sábado, maio 30, 2009
segunda-feira, maio 25, 2009
TEMPLO É DINHEIRO
A Igreja Católica está realmente preocupada com a debandada de fiéis para as igrejas evagélicas, tanto que já começou a copiar as práticas de marketing para atrair público e, obviamente, dinheiro. Este foi um flagrante registrado por mim na Igreja de São José, uma das mais tradicionais da cidade de Belo Horizonte.Peço desculpas aos leitores do blog pela falta de atualização, mas diferente de uns e outros que vivem de tocar tambor eu tenho um trabalho que não é relacionado à religião. Como as coisas apertaram por aqui, estou com pouco tempo para escrever, mas creio que até meados desta semana estarei postando diariamente.
segunda-feira, maio 18, 2009
EDUCAÇÃO RELIGIOSA UMBANDISTA
Saindo um pouco da temática "hipocrisia de líderes umbandistas", quero comentar sobre educação religiosa umbandista.Sempre estou lendo emails de dirigentes de Templos pedindo informações, apostilas e a disponibilização de técnicas pedagógicas para o ensino da religião de Umbanda às crianças, sendo verdade que os escritores umbandistas não se preocuparam muito em desenvolver uma espécie de "catecismo umbandista" para elas, preocupando-se mais em doutrinar os adultos.
De toda forma, há algumas exceções, como é o caso da coleção "Atividades de Orixás", criada por Yonar Peixoto e Emmanuel Peixoto. O material é baseado na visão teológica de Rubens Saraceni e pode ser encomendado pelo blog http://umbandainfantil.blogspot.com/.
Outra publicação disponível é "Umbanda e as Crianças", de autoria de Doris C. Pires, da editora Madras, que mostra de forma bem didática conceitos básicos da religião, como breve biografia de Zélio de Moraes, quem são os Guias e Orixás, o significado da cor branca, dentre outras informações.
Uma outra obra lançada com o intuito de falar sobre Umbanda com as nossas crianças, é "Cartilha de Umbanda - Somente para Crianças" do Pai Joãozinho das Sete Pedreiras, também editado pela Madras.
Sou da opinião que a formação religiosa de nossas crianças desde a mais tenra idade, nos levará a ter uma nova geração de umbandistas mais interessados, de verdade, com a dignificação da nossa religião do que com seus egos inflados como vemos hoje.
domingo, maio 17, 2009
A POSE DO GORILA, O JARDIM JAPONÊS E A UMBANDA
Chegamos cedo ao zoológico, com certeza os primeiros visitantes daquele dia. Nos dirigimos diretamente ao jardim japonês, com seu imenso Torii e um projeto paisagístico exuberante, um dos mais belos do país, conforme o nosso guia fez questão de frisar.
Em nosso grupo uma criança de aproximadamente quatro anos, com a curiosidade própria da idade, insistia em fazer todo tipo de pergunta ao guia e tagalerar sem parar. A cena era perfeita em termos comparativos: a criança tagalerava, o guia ignorava e o demais visitantes se irritavam.
Lembrou-me muito o que temos visto nas listas de discussões, onde "mestres" e "discípulos" tagaleram indefinidamente sobre a "melhor umbanda" ou o "mestre mais especial", entupindo as caixas de entrada dos demais participantes com um bate-boca inútil, onde um aponta os erros e contradições do outro, mas ninguém responde diretamente a nada.
Terminamos a visita ao espaço oriental e seguimos para ver os animais.
Chegamos ao grande espaço reservado ao gorila "Idi Amin", o único espécime em zoológico da america do sul. Em geral ele é muito arredio e mantêm-se afastado dos olhares dos visitantes, escondido em sua caverna. Neste sábado, porém, ele resolveu ser mais simpático e se deixou observar, inclusive fazendo pose para fotos. Sentia-se especial, até com um certo ar blasé aos visitantes que se acotovelavam frente ao vidro para tirar fotografias do grande primata.
Foi inevitável comparar tal acontecimento com o estado de coisas dentro do movimento umbandista. O que temos de "líderes" fazendo pose na internet, ainda mais com o advento das tais video-conferências não está no gibi. Todos querem trocar uma idéia via webcam com o mestre da Vila Alexandrina e ter seus "15 minutos de fama".
Além disto, "mestres" há muito desaparecidos das listas começam a reaparecer, em uma atitude orquestrada, para atacar Rubens Saraceni e massacrar Alexandre Cumino. A união faz a força: cinco discípulos de Rivas Neto contra apenas um do Saraceni. O mais assombroso é ler Aramaty se dirigindo ao Cumino como "meu prezado irmão". Sem comentários sobre a falsidade e hipocrisia de tal atitude.
Nada muda dentro do movimento umbandista e quando acontece alguma mudança é para pior. É como eu sempre digo: esta conversa de "respeito a diversidade", "tolerância" e "convivência pacífica" por parte de Rivas Neto e os seus não passa de hipocrisia. As atitudes de seus discípulos falam por si.
sexta-feira, maio 15, 2009
LOJA DA CONSCIÊNCIA
quinta-feira, maio 14, 2009
NADA DE NOVO
Perdi o sono.Acordei por volta das quatro horas da manhã e não consegui dormir mais. Foram duas horas e meia há menos de sono, levando em consideração o horário normal para a minha alvorada. Preciso de pelo menos oito horas diárias de descanso para "funcionar" bem.
"Hoje será um dia daqueles", penso olhando para o teto.
Então lembro que meu filho chega hoje, para um fim-de-semana cheio de video-game, zoológico, parque, cinema, teatro. Enfim, terei um final-de-semana cheio de atividades com meu Pequeno Kundun e nosso fiel companheiro de farras, meu sobrinho Henrique.
Afinal de contas, talvez o dia não seja tão duro ou desgastante como imaginei, já que ao chegar em casa, após um dia chato de trabalho, meu filho estará esperando para me dar um longo e carinhoso abraço.
