cega, sem questionamentos ou dúvidas.

Experimente, caro leitor, dar uma opinião contrária a qualquer uma das iniciativas de Rivas Neto ou mesmo falar algo contra a sua obra, que você será bloqueado na maioria das listas senão for sumariamente excluido.

A liberdade que este povo tanto prega, a tolerância, o respeito à diversidade acaba no momento que o "yamunishida" ou qualquer um do seus "altos sacerdotes" (leia "Obashanan, Araobatan, Aramaty, etc..) são enfretandos ou replicados nas listas, em especial aquelas moderadas pelos eternos puxa-sacos. 

Como podemos ver, o discurso é bem diferente da prática.

Os leitores assíduos deste blog já devem ter lido a série de textos que intitulei de "Histórias que o povo (não) conta". Todas as histórias ali contadas são, infelizmente, verdadeiras. Obviamente, por questões legais, não identifico os envolvidos, mas tenha certeza que cada palavra é real.

Seria interessante saber da parte dos "tolerantes convergencionistas", se situações como aquelas narradas também fazem parte da "diversidade" de ritos e práticas, coisa que merecem o nosso respeito.

Ontem, recebi um e-mail onde era informado que um determinado "babá" ensina em seu "terreiro" que o tipo de sangue mais importante dentro dos rituais "esotéricos" é o chamado "sangue branco", ou seja, o sêmem. Na verdade ele acha tão importante o uso desta secreção corporal em seus rituais, que colhe pessoalmente de seus "filhos", sem perder uma só gota.

Por outro lado, não faz muito tempo, tive notícias de uma determinada "mãe-de-santo" que "incorporada" com sua "pomba-gíra", com a desculpa de reavivar o "àsé", escolhia algum homem da assistência afim de manter relações sexuais com o mesmo, isto com a conivência de seu próprio marido e dos demais médiuns da corrente.  

Ah!, sim... com certeza logo se apressarão em dizer que "isto não é umbanda", que não faz parte dos "rituais" e da "tradição" de nosso religião, que isto é um "desvio moral", e todo o "blá, blá, blá" hipócrita de sempre.

Pois bem...

Sendo assim, este papo de "diversidade", "tolerância" e "toda a forma de vivenciar a Umbanda é certa", não passa de uma imensa balela religiosa, um discurso vazio, holy shit.

O mesmo princípio para se condenar umbandistas que são contra o sacrifício de animais, as fantasias de "exus", os cocares kilométricos, fetichismos e práticas estranhas à religião, devem ser aplicados nestas ocorrências escabrosas, sob pena deste discurso farisaico cair por terra.

Acontece que, obviamente, o sexo, assim como a prática da assim chamada "magia sexual" não é tolerado, pelo menos de forma aberta, pela comunidade umbandista e a sociedade como um todo. Logo dirão que tais práticas se prestam à "magia negra" e tudo mais...

Mas, da mesma forma que somos acusados de intolerantes por não aceitarmos a matança, as fantasias que mais parecem coisas para bailes carnavalescos, por não sermos os "donos da veradade", qual a base então, que este bando de fariseus terá em condenar estas práticas?  

Sim, porque se tudo é permitido, tudo é "diverso", tudo deve ser tolerado, seja o sacrifício, a apometria, as capas e tridentes, os mantras indianos, porque não tolerar o tantrismo negro dentro de nossos Templos?

Talvez fosse interessante também forncermos "ervas do poder" aos nossos Caboclos, haja vista que quando encarnados faziam uso, tradicionalmente, deste tipo de elemento.

Mas quando a tolerância e a diversidade trombam com a MORALIDADE e a LEGALIDADE, não é tão fácil assim manter o discurso, não é mesmo? Então, a partir destes dois conceitos, que nos servem de manto, podemos condenar e rotular istou ou aquilo como não sendo de Umbanda.

Então, a tolerância acaba, a diversidade fica restrita às nossas própria concepções e a convergência se transforma, rapidamente, em divergência.

A matança e as fantasias carnavalescas, são toleráveis porque aceitas por uma maioria. As práticas "rituais" envolvendo sexo não o são, porque DIVERGEM desta mesma maioria.

