domingo, janeiro 18, 2009

HISTÓRIAS QUE O POVO (NÃO) CONTA III

Depois da oficialização da "umbanda vale-tudo" não param de chegar "notícias" dos excessos e invencionices do povo alinhado a esta nova fase do Movimento Umbandista.

De Curitiba, chega-nos ao conhecimento que um "babá" que dirige (?!?) um terreiro que fica ao lado de um cemitério, pretende fazer um rito nos moldes "Guardião da Era Dourada - Vencedor da Era das Trevas" exatamente dentro da calunga pequena.

Imaginem só: dezenas de médiuns fantasiados, com capa, cartola, tridentes, etc, mais a assistência no meio do campo santo, com toques de atabaques, bebidas, comida, etc, virando a noite ali no tal "rito".

Quero crer que para um evento de tal envergadura, deva ser necessária a autorização da Prefeitura local e do departamento que administra as necrópóles coisa que, sinceramente, duvido que seja dada. Exceto que o tal "babá" pretenda fazer seus médiuns, assim como a assistência, pular o muro do cemitério.

Aqui em Belo Horizonte, tivemos notícias de uma "oferenda" envolvendo Xangô, Yansã e Oxum, que por muito pouco não acaba em uma tragédia, isto se não considerarmos assim uma senhora idosa tomar um tombo (na verdade relatou que sentiu como se tivesse tomado uma "gravata" de um ser invisível) cair de sobre a oferenda e sofrer traumatismo crânio-encefálico ao arrebentar um alguidar com a cabeça. Sobreviveu por pouco.

Tudo isto diante de uma assistência estupefata, que após o ocorrido saiu do tal terreiro jurando nunca mais colocar os pés ali.

Ainda nas Gerais, tive a oportunidade de ouvir o relato de uma sessão de "exu" em determinado terreiro que está alinhado com a "umbanda vale-tudo", onde o "exu" que comandava a sessão bebia litros de vinho de boa qualidade, além de queimar inúmeros charutos cubanos. Não que eu seja contra que as Entidades usem do que há de melhor, mas desde que isto saia do bolso dos médiuns e não em forma de doações compulsórias da assistência, como é o caso.

Também há uma certa distinção dentro da assistência, em especial em relação aos elementos do sexo feminino, sendo reservados os lugares mais à frente para aquelas mais bonitas e o final da fila para as não tão belas. É o mundo "fashion" chegando aos terreiros de Umbanda ou, melhor, como nos programas de auditório, seleciona-se as de melhor aparência para ficar à frente.

Desnecessário dizer que tais bealdades recebem toda atenção dos "exus" incorporados, bebem no copo deles, e tudo mais. Ah!, tantrismo... chegou mesmo para ficar, não é mesmo?

Mas, como sempre, o melhor fica para o final.

Durante a tal sessão de "exu", foi ordenado aos cambonos que trouxessem quatro garrafas de "champagne" (leia-se sidra...), as mesmas foram ligeiramente chacoalhadas e retirados os lacres de segurança, sendo que cada uma foi colocada em um canto do terreiro.

Feito isto, o tal "exu" informou que os pedidos de quatro pessoas ali presentes (em meio a mais ou menos setenta pessoas) iriam ser atendidos, caso as "champagnes" estourassem. Claro que após serem ligeiramente chacoalhadas, mantidas em um ambiente quente, acabaria uma ou outra "estourando". O caso é: de quem foram os pedidos atendidos?

Ao terminar a sessão (isto lá pelas 4:00 horas da manhã), um médium "incorporado" pelo Sr. Tranca-Ruas das Almas, mantinha-se postado junto ao portão fazendo as vezes de "Host" à semelhança das festas profanas.

E alguns ainda dizem que devemos ser tolerantes... =/