Levanto, vou à cozinha para matar a minha sede. Em geral gosto de tomar água tônica, mas não achei apropriado fazê-lo às quatro da manhã, por isto resisto à tentação e me sirvo de água filtrada, fresquinha, diretamente do filtro de barro, praticamente um ícone familiar. Nada de "super-filtros" ionizados... não... em minha família ainda mantemos algumas tradições, dentre elas o bom e velho filtro de barro e suas velas com carvão ativado.
Ouço, ao longe, o barulho do motor de uma moto para logo depois ouvir o baque seco de algo jogado no meu quintal. Meu jornal chegou. Abro a porta, pego o pacote e retorno à cozinha para coar um café. Obviamente, usando a tradicional técnica do bule, água fervida no fogão e o coador de pano. Nada de cafeteira elétrica.
Sento à mesa e folheio o jornal. Não o lerei agora. O cheiro de café novo toma conta da casa e sinto uma vontade enorme de estar em um sitiozinho ou uma fazenda. Vou à geladeira e me sirvo de um belo pedaço de queijo minas para acompanhar o café recém passado.
De súbito, lembro-me do blog e que não escrevi nada no dia de ontem. Ligo o computador e, como todas as manhãs, descarrego centenas de emails que foram enviados por amigos, inimigos e, principalmente, pelas listas que tratam sobre Umbanda.
Descarto os já tradicionais emails ofensivos e ameaçadores que recebo quase que diariamente, em geral vindos de simpatizantes (ou pelo menos assim se identificam) de um ou outro "líder" umbandista, que teve alguma idéia ou posicionamento seu questionado no blog, o que não agradou aos seus puxa-sacos.
Algum lixo eletrônico, mensagens de amigos e conhecidos, uma nova amizade em uma comunidade de relacionamento qualquer, avisos do sindicato, convites para a posse de alguém, festa em homenagem aos Pretos-Velhos e o eterno bate-boca entre membros de "facções umbandistas" contrárias umas as outras. Em meio a estes últimos, os desagravos, os agradecimentos, depoimentos e a puxação-de-saco de sempre à Rivas Neto e a malhação em cima de Saraceni.
"Nada de novo" - penso, enquanto me sirvo de outro pedaço de queijo e tomo um grande gole de café.
terça-feira, maio 12, 2009
CANSADO...REALMENTE CANSADO
Sabe quando você tem uma péssima noite, que acorda pela manhã sentido-se cansado, com aquela sensação horrível de que tem areia em seus olhos e com o corpo pedindo, insistentemente cama? Você levanta mau humorado, enjoado, sem entender o motivo pelo qual ainda não ganhou sozinho na megasena, para que não precisasse nunca mais trabalhar quando amanhecesse neste estado?É exatamente assim que me sinto em relação ao movimento umbandista, em especial no que diz respeito a estar enjoado. Ou seria enojado mesmo?
Com certeza, "enojado" traduz melhor o que sinto todas as vezes que abro meus emails e vejo esta briga, que mais parece coisa de moleques de rua e não de homens com mais de cinquenta anos, entre Saraceni e Rivas Neto. Todas as listas que falam de Umbanda, não importando o seu tamanho, sofrem, diariamente, com as infinitas réplicas e tréplicas, em especial vindas da parte do Sr. João Carneiro, relações públicas de todas as siglas inventadas pelo Mestre da Vila Alexandrina.
Como no passado, os membros da OICD tratam as listas como o quintal de suas casas.
Acreditam, realmente, que toda a comunidade umbandista esteja muito interessada nas "notícias alvissareiras", em ler centenas de vezes o nome de Rivas Neto (e suas "proezas") e, pior, o discurso hipócrita e vazio que parte de todos os seus discípulos.
A palavra que mais se lê, depois do nome de Rivas Neto, claro, nos emails desta turma é "ética".
Mas, sinceramente, não vejo ser ético censurar alguns participantes em uma lista de discussão enquanto seus "maninhos" escrevem o que querem, na hora que querem, sem nenhum tipo de moderação, enquanto aqueles que têm opiniões contrárias aos interesses da OICD/FTU são atacados e vilipendiados em suas listas.
Ética, é trazer à público uma questão jurídica já resolvida, que ocorreu há exatos sete anos atrás? Um inquérito policial que resultou apenas em papelada e gasto de dinheiro público e que, no muito, entra como um capítulo BIZARRO desta guerra imbecil travada entre os dois "líderes" umbandistas.
O mais engraçado, porém, é o Sr. João Luiz Carneiro vir á público dizer que é importante para a comunidade umbandista discutir este assunto, como se esta briga de comadres entre seu mestre e Saraceni, realmente, interessasse a alguém exceto eles próprios. A razão para ressuscitar este assunto é desacreditar Saraceni, atacar a sua pessoa, no que pese a falsidade e hipocrisia de Carneiro em dizer que não discute pessoas.
Aliás, uma coisa marcante no discurso de Carneiro além, é claro, da prolixia, é o uso recorrente de falácias, dentre elas:
Pergunta capciosa: "Você tem alguma coisa contra a Umbanda Esotérica, Cumino?". A pergunta funciona como uma armadilha para quem responde. Qualquer resposta que der a isto será, obviamente, usada contra o argumentador.
Apelo a autoridade: vive a citar nomes de escritores famosos para justificar suas idéias, como se eles tivessem dado a última palavra sobre qualquer assunto.
Ataque pessoal: referindo-se à condição de Cumino como sacerdote e aos cursos que promove de forma jocosa.
Falácia do espantalho: ao ser questionado sobre as claras contradições entre o que escreveu e o que pratica Rivas Neto, Carneiro ignora isto e ataca o ponto mais fraco da argumentação de Cumino, ou seja, a questão dos nomes "Yori" e "Yorimá". É exatamente disto que se trata tal falácia: ataca-se um argumento diferente (e/ou mais fraco) do que o melhor argumento do opositor.
Múltiplas perguntas: consiste em confundir o adversário com várias perguntas de modo a que não seja possível uma única resposta, ou levando-o a contradizer-se. É exatamente isto que Carneiro está fazendo há dias com Cumino.
Melhor parar por aqui, porque se continuarmos, com certeza, vamos conseguir enquadrar todo o discurso de João Carneiro, praticamente, em todo o guia das falácias. Aliás, dele e de seus irmãos da OICD/FTU.