Sendo assim, o ponto fundamental deste papo de "diversidade" e "tolerância", longe de se alicerçar em critérios filosóficos, segue uma regra matemática, praticamente estatística, que poderiamos resumir em uma máxima:

"Toleramos a diversidade, desde que a maioria assim a considere aceitável".

Assim sendo, não é tolerância e sim conveniência.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

O BICHO-PAPÃO

Neste ano, mais precisamente no mês de março, comemoro doze anos ininterruptos neste mundo virtual. Talvez seja um pouco mais, visto que sou da época da BBS, afiliado à famosa RBT.

Com a popularização da internet, que saiu do meio acadêmico e tomou o mundo, começa uma nova fase na minha vida digital e, consequentemente, desta nossa "Umbanda Virtual".

O estudioso e médium umbandista, à quem tenho o maior respeito e consideração, Etiene Sales, cria a primeira lista de discussão, a conhecida lista "Umbanda Powerline" e, logo depois, Manoel Lopes coloca no ar a "Saravá Umbanda".

Foi neste tempo, de saudosa memória, que conhecemos gente muito boa do meio e outras nem tanto. é também nesta fase que começamos a nossa pequena "guerra particular" com alguns "umbandistas xiitas", que não poupavam (poupam) esforços para intimidar seus desafetos, destruir reputações e, claro, propagandear seu(s) mestre(s) como verdadeiro(s) salvador(es) da pátria.

Os métodos mais tradicionais são a calúnia, a difamação, a ameaça, a intimidação, feitas por e-mail, telefone ou pessoalmente, sendo que esta última forma era mais rara. Sim, já que ser "bravo", "macho' por detrás de uma máquina é muito simples, o problema é manter toda a "braveza" cara-a-cara com um homem do meu tamanho.

A coragem de alguns "araras-vermelhas", incluso aqueles que ameaçam colocar meu nome aos pés do "exu" (por telefone, claro) cessa quando não estão protegidos pelo monitor de seu computador...

Nestes doze anos, participei de muitas listas, mantive sites, fiquei em "off" no meio virtual, processei muita gente. Infelizmente as Leis deste país são muito paternalistas com aqueles que praticam crimes contra a honra, bastando uma simples retratação em juízo para que tudo seja esquecido.

Alguns agiam como verdadeiros bichos-papões, ligando na calada da noite, com respiração acelerada ou fazendo ameaças de morte com voz cavernosa. Os imbecis só se esqueciam que há muito tempo existe um aparelho chamado "identificador de chamadas" (o famoso "bina"), assim como forma de gravar os telefonemas.

Resultado: mais representações criminais, mais processos contra os idiotas.

Bons tempos aqueles.


Felizmente, ainda existem alguns idiotas que insistem no mesmo erro, com as mesmas ameaças vazias, as mesmas artimanhas, calúnia, difamações e tudo mais. Dentre eles cito um anormal de Pernambuco, um homossexual aqui de Belo Horizonte, com a alcunha de "aquarius" e alguns "iniciados", até mesmo do "alto clero" dos "araras vermelhas", que insistem nas mesmas técnicas manjadas de intimidação.

Recebo, diariamente, pelo menos uma ameaça, seja de pemba, de morte, etc, por conta das coisas que escrevo neste blog.

Antigamente, perderia tempo e dinheiro para imprimir tudo isto, procurar meu advogado, fazer representações e tudo mais. Hoje em dia simplesmente morro de rir destas coisas e me sinto cada vez mais impelido em continuar escrevendo e expondo as entranhas e a armações destes verdadeiros lobos em pele de cordeiro.

Não me intimidei no passado e, com certeza, não o farei no futuro. Tais ameaças, afrontas, tentativas de sujar meu nome e minha imagem só demonstram uma coisa: eu incomodo, e muito.

Se assim não fosse, os "tys", "nans", "tans" e "carneiros" da vida, além de seus capachos, não se prestariam a responder meus posts em listas de discussões onde minha entrada é vetada (obviamente, não suportam réplicas...) ou manterem esta atitude imbecil de ameaças vazias.


Como já disse algumas vezes neste espaço e em algumas listas das quais ainda participo, meu endereço e telefone constam na lista telefônica, tenho empresa aberta, com registro nos orgão oficiais, sendo muito simples me encontrar.

