quarta-feira, agosto 03, 2011

ASSUNTO VELHO EM CAPA NOVA


O mundo umbandista está tão estranho que há tempos estou afastado de tudo que diz respeito à ele, no que pese ainda ser assinante de algumas listas e correr o olho em algumas comunidades, sites e blogs por ai.

Não que falte assunto para ser comentado, mas o que vem (ou continua?!?) acontecendo no chamado "movimento umbandista" é, como dizem no jargão jornalístico, "notícia velha": a eterna luta entre Saraceni e Rivas Neto, a propaganda institucional massiva da FTU, o culto à pessoa do Arapiaga, livros sem pé e nem cabeça do Robson Pinheiro (adotados por muitos "umbandistas") e  vamos ladeira abaixo. 

No entanto, no que pese o assunto não ser novidade, hoje pela manhã recebi um link que direciona para o "Portal de Defesa da Umbanda" (http://www.pdu.com.br/faca.htmlde responsabilidade do pessoal do Rubens Saraceni. 

O texto chamado "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço" mostra algumas das muitas contradições entre o que está nas obras de Rivas Neto (aquelas "portentosas" escritas pelo Sr. Caboclo Sete Espadas) e o que vem sendo praticado por ele já faz alguns anos.

Este articulista já "cantou esta pedra" há anos, apontando tais contradições em vários textos neste blog e no extinto site a Fraternidade de Umbanda Esotérica Vozes de Aruanda. Por muito tempo também questionei sobre isto nas listas de discussão, redes sociais e onde mais pudesse mas as respostas nunca chegaram e, por muitas vezes, as perguntas também não (meus emails eram moderados ou simplesmente eu era expulso da lista).

A política do "tudo junto e misturado" que Rivas Neto vem levando adiante já faz alguns anos, usando como capa "diversidade" e "convivência pacífica" nada mais é do que um engodo, uma forma de atrair público para as dependências da OICD e, obviamente, da FTU. 

É claro que quem está à frente de uma instituição de ensino superior e que pretende formar teólogo em uma religião tão diversa, não poderia se ater a conceitos de uma só doutrina sob pena de perder alunos e frequentadores e, por extensão, receita.

Por outro lado, o site PDU, longe de ser uma ferramente para a "defesa da umbanda" como propagandeia, presta-se somente, e tão somente, como mais uma arma nesta "guerra dos 100 anos" entre "Umbanda Sagrada" e "Umbanda de Síntese". Aliás, diga-se de passagem, o ataque às obras de Rivas Neto nada mais é (não que ele esteja errado no que coloca) do que revanchismo do Saraceni por conta da campanha que o pessoal da OICD fez contra o "Livro das Energias" que, máxima vênia, é o maior mico literário que já se teve notícias no meio.

Os polos antagônicos, longe de estar realmente preocupados com os interesses da religião, mantêm esta "queda de braço" (extensiva aos seus "ogãs" e "alabês") por motivos menos nobres e espirituais do que propagandeiam: Ruben Saraceni vive da venda de livros, cursos, workshops, enquanto Rivas Neto precisa de alunos para sua faculdade, discípulos e clientes para o seu terreiro (ele mesmo afirmou no "Pronunciamento de Magia Oracular" que vive "para a Umbanda, pela Umbanda e da Umbanda...").