O que é certo é que esta guerra idiota entre Rivas e Saraceni já encheu o saco. Poderiamos reviver aqueles antigos duelos com pistolas à dez passos ou combate com florete, não é mesmo? Como um pouco de sorte, nos veríamos livres desta "guerra do cem anos" instituida na Umbanda por este dois.
segunda-feira, maio 11, 2009
VASO DE SETE ERVAS E O MAU OLHADO
Acredito ser um registro interessante das tradições populares, por isto disponibilizo aqui.
domingo, maio 10, 2009
ENÉSIMO ROUND
E segue-se a luta, senhoras e senhores...Há dez anos assistimos a luta entre Rubens Saraceni e Rivas Neto. Ano a ano alternam na vantagem dentro do combate, alguns períodos de armistício são visíveis, mas o retorno às hostilidades sempre é impactante.
No seu último pronunciamento, como já registramos aqui, Rivas Neto veio como um rolo compressor para cima de Saraceni e seus seguidores, em especial Alexandre Cumino e Jorge Scritori. O mestre da Vila Alexandrina, ressucitou um inquérito policial aberto em seu desfavor por Saraceni no ano de 2002, onde constaram como testemunhas seus dois discípulos.
Apesar de afirmar várias vezes que não queria fomentar o assunto, que tocava novamente na questão, após tantos anos, para mostrar como é vítima de "perseguição", Rivas Neto, aquele que prega a "paz mundial", determinou que seu discípulo Araobatan disponibilizasse para consulta pública peças do extinto processo policial.
A intenção por detrás disto é, claro, desmoralizar Saraceni e seus discípulos mais próximos. Não há lógica alguma de se colocar novamente em discussão um uma ação penal já extinta, que em nada modifica os rumos do trabalho de um ou de outro. A intenção por detrás disto é única e simplesmente a desmoralização pública à Rubens Saraceni, Alexandre Cumino e Jorge Scritori.
Por outro lado, é estranho ouvirmos de Arapiaga que poderia ter processado os envolvidos na denunciação caluniosa e não o fez por achar isto um deserviço à Umbanda e ao mesmo tempo explorar o episódoio ao seu favor em meio às listas de discussões. Afinal de contas, qual a relevância de um problema pessoal (que vai se estender pelo resto das encarnações destes dois) para a comunidade umbandista? No que isto é construtivo para a Umbanda? Qual a conclusão que Arapiaga, Araobatan, João Carneiro, dentre outros asseclas, querem levar os listeiros à chegar?
Esta atitude de Rivas Neto e os seus só comprova o que venho, diariamente, afirmando neste espaço: "paz mundial", "convivência pacífica", "tolerância irrestrita", são palavras jogadas ao vento sem nenhuma conotação prática da parte da OICD/FTU. Quando pregamos algo e nós mesmos não a praticamos, é um caso clássico de HIPOCRISIA.
Antes de pregar aos quatro cantos do mundo estes conceitos, Arapiaga deveria colocá-los em prática, dar o exemplo. Como pode ele pregar sobre "convivência pacífica", sendo que nunca a teve com Rubens Saraceni? Como falar, hipocritamente, sobre "paz mundial", se mantem uma verdadeira guerra contra seu desafeto?
Perguntas que, como sabemos, jamais terão respostas.
sexta-feira, maio 08, 2009
POEMA DE UMA RIMA SÓ (OU POEMA SEM RIMA PRA VOCÊ)
Ao ler e reler, senti que estava diante de um resumo, um texto que, sob a inspiração do breve, sintetiza o estado de coisas no movimento umbandista, em especial no que diz respeito aos recentes bate-bocas entre "líderes", as "notícias alvissareiras", o culto à personalidade e a hipocrisia que viceja entre nós.
Bastou que eu acrescentasse a palavra [Umbanda], que o poema fez todo sentido para a nossa realidade e, o mais importante, não perdeu a rima.
Como a alma
anda farta
dessa farsa...
sem graça...
Como amarga
a palavra falsa
que se afasta...
quando você [Umbanda]
me falta.
(Sandra Regina, "Feita em Versos")
quinta-feira, maio 07, 2009
CARGA EXPLOSIVA
Ontem (05/04/2009) tivemos outro pronunciamento de Rivas Neto, tendo como tema "Magia Oracular". Pelo menos este era o pano de fundo.Na verdade, assistimos um pouco mais de trinta minutos sobre o tema e mais de uma hora de verdadeira "lavação de roupa suja" entre Arapiaga e Saraceni. Começou com Darwin e terminou em acusações, para dizer o mínimo, sérias, além de insinuações outras por parte do Mestre da OICD contra Saraceni. O que passamos a descrever foi o que ouvimos de Rivas Neto em seu pronunciamento.
Obviamente, não poderia faltar menção ao famigerado "Livro das Energias" e os erros conceituais expostos na obra de Saraceni e o fato deste último ter reconhecido os mesmos e retirado a obra de circulação. Houve menção, igualmente, a um inquérito policial aberto por Saraceni envolvendo Rivas Neto por conta de um site apócrifo que, em tese, atacava a honra do Mago das Velas.
O que aconteceu, porém, foi que Rivas Neto não tinha (ou não se conseguiu provar) nenhuma relação com o tal site difamatório e Saraceni foi obrigado a desistir da ação e ainda pedir desculpas, jogando a culpa em sua advogada. Nisto, sobrou para todo mundo: Rubens Saraceni, Alexandre Cumnino, Rogério Queiroz e Jorge Scritori.
Na sequência, Rivas Neto passa a fazer insinuações em relação à Rubens Saraceni, sempre as interrompendo de forma grave, afirmando que não era de sua ética, de sua postura como sacerdote, alimentar "este tipo de coisa". Que é um homem calmo, ponderado, paciente, praticamente um monge budista (quem não te conhece que te compre, Rivas...).