Portanto, ao invés de ameaças, se dirijam à minha casa ou escritório e vamos resolver a questão pessoalmente, olho-no-olho. Ajam como HOMENS pelo menos uma vez na vida.

domingo, janeiro 18, 2009

PAI TINGAH

Pai Tingah é a personificação daqueles que insistem em pregar a "umbanda do vale-tudo".

À exemplo de muitos que ser arvoram "líderes" do Movimento Umbandista, "Pai Tingah" se auto-intitula 0 "melhor pai-de-santo", o guia, o apontador do caminho, o grande condutor, chamando para si a responsabilidade por feitos dos quais não teve a menor participação, como no caso do vídeo a seguir.

Na verdade, não consegui definir se "Pai Tingah" é uma caricatura de muitos "umbandistas" ou o contrário.



HISTÓRIAS QUE O POVO (NÃO) CONTA III

Depois da oficialização da "umbanda vale-tudo" não param de chegar "notícias" dos excessos e invencionices do povo alinhado a esta nova fase do Movimento Umbandista.

De Curitiba, chega-nos ao conhecimento que um "babá" que dirige (?!?) um terreiro que fica ao lado de um cemitério, pretende fazer um rito nos moldes "Guardião da Era Dourada - Vencedor da Era das Trevas" exatamente dentro da calunga pequena.

Imaginem só: dezenas de médiuns fantasiados, com capa, cartola, tridentes, etc, mais a assistência no meio do campo santo, com toques de atabaques, bebidas, comida, etc, virando a noite ali no tal "rito".

Quero crer que para um evento de tal envergadura, deva ser necessária a autorização da Prefeitura local e do departamento que administra as necrópóles coisa que, sinceramente, duvido que seja dada. Exceto que o tal "babá" pretenda fazer seus médiuns, assim como a assistência, pular o muro do cemitério.

Aqui em Belo Horizonte, tivemos notícias de uma "oferenda" envolvendo Xangô, Yansã e Oxum, que por muito pouco não acaba em uma tragédia, isto se não considerarmos assim uma senhora idosa tomar um tombo (na verdade relatou que sentiu como se tivesse tomado uma "gravata" de um ser invisível) cair de sobre a oferenda e sofrer traumatismo crânio-encefálico ao arrebentar um alguidar com a cabeça. Sobreviveu por pouco.

Tudo isto diante de uma assistência estupefata, que após o ocorrido saiu do tal terreiro jurando nunca mais colocar os pés ali.

Ainda nas Gerais, tive a oportunidade de ouvir o relato de uma sessão de "exu" em determinado terreiro que está alinhado com a "umbanda vale-tudo", onde o "exu" que comandava a sessão bebia litros de vinho de boa qualidade, além de queimar inúmeros charutos cubanos. Não que eu seja contra que as Entidades usem do que há de melhor, mas desde que isto saia do bolso dos médiuns e não em forma de doações compulsórias da assistência, como é o caso.

Também há uma certa distinção dentro da assistência, em especial em relação aos elementos do sexo feminino, sendo reservados os lugares mais à frente para aquelas mais bonitas e o final da fila para as não tão belas. É o mundo "fashion" chegando aos terreiros de Umbanda ou, melhor, como nos programas de auditório, seleciona-se as de melhor aparência para ficar à frente.

Desnecessário dizer que tais bealdades recebem toda atenção dos "exus" incorporados, bebem no copo deles, e tudo mais. Ah!, tantrismo... chegou mesmo para ficar, não é mesmo?

Mas, como sempre, o melhor fica para o final.

Durante a tal sessão de "exu", foi ordenado aos cambonos que trouxessem quatro garrafas de "champagne" (leia-se sidra...), as mesmas foram ligeiramente chacoalhadas e retirados os lacres de segurança, sendo que cada uma foi colocada em um canto do terreiro.

Feito isto, o tal "exu" informou que os pedidos de quatro pessoas ali presentes (em meio a mais ou menos setenta pessoas) iriam ser atendidos, caso as "champagnes" estourassem. Claro que após serem ligeiramente chacoalhadas, mantidas em um ambiente quente, acabaria uma ou outra "estourando". O caso é: de quem foram os pedidos atendidos?

Ao terminar a sessão (isto lá pelas 4:00 horas da manhã), um médium "incorporado" pelo Sr. Tranca-Ruas das Almas, mantinha-se postado junto ao portão fazendo as vezes de "Host" à semelhança das festas profanas.

