sábado, janeiro 24, 2009

CLAREANDO

Recebi um email muito interessante hoje, que me questionava (acusando) de uma série de coisas, portanto resolvi deixar algumas coisas claras para quem me lê.

Nunca, em tempo algum, tive inveja de ninguém, em especial de Rivas Neto ou qualquer um de seus discípulos. Em outros textos, inclusive, elogio a criação da Faculdade de Teologia Umbandista e o que ela representa para o Movimento Umbandista, e faço o mesmo em relação ao trabalho, como músico, do William do Carmo Oliveira.

Diga-se de passagem, que o trabalho deste último resgastando fonogramas antigos, apresentando para a sociedade a "música de terreiro" e mantendo o imenso acervo da FTU, é algo que deve ser reconhecido e aplaudido. Acredito, sinceramente, em uma oposição consciente, responsável, não em algo intransigente.

Os meus aplausos à estas duas pessoas, no entanto, terminam nisto.

Houve um tempo que gostava sobremaneira dos elogios fáceis, do bajulamento, do reconhecimento. Hoje em dia, meu ego está sob controle, e quero apenas criar meu filhos carnais, orientar os poucos espirituais, cuidar de minha empresa, da minha vida e de meus amigos. Não quero liderança, não procuro discípulos, não quero ninguém me bajulando.

Portanto, dizer que minha aguerrida oposição à Rivas Neto e minha troca de amabilidades com Obashanan são fruto de "inveja" é uma asneira infantil. Meus problemas com Rivas e seus discípulos, em especial Yan Kaô, se devem a questões muito pessoais que não são de hoje.

A nossa animosidade é pautada em antipatia mútua, diante de dez anos de luta, por motivos variados, sendo que muitos eu não posso expor publicamente por questões legais.

Mantenho este espaço como uma forma de expor minhas idéias e opiniões sobre como andam as coisas no atual Movimento Umbandista.

As vezes faço pesquisa na rede e vejo que alguns sites e blogs publicam textos meus, mas em momento algum tenho ao intenção de fazer seguidores ou quero que as pessoas acreditem que a minha visão é a correta, a verdadeira. Meu desejo é apenas que meus leitores PENSEM, RACIOCINEM e que tenham um ponto de vista diverso daquele que a "propaganda oficial" da FTU/OICD/CONSUB/CONUB passa. Nada mais.

Fazer oposição a algo ou alguém não quer dizer que temos sentimento de inimizade. De minha parte, não considero Rivas Neto (e os seus), assim como Robson Pinheiro, como meus inimigos.

Obviamente, também não são meus amigos.

Não desejo mal algum à estas pessoas, mesmo sabendo que a recíproca não é verdadeira. Se força de "encruza" e de "pemba", vindo de uns e outros, realmente me atingissem já estaria morando no jazigo perpétuo de minha família, no cemitério do Bonfim, faz tempo.


Mas estou aqui, vivo, gozando de perfeita saúde física e mental, livre de corpo e mente, com a consciência tranquila, seguindo a minha vida e criando meus filhos na Lei de Umbanda.

O missivista também pergunta o motivo pelo qual "ataquei" Robson Pinheiro e Norberto Peixoto, se teria "inveja" deles também, já que não tenho a "fama", o "dinheiro" e a "respeitabilidade" deles.

Outra asneira.

Sendo assim, Diogo Mainard, por exemplo, critica o presidente Lula porque queria ser como ele? Acredito, sinceramente, que isto não deva estar os plano daquele articulista.

Sempre acreditei que toda pessoa que publica suas idéias é passível de críticas, incluso eu mesmo.


No caso de Robson Pinheiro, ele criou uma mística em torno do seu nome, vive a contar "estórias" afim de destacar como é um médium extraordinário,a pregar, hipocritamente, conceitos que ele mesmo não segue.

O escritor fala de "caridade", "humildade", "conformismo"; chama a minha atenção por não tratá-lo com "respeito" e "gentileza" em uma correspondência, mas se acha no direito de chamar de "vaca" uma mulher se portou de forma inconveniente em sua casa espirita. Ou seja, age como um hipócrita, uma fariseu moderno, exigindo um tratamento que ele mesmo não dispensa às outra pessoas. Isto sem falar no número imenso de bobagens sobre a Umbanda que escreve em suas obras e fala em seu programa dominical.

Aliá, este é meu grande problema com estes famosos: as contradições, as incoerências entre aquilo que efetivamente praticam e o que escrevem. As obras de Robson Pinheiro e Rivas neto têm um aroma de "faz o que eu mando e não olha o que eu faço".

Em relação a Norberto Peixoto, a questão ser resume a não gostar mesmo do que escreve e achar que esta coisa de "apometria umbandista" é mais uma contaminação no meio, só isto. Mera crítica de conteúdo, nada mais.

Por fim, meu interlocutor desafia que eu apresente provas das coisas que narro nos textos da série "Histórias que o Povo (não) conta", assim como de outras insinuações que faço aqui sobre o comportamento de "x" ou "y".

Pois bem.

Possuo três dvds que armazenam centenas de fotos, textos, videos, áudio (incluso de conversas telefônicas) que venho guardando nos últimos dez anos. Muita coisa é de minha propriedade, no sentido de eu mesmo ter gravado telefonemas pessoais que tive com alguns "grandes" do Movimento Umbandista e com outros anônimos.

De acordo com a jurisprûdência dominante, não configura crime a gravação de conversa telefônica onde um dos interlocutores participa, assim como não haveria ilícito se eu publicasse este material. Acontece, porém, que o conteúdo desta conversa envolve o nome de terceiros, o que poderia trazer problemas jurídicos para mim. Portanto, exceto no caso de ser obrigado a apresentar este material em juízo, o mantenho somente para os meus ouvidos e de pessoas próximas e de minha confiança.

Existe muito material que me foi cedido por terceiros, portanto não seria legal sua divulgação, mesmo com a autorização de quem os cedeu. Por isto, sempre conto o "pecado" sem mencionar o "pecador", mas em caso de ser obrigado a apresentar provas em juizo de alguém que acredite que alguma coisa aqui é direcionada à ele, o farei com prazer.

De toda forma, minha intenção com este espaço não é caluniar, difamar ou injuriar absolutamente ninguém. O que faço aqui é apenas exercer meu direito constitucional de livre pensamento e expressão.

Não quero ser ou me igualar (Oxalá me livre !!!) à Rivas Neto, William do Carmo, Robson Pinheiro ou qualquer outro, assim como não requeiro, espero ou necessito do reconhecimento de ninguém.

Meu objetivo é falar sobre Umbanda e o Movimento Umbandista, mas sem ter alguém, exceto minha própria consciência, dizendo a forma certa de fazer isto.