O reitor da FTU também diz, várias vezes, que tem conversas gravadas (hábito que eu também cultivo desde o início da minha militância pública no meio umbandista) com Saraceni e alguns de seus seguidores que poderiam ser, de certa forma, comprometedores. Obviamente, que estas gravações (se realmente existem) jamais virão à público, visto as consequências legais disto.
O arquivo de vídeo, com a íntegra do tal pronunciamento, ainda não foi disponibilizado no portal da FTU, mas com certeza haverá de ser nos próximos dias e colocaremos o link aqui no blog. Com certeza é um registro que todos os umbandistas devem assistir afim de constarem a quantas anda esta "Umbanda de Todos Nós".
O pronunciamento de ontem é apenas mais um capítulo desta guerra travada entre Saraceni e Rivas Neto por controle, poder e dinheiro dentro do movimento umbandista. Isto começou no início/meados dos anos '90 e, com certeza, não acabará tão cedo.
Apesar de Rivas Neto se colocar na posição de perseguido, de coitado, de magnânimo, não é bem assim. Ambos os lados têm culpa neste estado de coisa, visto que os ataques eram mútuos, em especial usando as listas de discussões. Os discípulos de Rivas Neto, assim como os de Saraceni, viviam (vivem) trocando farpas e acusações mútuas.
De toda forma, uma coisa é certa: se Saraceni ainda deve explicações à coletividade umbandista em relação ao "Livro das Energias", Rivas Neto deve mais ainda sobre os conceitos expostos em suas obras em relação ao Catimbó, Candomblé e outras manifestações religiosas afro-ameríndias-descendentes.
Sim, porque as contradições entre o discurso e a prática, como várias vezes colocamos neste espaço, são gritantes. Coisa que antes eram de "kiumbas", faz algum tempo não são mais.
Aliás, isto me faz lembrar que foi noticiado que a FTU contará com uma editora própria e que relançara a obra literária de Rivas Neto.
Será que coisas como "é pilantra mesmo" em relação à entidade Zé Pilintra, a condenação ao Catimbó/Encantaria, com seus Mestres de Linha, como o que há de "mais nefasto no mundo astral", assim como a postura de que o sacrifício de animais é desnecessário e só serve para alimentar as "hienas do baixo astral" continuarão nas obras de Rivas Neto?
Veremos no frontispício de "Umbanda - A Protosíntese Cósmica" algo do tipo "revista e multilada" e dentro uma "mea culpa" do Mestre da OICD, humildemente, se desculpando pelos conceitos expostos no passado e retificando as palavras do autor espiritual da obra, o Caboclo Sr. Sete Espadas?
Como diz o Sr. João Carneiro: serenamente, aguardemos...
É fato que haverá uma reação de Saraceni através do "Portal de Defesa da Umbanda" (www.pdu.com.br) e a quantidade de "TNT" aumentará consideravelmente. A partir de hoje os discípulos de Rivas e Saraceni travarão homéricas batalhas nas listas, as trocas de acusações, réplica e tréplicas infinitas se sucederão.
Toda esta guerra, no entando, não é somente por causa da Umbanda e nem por conta de cursos, workshops, colégios e faculdades.
É uma questão de EGO.
Como adolescentes, Rivas Neto e Saraceni estão em uma eterna medição do "tamanho do pênis", querendo definir quem é o mais "bem-dotado".
quarta-feira, maio 06, 2009
OUTRAS TROMBETAS SOAM: OS ATALAIAS ESTÃO VIVOS !!!
O texto abaixo é a transcrição literal do e-mail enviado à lista "Apometria e Umbanda" pelo Sacerdote Paulo Machado (com o qual não tenho nenhum parentesco) em resposta as reiteradas provocações disfarçadas de "diálogo" por parte do Sr. João Carneiro e outros elementos da OICD/FTU.Não há necessidade de escrever mais nada. O magnífico texto falar por si.
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Salve, João e demais listeiros.
A situação se agrava cada vez mais, pois quanto mais vocês escrevem, mais se contradizem e depôem contra si mesmos.
Já repararam que o conteúdo dos e-mail´s de vocês é invariavelmente de teor agressivo, provocativo, onde não tem o menor pudor em julgar a obra alheia, e ainda desdêm da capacidade de julgamento e discernimento de todos os umbandistas e simpatizantes que buscam incrementar seus desenvolvimentos nos cursos oferecidos, tal qual vocês fazem na vossa faculdade.
Vocês não reparam que está óbvio para todos esta tentativa de desacreditar a obra alheia através de um estratagema simplório e imaturo, que o seu grupo tenta realizar através da provocação constante e do jogo de palavras, deixando claro o quanto vocês estão pecando em regras básicas de convívio fraterno, pois que abertamente não respeitam a "Diversidade" e nem tem maturidade emocional para qualquer tipo de "Diálogo" que não seja exatamente naquilo que acreditam.
Para você João, que parece não ter algo mais útil a fazer do que servir de porta-voz do teu líder, te tornaste muito crédulo meu irmão, pois não estás vendo o "papel" que estás te prestando, e nem o que está acontecendo no teu entorno, a partir de tuas próprias ações. Ficaste tão dependente da figura do teu mestre, que não és capaz de escrever uma mensagem sem resaltar o nome do mesmo. Este tipo de "Apologia" é perigosa, pois que em minha experiência como sensitivo detecto um tipo de obsessão, e é claro, uma tremenda carência e insatisfação pessoal.
Pergunto se o seu grupo já se retratou com as religiões alheias e com as linhas espirituais que ofenderam em suas obras básicas? Já tiraram as mesmas de circulação? vocês se julgam conhecedores dos fundamentos da Umbanda, no entanto seus livros básicos se assemalham mais a um compêndio de tratados esotéricos, eivados de símbolos, que importaram de outras religiões, que obedeciam a outros fundamentos, pois se adaptam ao tipo psicológico do agrupamento em evolução; os seus congás refletem a simplicidade da Umbanda, ou ainda tem característica de um templo egípcio?