E alguns ainda dizem que devemos ser tolerantes... =/

sábado, janeiro 17, 2009

MONEY QUE É GOOD NÓIS NÃO HAVE

É uma grande tradição dentro do movimento umbandista a crítica contra tudo que diga respeito à dinheiro dentro de nossos Terreiros. É como se as Casas de Culto não tivessem de pagar contas de água, luz, telefone, além, é claro, as despesas com materiais ritualísticos como velas, pemba, fumo, bebidas, etc.

Tem uma turma que vive repetindo aquela famosa máxima espírita que diz "dai de graça o que de graça recebestes", mas realmente as coisas funcionam assim?

Particularmente acredito que tudo funciona muito bem na teoria, mas na prática as coisas não são bem assim e por vários motivos.

O primeiro deles é a hipocrisia, aliás, o que mais vemos na Umbanda.

É um tal de publicamente defender a gratuidade de tudo que se refere à Umbanda, inclusive trabalhos de magia, quebra de demanda, preceitos nas matas, cachoeiras e até mesmo, pasmem, oráculos. Mas em "oculto", os caras cobram "grosso" por qualquer velinha que forem acender. Conheço "pai-de-santo" que tem até cartão de visitas com seu nome em abaixo se lê "médium magista".

Já ouvi da boca de um determinado "famoso", que em caso de manipulação magísticas não deixava de cobrar Lei de Salva nem mesmo da mãe dele. Mas publicamente vemos alguns de seus discípulos com frases como "todos nós aprendemos e vivenciamos a Umbanda não assinando lista de presença ou cheques para pagar cursos, mas batendo a cabeça no Congá".

Estranho ler isto,  já que não faz muito tempo, este mesmo "famoso" fazia (assim como ainda faz) um tradicional rito de "Exu", que em seus primórdios era chamado de "workshop" e era cobrado regiamente o ingresso ao mesmo. Lembro-me (e ainda devo ter em algum lugar o "fly" deste evento) que o último que foi cobrado estava por volta de R$ 350,00, isto em época de real praticamente equiparado ao dólar.

Outra questão é que algumas coisas, obrigatoriamente, devem ser cobradas. É claro que não estamos falando de "salvas" extorsivas, mas justas dentro do preceito.

Os oráculos, preceitos em sítios sagrados, quebra de demanda, dentre outros, devem seguir o que determina a chamada LEI DE SALVA ou LEI DE AMRA. No primeiro link disserto sobre o assunto, assim como recomendo a leitura deste excelente artigo de Mestre Tashamara.  

O terceiro problema é a manutenção do Terreiro.

Uma das queixas mais frequentes que ouço de Chefes de Terreiros é a falta de compromisso da maioria dos médiuns com suas mensalidades. A maioria não se importa em gastar R$ 100,0 em uma "balada", mas jamais paga R$ 10,00 que sejam como contribuição dentro da Casa de Culto, por isto as despesas ficam nas costas dos poucos que tem o compromisso de auxiliar, quando o Chefe da Casa não assume tudo sozinho.

Ao que parece, a maioria dos médiuns se esquece que as contas de consumo (luz, água, etc) não se pagam sozinhas, assim como velas e outros recursos também não. São incapazes, inclusive, de levar o seu próprio material e, mesmo que impossibilitados de arcar com um compromisso mensal, não se prontificam ao menos a doar de vez enquando um pacote de velas que seja.

A assistência, salvo raras e honrosas exceções, sempre está indo BUSCAR, nunca DOAR. Como muito bem lembra um discípulo: "o salário dentro da Umbanda é a ingratidão."

Não estamos aqui defendendo uma cobrança de "entrada" para as gíras de nossos Terreiros, longe disto, apesar de sabermos que isto existe por ai. E sinceramente, cada um sabe onde seu "calo aperta" e não farei juízo de valor de quem utiliza desta forma compulsória de contribuição à Casa.

Mas também não defendo a posição de que absolutamente nada deva ser cobrado dentro do Terreiro, ou que cabe aos dirigentes e médiuns, exclusivamente, a responsabilidade pela manutenção do mesmo. 

Isto seria hipocrisia de minha parte, e dentre os meus inúmeros defeitos não se encontra este.

