quarta-feira, novembro 26, 2008

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A PRAGA DO SÉCULO

O pensador americano Thomas Paine dizia que a intolerância é a contrafação da tolerância, já que a primeira se arroga o direito de impedir a liberdade de consciência e a segunda o direito de concedê-la sendo ambas, portanto, despotismo.

A visão de Paine sobre as liberdades individuais é magistral. Em sua concepção não devemos tolerar (ou deixar de) nada de ninguém. As pessoas são livres para pensar, agir, crer, falar da forma que quiserem, desde que dentro da legalidade. Ninguém, portanto, tem o direito (muito menos o dever) de dar ou tirar a liberdade de consciência de outrem, desde que suas idéias e atitudes estejam respaldadas no ordenamento jurídico vigente e no respeito ao espaço do próximo.

A palavra chave é RESPEITO e não "tolerância".

O meu dever é respeitar as orientações religiosas, políticas, sociais, culturais, sexuais do meu próximo, mas é meu DIREITO discordar e até mesmo criticar tais coisas, sem interferir em sua liberdade de consciência. Obviamente, que até mesmo a crítica deve se basear em fatos concretos, em argumentos sólidos, distanciando-se o mais possível de qualquer tipo de falácia, em especial do ataque pessoal, afim de surtir algum efeito e dar margem ao debate.

De toda forma, em pleno século XXI, temos casos como os que disponibilizo nos vídeos logo abaixo. As ações engendradas por este tipo de gente, fanáticos anacéfalos, que exercem uma fé anacronica, pusilânime, anti-social, impositiva. O que vemos é uma verdadeira anabasia desta doença chamada "desrespeito", em especial contra as religiões de matriz africana.

Portanto, cabe a cada um de nós denunciar este tipo de comportamento, não somente às autoridades constituídas, exigindo punições, mas também à sociedade de forma geral. Fazer que a nossa fé, seja ela qual for, seja respeitada é, muito além de um direito, um dever de cada um de nós.