Nos cursos que ministro a anos uso um esquema para demonstrar a diferença entre os níveis vibratórios positivo, negativo e o "meio" da dimensão humana, para situar meus alunos neste contexto, e, invariavelmente tenho dito que o nosso "meio" físico está se deturpando, e o que era para ser neutro, está assumindo características do "embaixo". Então pergunto a vocês: os seus comportamentos intrigueiros, passionais, tendenciosos, disvirtuadores das afirmações alheias, é digno do grau que insinuam possuir na "luz" do discernimento? vocês se dizem umbandistas mas adotam as mesmas posturas discordantes dos neo-pentecostais de plantão na carne, que "cegos" na sua "obra", não tem o mínimo respeito e consideração com a obra alheia, ferindo postulados básicos do Evangelho legado pelo Divino Mestre, que fala em amor, perdão e fraternidade.
Parem de criticar e distorcer as palavras, pois acabam influenciando outros desavisados, pois em todos estes anos de convívio JAMAIS determinou-se como deveríamos conduzir nossas giras e o desenvolvimento mediúnico dos iniciados, mas sim, fomos amplamente estimulados a desenvolver nossa religiosidade em acordo com as determinações dos nossos mentores em nossas casas espirituais, alicerçados por uma base doutrinária e teológica com fundamento próprio.
Porque é tão difícil para vocês aceitarem que alguém que não seja de seu grupo possa servir de intermediador para a realização de algo tão belo, que é o de reunir em uma obra singular, uma mensagem libertadora e estimuladora das evoluções? Porque se opôem tanto a esta semadura? Se faz bem a tantos, porque tanto negativismo? Como ousam afirmar que os mentores espirituais de seus filhos na carne não estão assistindo e estimulando seus médiuns a buscarem os cursos de formação?
Reflitam meus irmãos pertencentes a este grupo, e aos demais desavisados, que na empolgação emitem comentários sem fundamento, pois que independente de seus conceitos pessoais, a codificação da Umbanda é algo inevitável, que transcende seus entendimentos e interesses egocêntricos.
Se o seu grupo tivesse um mínimo de humildade, discernimento e desprendimento, saberiam realmente que algo grandioso como uma religião tem o seu começo balizado na "Diversidade" sadia, pois como se diz ... uma religião não nasce do nada ..., e, que naturalmente, a vertente que mais atender aos desígneos do nosso Criador, prevalecerá.
E finalmente, meu irmão, retribuo o convite que fizestes aos meus irmãos que se inscrevessem para os debates em sua faculdade, abrindo as portas de meu terreiro em Curitiba, para que venhas aprender um pouco sobre a natureza humana e a necessidade premente da reforma íntima.
PS: Peço desculpas aos moderadores se tenho que divulgar esta mensagem em várias listas, pois desde o passado quando tentava dialogar abertamente com os mesmos, conteúdos mais profundos, todas minhas mensagens eram bloqueadas, como aconteceu recentemente; em resumo, eles só postam o que lhe é conveniente ou que possam usar para seus sombrios interesses.
Salve a Banda de Todos.
Paulo Machado
http://www.estreladaguia.net/
terça-feira, maio 05, 2009
EDIÇÃO EXTRA: HISTÓRIAS QUE O POVO (NÃO) CONTA IV
Não faz muito tempo recebi um email contando uma história muito engraçada e, ao mesmo tempo, trágica sobre um determinado "baba" (o qual vou omitir o nome e a alcunha por motivos legais) que, não obstante a "banca" que vive pondo em listas de discussões e os comentários desairosos que faz contra tudo e contra todos, demonstra bem claramente quem vive de aparências neste meio.Um leitor nos relata que ele, ao se sujeitar a um ritual de passagem de grau, foi colocado sob a responsabilidade do "baba" em questão, que deveria estar no terreiro às 21:00 horas daquele dia. Importante salientar que o iniciado estava de jejum durante todo o dia. Às 23:00 horas, o tal 'baba" ainda não havia se apresentado, então o "chefão" apareceu e perguntou ao iniciado onde estava o tal "baba".
Diante da resposta que ele não havia aparecido, o "chefão" ficou irritado, pegou o telefone e descobriu que o sacerdote não havia se apresentado no horário marcado para o ritual porque foi assistir o jogo do Corintians.
O diálogo entre o "chefão" e o "baba" trapalhão foi mais ou menos assim:
- Porra, nada com você dá certo, o cara vem de Curitiba e você o deixa passando fome aqui para ir na merda do jogo, essa é a terceira vez que faz cagada, isso não acontecerá de novo.
- Perdão, meu Pai... não acontecerá de novo.
- Você não faz nada certo, absolutamente nada, nem acender vela você sabe!!!.
Pari passu, o "chefão" desliga o telefone sem maiores cerimônias, chama a sua assistente e determina:
- Nao escale este sujeito para mais nada, só para as giras quinzenais.
E assim foi feito.
Imagine um "sacerdote" que deixa de cumprir suas obrigações dentro do Terreiro para ir assistir ao jogo do "Timão". Um sujeito que o próprio "pai-de-santo" dele afirma que não sabe acender nem uma vela e ainda fica em listas pagando lição de moral e criticando a tudo e a todos, inclusive outros sacerdotes e iniciados.
O sujeito não tem compromisso com um ritual de passagem de grau, troca sua responsabilidade dentro do Terreiro para ir assistir à um jogo de futebol, desobedece o seu "pai-de-santo" e ainda quer vir dar uma de "bom de sela" para cima dos outros?
Pelo exposto, ao que parece, o sujeito deve usar uma camisa do "Timão" por debaixo da roupa branca e seu amor pela Umbanda está muito aquém daquele que sente pelo Corintians.
Faço votos que, ao menos, o "Timão" tenha vencido a partida para compensar a vergonha. =)
TOLERÂNCIA IRRESTRITA?!?
Este mundo umbandista é realmente muito engraçado.Todos os dias nossas caixas de e-mails são bombardeadas com "quilos" de propagandas institucionais da Faculdade de Teologia Umbandista e verdadeira apologia ao culto à personalidade de Rivas Neto, seus feitos "extraordinários" para a Umbanda e tudo mais.