A história da humanidade nos mostra que os Templos e seus Sacerdotes sempre foram sustentados pela comunidade. Veja, por exemplo, a determinação bíblica do dízimo para a Tribo de Levi (Deut 18:1-8), a parte das colheitas e animais que cabia aos Templos egípcios, o sustento que as Tribos ofereciam (oferecem) aos seus Payés e Baba'lawôs, dentre outros.

Não quero dizer que se deva fazer, como no caso das Igreja Católica e Evangélica, assim como nos Islamismo e no Judaismo, o sacerdócio umbandista como profissão ou meio de vida, visto que isto não é uma tradição dentro do meio, e sim abrir a discussão para que se cesse esta HIPOCRISIA sobre questões financeiras dentro de nosso Terreiros.

Já no início do ano, vemos os "convergencionistas", sutilmente, explorando este verdadeiro tabu do meio umbandista para se auto-promover, defendendo, inclusive que cursos, worshops (obviamente, com exceção daqueles que os seus oferecem) sejam gratuitos, "inclusivos", blá, blá, blá... pura manipulação mental que, infelizmente, encontra eco até mesmo entre pessoas mais instruídas. 

Concordamos que a Umbanda deve, realmente, ser inclusiva e universal, mas ficar tentando "tampar o sol com a peneira" com esta postura de que dinheiro não é necessário, que cai do céu à semelhança do "manah" que era servido aos hebreus no deserto, é idiotice, farisaismo da pior espécie.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

NORBERTO PEIXOTO, RAMATIS, ONDINAS E ETC

Pois é...

Tentei, mas não consegui ficar longe desta "umbanda virtual de todos nós", mesmo porque acreditava que aqueles que chamo de "cheios de idéias" estariam curtindo os lucros conseguidos no ano que findou em alguma praia paradisíaca do Caribe.

Estava muito enganado.

A turma está na ativa, soltando novos "conceitos", aquelas famosas frases de efeito, preparando o caminho para prosseguir com novidades e mais novidades na "umbanda do vale-tudo".

Todavia vou deixar para expor (e comentar) as últimas dos "convergencionistas" em um texto futuro. Neste eu quero continuar comentando sobre aquelas pessoas que insistem, com suas obras, em fazer da Umbanda uma "linha auxiliar" do Espiritismo.

No artigo anterior, falei do "médium" Robson Pinheiro, e hoje falarei de Norberto Peixoto, autor da trilogia "Umbanda e Apometria", composta pelas obras "Evolução no Planeta Azul", "Jardim dos Orixás" e "Vozes de Aruanda", todos psicografados por Norberto, tendo como autor espiritual (supostamente) Ramatis.

Confesso que não li toda a trilogia, sendo que tomei conhecimento das ideias de Norberto através do livro "Vozes de Aruanda", que comprei por motivos óbvios. Com atenção, "devorei" o livro em poucas horas e, sinceramente, fiquei estupefato: a obra poderia muito bem servir de base para um novo livro de "Harry Potter". 

Entre estouros de "laboratórios" de "magos negros", "gnomos", "sílfos" e "ondinas" além, é claro, de "microprocessadores de carvão" implantados nos pacientes, nos deparamos com uma "iniciação" no Astral à qual Noberto Peixoto teria se submetido. 

Peço o devido "agô" ao leitor para transcrever, ipsis literis, parte da narrativa:

A experiência que descrevemos ocorreu em desdobramento astral na noite de 13 de abril de 2004. Fomos conduzidos por Babajiananda a um templo do Astral que é a contraparte etérica de uma ordem iniciática do movimento de umbanda existente na Terra, de que não estamos autorizados a dizer o nome. Seu dirigente é um dos raros iniciados encarnados que teve as sete iniciações na umbanda esotérica, e faz um articulado trabalho de estudo e divulgação umbandista, pregando a unidade e a convergência entre todas as doutrinas, abarcando as ciências, religiões e filosofias existentes.

Esta imensa loja etérica era similar às construções egípcias, com muitos ornamentos dourado com símboloso solares. As entidades trabalhadoras apresentavam-se em formas astrais de pretos velhos, caboclos e orientais, vestindo uma indumentária de cor alaranjada. Chamou-nos a atenção a alegria e a desconcentração (sic) destes espíritos, demonstrando-nos que a espiritualidade não é circunspecta sem motivo, chorosa e compungida, como preconizam muitos irmãos encarnados e desencarnados.¹

Ganha um disco do grupo "Kangoma" quem adivinhar sobre qual "ordem iniciática" Peixoto se refere. =)  

Obviamente, está se referindo à OICD e à Rivas Neto.

