Em nossa última reunião nos deparamos com um grupo de espíritos que realiza uma atividade bastante curiosa, o 'tráfico' de energia.
Em sua última encarnação, no século XIII, eram um bando de piratas e viviam do saque e da pilhagem. Ao desencarnarem, no astral, permaneceram com suas atividades e se 'adapetaram' ao ambiente. Passaram a roubar energia de grupos espíritas. Possuiam um tipo de garrafa transparente, semelhante ao vidro, onde armazenavam a energia retirada dos grupos mediúnicos, à qual misturavam outros fluídos de baixa vibração a fim de poderem absorver um pouco dessa energia e o restante era 'vendido' ou 'trocado' com entidades trevosas.
O líder deles estava tão 'ligado' nesta atividade que quando lhe propus que aceitasse nossa ajuda e lhe disse que ele seria levado a um hospital no astral ele imediatamente pensou que lá poderia obter muita energia e pensava em como fariam para manipulá-la.
Enquanto conversava com este ser incorporado numa das médiuns, um outro ser dançava freneticamente ao redor do grupo mediúnico lançando feitiços sobre nós.
Paralisei o ser e continuei o diálogo com o tal líder; como se mostrava reticente e só pensava em 'roubar' nossa energia, já estava a ponto de enviar todos para longe dali, estavam todos sentados de pernas cruzadas no chão ao nosso redor, dentro de uma bolha quando um deles disse a outro médium, num tom meio jocoso:
- Levamos tanto tempo pra te encontrar capitão e já ai nos mandar embora?
Indaguei a quem ele se referia e disseram que era comigo. Eu fazia parte daquele bando de piratas e parece que houve alguma 'divergência' de opinião e esse grupo foi degredado. Parece que todos tinham muito medo de mim e disseram que eu era muito mau.
O ser que estava incorporado tinha uma espada cravada nas costelas, retiramos e 'curamos' ele, que se impressionou com minha 'magia', assim como os demais. Curamos os demais e todos queriam saber como eu adquirira aquele 'poder'. Por fim, após muita conversa, eles aceitaram nosso auxílio e foram levados pela equipe espiritual.
Abraços.
Realmente, não falta mais nada... Piratas de energia...
Não é dificil perceber pelo relato, que tal histeria coletiva (desculpe, mas não tenho outro nome para isto... aliás, tenho mas é impublicável...) se deu em uma sessão de apometria em algum terreiro "umbandista apométrico" por ai.
A capacidade criativa deste povo, realmente, não tem limites. Deveriam pensar em começar a escrever roteiros para o cinema e a televisão, pois ganhariam muito dinheiro.
Um "médium" inventa a história, o tal "apometra" que comanda desenvolve o roteiro, com direito a "paralisações" de espíritos (será que, como o Sr. Spock da série "Jornada nas Estrelas", há algum tipo de "toque" para que isto aconteça?) e uma revelação "bombástica" de que aquele que comandava os trabalhos havia sido o "capitão" dos maltrapilhos corsários.
O animismo, conjugado com a vaidade, é tanto que as pessoas querem estar no comando, mesmo que seus comandados sejam espíritos trevosos de uma ridícula, fantasiosa e improvável trupe de "piratas de energia".
Incrível como as pessoas nunca foram subalternas, sempe estiveram em sua encarnações passadas e mesmo nas "gangs" do astral inferior, como líderes, comandantes, capitães...
Acredito que atualmente tal "bando de piratas" deva ser comandada pelo sanguinário Davy Jones, aquele vilão com cara de polvo e mãos em forma de pinças de caranguejo da trilogia cinematográfica "Os Piratas do Caribe".
E tem gente que ainda chama estas patacoadas de Umbanda.