O que sempre chamou minha atenção, porém, é o discurso sobre diversidade, convergência, paz mundial, convivência pacífica e, principalmente, a tal TOLERÂNCIA IRRESTRITA. Confesso que quando me deparei com este discurso cheguei, realmente, a acreditar que uma nova era surgia na Umbanda e que Rivas Neto, assim como seus discípulos, abandonariam as velhas táticas de ataques pessoais, desrespeito às convicções alheias, dentre outra coisas que praticaram por anos à fio nas listas de discussões e comunidades virtuais.
Ledo engano da minha parte.
O que ocorreu, na prática, é que os ataques simplesmente tornaram-se velados, obviamente direcionados àqueles que, como eu, não temo o mínimo alinhamento ou simpatia pela idéias do semi-deus da Vila Alexandrina e acreditamos que isto tudo não passa de mera manobra, populismo barato e hipócrita, afim de aumentar sua influência dentro da religião.
A primeira vista, defender "tolerância irrestrita" dentro do meio parece algo digno, louvável, bem vindo, não é mesmo? Pois é. Seria caso realmente isto fosse colocado em prática, mas a verdade é que tal conceito, na visão de Rivas Neto e os seus, comporta exceções, tornando algo que deveria ser "irrestrito" condicionado à certas limitações, em especial no que tange o trabalho dos desafetos declarados do semi-deus da Vila Alexandrina.
O termo "irrestrito", de acordo com o dicionário Houaiss, significa "amplo, ilimitado".
Qualquer criança sabe, portanto, que quando condicionamos algo estamos limitando-o. E o condicionamento que a OICD/FTU impõe à "tolerância irrestrita" é aquilo que Rivas Neto julgar certo ou errado dentro do meio, ou seja, o que devemos respeitar ou não, de forma ampla, é aquilo que o "yamunisiddha", por seus próprios critérios, escondido atrás da chancela da "academia" (que ele mesmo criou e comanda com mãos-de-ferro).
Portanto, se questionamos (e nos posicionarmos contra) a matança de animais, o uso de cartolas, capas, cocares e atabaques em reuniões mediúnicas, somos intolerantes, retrógados, etnocentricos, etc. Se estamos contra as patacoadas vindas da Vila Alexandrina, somo invejosos, "mãos vazias" (este termo sempre me faz rir muito...), incapazes, blá, blá, blá.
Mas, por outro lado, Rivas Neto se posicionar contra a doutrina pregada por Rubens Saraceni, contra os cursos que são ministrados por ele e seus seguidores, dentre outra coisas, é uma questão de "senso crítico" em não tolerar o que é "errado" e "danoso" à religião umbandista.
Aliás, a perseguição doutrinária não pára em Saraceni, visto que o médium Firmino José Leite, que incorpora Pai Joaquim d'Aruanda e quem tem vários vídeos na internet, também é alvo de polêmicas e ataques por parte da turminha da OICD/FTU. O professor Adilson Marques, que fez um trabalho profundo sobre a doutrina do citado médium, foi EXECRADO por discípulos e simpatizantes de Rivas Neto, não faz muito tempo, na famigerada lista "apometria e umbanda".
Perceberam?
Rivas Neto, agora com o apoio da FTU, arvorou-se no "amo e senhor" da Umbanda, definindo, com base na "academia", o que é certo e errado dentro da religião, emitindo pareceres, através dos "dedos" de seus cupinchas, sobre a validade de uma manifestação doutrinária. A "tolerância irrestrita" pregada por Rivas Neto, está irrestritamente ligada ao que ele acredita ser correto dentro da religião.
A recente celeuma criada entre discípulos de Rivas Neto e seguidores de Rubens Saraceni nas listas de discussões, claramente, comprova isto. A cerne da questão são os cursos que são ministrados por Saraceni e muitos dos seus discípulos, que a turminha da Vila Alexandrina acusa de formar "pais e mães espirituais" em massa o que, até onde sei, não é verdade.
Quando tinha assuntos à tratar em São Carlos/SP, estive em contato com pessoas ligadas à Rubens Saraceni e fui convidado a assistir a um destes cursos e posso atestar que não há, pelo menos naquele no qual eu estive, intenção de formação de sacerdotes, no que pese, por óbvio, não ser segredo a formatura de "magos" da "magia" disto ou daquilo por eles. O que vi foi um curso de teologia (claro, dentro dos padrões teológicos da "Umbanda Sagrada" de Rubens Saraceni) e, verdade seja dita, não vi o palestrante incorporado por nenhuma entidade, como acusam os "oicidianos".
Antes que digam que estou de conluio com Saraceni e os seus contra os "iluminados da Vila Alexandrina", quero deixar patente que não tenho NENHUM CONTATO com ele ou seus discípulos. A minha opinião sobre a doutrina pregada por eles continua a mesma, mas devo atestar o que presenciei.
De toda forma, as vezes que estive em Casas de Umbanda que seguem a "Umbanda Sagrada" de Saraceni, sempre fui muito bem recebido em especial quando tinham a informação de que nenhuma relação tenho com a OICD, apesar de praticante da assim chamada "Umbanda Esotérica".
Enfim, a "tolerância irrestrita" pregada por Rivas Neto é um embuste, assim como todos os demais conceitos aos quais, verdadeiro "spam", somos submetidos diuturnamente. Condicionar algo irrestrito não faz, absolutamente, sentido algum.
segunda-feira, maio 04, 2009
ANOS DE CHUMBO, ANOS DE DÚVIDAS
Atualmente vivemos "anos de chumbo" na Umbanda.De um lado temos todo a estrutura de propaganda da OICD/FTU, com seus lacaios de sempre, impondo sua visão sobre a Umbanda, pretensiosamente querendo ensinar o que é ou não próprio ou correto dentro da religião, evocando a "academia" (para referir-se à FTU), usando-a como substrato para mudar conceitos, preceitos e enfiar "guela abaixo" da comunidade umbandista uma "neo-umbanda", dentro da visão megalômana de Rivas Neto. Do outro uma pequena, mas ativa oposição que vem ganhando espaço no meio.