Mas isto não é de se estranhar já que, para quem não sabe, Babajiananda é o nome do mentor espirirtual do saudoso Roger Feraudy, autor de excelentes obras sobre Umbanda (no que pese não concordar com alguns de seus conceitos), dentre elas "Umbanda - Essa Desconhecida" e  "Serões de Pai Preto". Importante salientar também, que Roger Feraudy mantinha fraterno e próximo relacionamento com Rivas Neto e a OICD.

Desnecessário dizer, creio eu, que Feraudy e Peixoto se conheciam.

Então, nada mais natural que o "guia" de Peixoto nesta "viagem", fosse, supostamente, Babajiananda, assim como a tal "ordem iniciática" fosse a OICD, não é mesmo? Todo mundo é de "casa".

Prossegue Peixoto:

"Foi-nos mostrada a Ala do Oriente desse templo diáfano: vimos um salão de tarô e quiromancia que assiste a médiuns em suas iniciações na umbanda; visualizamos muitos encarnados desdobrados, sentados a pequenas mesas dispostas diante de ciganos e orientais de várias etnias... (...)

Ao passamos por uma dessas mesas, fomos informado (sic) de que conheceríamos os entrecruzamentos vibratórios das sete linhas da umbanda, com os seus respectivos agentes mágicos (os exus),  e em seguida, eu e um irmão do grupo de apometria que me acompanhava estaríamos prontos para incorporar nosso exus originais, o que se daria, a partir de então, por meio dos verdadeiros exus de umbanda, chefes de legião. Então, eu estaria iniciado para manifestar o exu Pinga Fogo, e o meu companheiro de grupo o exu Sete Chaves... (...)"² 

A contraparte etérica da OICD é uma pirâmide?!? Talvez um templo egípcio da Antiga e Veneranda Escola de Mistérios de Hórus, quem sabe?

O mais estranho é o sujeito ter de ir ao Astral para tomar conhecimento dos entrecruzamentos vibratórios das Sete Linhas, sendo que em qualquer obra de Pai da Matta e do próprio Rivas Neto pode-se ter conhecimento disto.

Sinceramente, não sabia que para ser iniciado no Astral precisava de tão pouco, assim como desconheço um Exu Sete Chaves que esteja no grau de Chefe de Legião. Será que mudaram a hierarquia da Kimbanda e ninguém avisou?

Afim de não ficar muito maçante e extenso, adianto que depois dos eventos acima, Peixoto e seu companheiro passaram por "iniciações", e ele foi "entronizado" no sítio vibratório do caboclo Ogum Iara.³

Talvez eu seja um cara muito implicante e não tenha, como já me disseram alguns, o "verniz", 'cabedal" espiritual para entender algumas coisas.

Mas, o leitor já percebeu como estes "grandes iniciados", "portentosos médiuns", sempre trabalham com Orixás Menores e Exus Chefes de Legião?

Sim, porque à exemplo de Rivas Neto, que tem como Preto-Velho, Caboclo e Criança, entidades no grau de Orixás Menores, assim como trabalha como o Sr. Sete Encruzilhadas que é o Chefe da Legião de Exus da linha de Oxalá, estes "formadores de opinião", sempre estão trabalhando com entidades deste "naipe" e fazem questão de publicar isto.

Enfim, faço minhas as palavras de um amigo sobre o assunto:

A pretensa contraparte astral da OICD com ciganos, tarólogos e etc me pegou em cheio. Essa gente deveria estar na TV preparando mini- séries, tamanha a inventividade de suas fantasias. O Arapiaga (essa é a melhor de todas) mesmo nos seus desvarios deve ter achado que o tal Babajinanda, como dizem os jovens, estava "forçando a amizade". 

É... tenho de concordar com cada palavra.

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Foto: Norberto Peixoto  (divulgação Editora do Conhecimento)

¹ PEIXOTO, Norberto, Vozes de Aruanda, Limeira,SP, Editora do Conhecimento, 2005, 27-28p

² Idem, 28p

³ Idem, 29-30p