A FTU não se trata de uma instituição que pretende alavancar a Umbanda como religião, "diminuir a distância entre o centro e a periferia", ou seja lá qual frases feitas, repetidas à exaustão por seus asceclas nas listas e comunidades virtuais, tentam traduzir o espírito da faculdade. Em verdade, a FTU trata de ser a grande "arma" de Rivas Neto para justificar as suas idéias academicamente e seguir com seu plano de dominação da religião.
Perceba que desde a criação da FTU, toda idéia que vem dele tem a chancela da faculdade. Outrora Rivas Neto baseava suas idéias e doutrinas no "mundo astral superior", que sempre estava pronto, frise-se, a mudar tudo com o argumento de que as "verdades são temporais".
Obviamente que esta "doutrina camaleão" nunca o levou a ter grande credibilidade no meio umbandista, por isto fundou a FTU e, assim, passa a ter suas idéias embasadas na "ciência" ensinada por uma instituição superior, com reconhecimento oficial. O que as pessoas se esquecem é, que a apesar do pioneirismo, há de se reconhecer, da criação de uma faculdade umbandista, o que vemos na FTU nada mais é do que uma visão teológica de seu fundador, por mais que ele insista em afirmar que trabalha com a "diversidade" das doutrinas umbandistas.
A teologia, de qualquer religião, não é algo fechado, engessado.
Vemos isto, por exemplo, nos seminários ligados aos movimentos protestantes, onde várias denominações (batistas, metodistas, presbiterianos, luteranos, etc) partilham de vários entendimentos comuns, mas divergem teologicamente de tantos outros. Por isto que este papo de "academia" partindo de Rivas Neto e o seus, como se a FTU fosse a panáceia para a confusão teológica do mesmo, que tudo que vem de lá é a verdade, visto que é uma instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, é uma tremenda FALÁCIA.
O que Rivas Neto tem feito é uma verdadeiro desmonte da religião. Atualmente, tenta por todo custo retirar a legitimidade da manifestação do Caboclo da Sete Encruzilhadas e a autoridade de Zélio de Moraes, como marco inicial o (re)surgimento da Umbanda no orbe terrestre. A idéia é simples: desautorizando o Caboclo das Sete Encruzilhadas e seu médium, ele pode fazer um "link" com as tradições africanas e, assim, justificar algumas práticas estranhas aos conceitos deixados por Zéilio como é o caso da matança de animais que ele passou a praticar com afinco nos rituais da OICD e nos ritos promovidos pela FTU.
Sinceramente, impressiona a cara-de-pau dos "arautos" da Vila Alexandrina em cobrar coerência de Rubens Saraceni e de outros desafetos do seu mestre, já que até hoje nenhum deles veio à público explicar as óbvias, GRITANTES, CONTRADIÇÕES entre o discurso (vide a "portentosa" obra "Umbanda - A Protosíntese Cósmica") e as práticas intramuros de Rivas Neto e os seus, destacando, novamente, a matança de animais, uso de cocares e roupas "especiais' para as entidades manifestadas, atabaques, mestres do Catimbó e tudo mais que há pouco tempo eram coisas de "kiumbas" e agora passam a ser algo do "astral superior".
O Mestre da Vila Alexandrina, o "pai dos humildes", o "umbandista de mão cheia", continua insistindo ser o sucessor de Matta e Silva, Mestre Yapacani, fazendo, através do seu "relações públicas", menções a documentos publicados em seus livros que legitimariam esta condição, apesar de todos os outros Mestres, que pisaram nas areias sagradas da Tenda de Umbanda Oriental de Itacurussá, afirmarem, em uníssono, que Arapiaga não tem esta condição.
De toda forma, Arapiaga afirma em sua obras que tem um video que comprova a transmissão do comando vibratório da Raiz de Pai Guiné d'Angola à ele. Só que este vídeo NINGUÉM nunca viu. Tenho contato com uma dezena de dissidentes da OICD, gente que ficou por lá dez, quinze anos, inclusive sendo elevados ao grau de Mestre, que nunca colocaram os olhos nesta fita. Aqui mesmo, neste espaço, já desafiei Rivas Neto a disponibilizar este registro à comunidade umbandista e ele, até o momento, dez anos depois, nunca o fez.
A pergunta que fica é: o que o impede de publicar tal vídeo? Hoje em dia, até meu filho de oito anos consegue digitalizar o conteúdo de uma fita VHS portanto não é falta de condições técnicas para tanto. Espaço para a disponibilização, inclusive gratuita, tem de sobra. Então, por que cargas d'água, o povo da Vila Alexandrina não coloca este video no ar, com imagens e, principalmente, áudio de qualidade, onde veremos e ouviremos a transmissão de comando da Raiz?
A atitude da OICD/FTU é sempre arrogante e contraditória.
A arrogância está presente nos inúmeros emails, em especial do Sr. João Carneiro, que abusam de nossa paciência diuturnamente. Além da verboragia e da prolixia inútil, o que já foi alvo de críticas por parte de muitos participantes de listas, o tom professoral como se estivesse se dirigindo a um bando de ignorantes ávidos pelas revelações vindas do "semi-deus" da Vila Alexandrina, a exigência de explicações sobre atitudes, doutrinas e contradições, mas nunca encaram suas próprias mazelas.
As mensagens querem sempre nos dar uma única impressão: tudo vem da OICD/FTU é verdade absoluta, Rivas Neto é incapaz de errar e tudo que a "academia" publica ou faz é com as bençãos dos Orixás. Em resumo, a OICD/FTU, capitaneada por Rivas Neto, é a "salvação" da Umbanda.
Isto sem falar na forma infantil, idiota mesmo, que o relações públicas exorta os participantes ao debate. Parece uma professora de meia-idade de um jardim de infância qualquer, ao terminar seus emails com imbecilidades do tipo "vamos dar nossa opinião?", "vamos participar do debate?". Qualquer dia destes, não duvido, ele vai exortar ao listeiros, que trata como retardados, a chamar "papai e mamãe" para assistirem os espetáculos egolátras e mambembes de seu mestre.
As contradições, como já exposto várias vezes neste espaço, são inúmeras. Nunca o prolixo relações públicas "multi-instituições" veio a público explicá-las. E sabe por quê? Novamente pela arrogância. O semi-deus da Vila Alexandrina e seus lacaios não acreditam, devido a pseudo-superioridade que acreditam ter, que existam contradições em suas obras. Tudo que vem dali é perfeito, a última palavra e nós, reles mortais, devemos render homenagens.
Mas tem algo que me deixa MUITO satisfeito: tenho incomodado esta turma, ao ponto de estarem sempre esperneando e respondendo, mesmo que indiretamente, as coisas que escrevo aqui. Se perdem tempo de responder ao que escrevo, é porque acreditam que isto pode trazer algum prejuízo à sua imagem e planos no meio umbandista. Os chiliques de alguns "mestres", realmente, me trazem imensa satisfação.
Não se iluda, caro leitor.
Estamos, realmente, vivendo "anos de chumbo" na Umbanda, visto que todo esta conversa da OICD/FTU não passa de uma imposição ditatorial-acadêmica ao meio umbandista. Basta que você passe a analistar, de forma profunda, as atitudes desta tuma da Vila Alexandrina para constatar que este papo de "diversidade", "convergência, "tolerância irrestrita" e toda a verborrágica hipocrisia vinda daquelas paragens, vem carregado de raciocínio condicional.
A diversidade e a tolerância irrestrita da OICD/FTU, assim como o que é certo ou errado dentro do movimento umbandista, estão condicionadas, claramente, ao que o "semi-deus" da Vila Alexandrina achar pertinente e verdadeiro.
Fazendo minhas as palavras de Alexandre Cumino em recente mensagem às listas, encerro este artigo:
"Sempre entendi que o respeito não comporta a palavra "MAS". Quando digo 'respeito, mas'... já não tem respeito...".
domingo, maio 03, 2009
FERNANDO PESSOA E A UMBANDA
O poeta português, Fernando Pessoa, foi um gênio, isto ninguém há de negar.O seu valor, muitas vezes, é comparado ao de Camões, tendo sido considerado, ao lado de Pablo Neruda, como o mais representativo poeta do século XIX.
Não é novidade que Pessoa possuia ligações forte com o ocultimos e o misticismo de forma geral, destacando-se a Maçonaria e a Ordem Rosacruz, no que pese o fato que não hhá nenhum indício fatídico de que tenha sido iniciado em nenhuma das duas Ordens. De toda forma, defendeu publicamente as organizações iniciáticas contra ataques do Estado Novo. É conhecidíssima, no meio esotérico, a tradução do poema "Hino a Pã" de autoria do thelemita Aleister Crowley, com o qual manteve certo contato.
É claro que Pessoa não tinha nenhuma ligação com a Umbanda ou dela tomou conhecimento e, caso tenha, não há registro disto. Ele estava mais envolvido com as tradições místicas européias e a nossa religião ainda era algo de novo que não havia atravessado o atlântico.
Mas diante deste estado de coisas em que vive o movimento umbandista, com seus "salvadores", "guerreiros", "magos", "teurgo", "hierofantes", "yamunisiddhas", pessoas que se arvoraram como bastiões da pura doutrina e das tradições do meio, aqueles que ficam horas pensando para cunhar expressões vazias como "umbandistas de mãos cheias" (cheias do quê, não se sabe...), não é difícil imaginarmos Fernando Pessoa, "incorporado" por seu alter-ego Álvaro Campos, declamando, frente a tantos auto-proclamados "super-umbandistas", os versos do "Poema em Linha Reta":"
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana/Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; / que contasse não uma violência, mas uma covardia! Não, são todos o ideal, se os ouço e me falam./ Quem há neste mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos... Arre, estou farto de semi-deuses! Onde é que há gente no mundo?... Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?".
Magnífico Pessoa!
sábado, maio 02, 2009
O ATALAIA
Era chamado ATALAIA o soldado que ficava na torre de vigia e que dava o alarme (geralmente tocando uma trombeta) no caso de perigo, em geral inimigos que apontavam no horizonte. Os atalaias eram os mais capazes fisica e mentalmente, já que obrigatoriamente deveriam ter boa visão (noturna e diurna) e pulmões fortes para tocarem as imensas trombetas.Do alto da estratégica torre, o atalaia tinha uma visão privilegiada de toda a área ao redor da fortificação, podendo discernir entre "amigos" e "inimigos" e assim proteger a sua posição. Alertava os demais para que se preparessem para a batalha mas, infelizmente, nem sempre eram bem sucedidos.
Na terminologia militar moderna, os atalaias eram uma espécie de "força de elite" dos exércitos da antiguidade. A primeira linha de defesa, não somente contra numeroso exército inimigo, mas também contra sutis infiltrações.
Há de se falar também que o atalaia é incorruptível.
Além de coragem, inteligente e força física, uma das características que se procurava neste homens era a lealdade ao seu povo, ao seu rei, enfim, às suas convicções. Haveria de ser assim, já que isto evitaria que o mesmo fosse facilmente subornado pelo inimigo afim de entregar sua cidade. O ideal maior era que o interesse de muitos (a cidade) deveria sempre superar o de poucos (o dele mesmo).
Faltam verdadeiros Atalaias na Umbanda.
Nossa religião está à mercê de aventureiros que se auto-proclamaram "profetas" d' Aruanda, que dizem estar em contato direto (e até mesmo incorporar) entidades da envergadura de Caboclo Velho Payê. Soberbos médiuns que acreditam estar em grau tão elevado, que MENTEM ao dizer trabalhar mediunicamente apenas com espíritos que estejam, no mínimo, no grau de Guia, quiça Orixás Menores.
São "chefes-de-terreiros" que exigem dos seus médiuns que se ajoelhem para cumprimentá-los, que entoem loas do tipo "vida longa ao mestre" afim de que seu ego fique cada dia mais inflamado e que a sua "majestade" (e "santidade") se sobressaia entre seus seguidores.
Estes "falsos profetas", não raramente, dominam não somente a vida espiritual de seus seguidores, mas também a profana, dizendo à eles o que podem ou não fazer de suas próprias vidas, manipulando-os de forma a dominar não somente suas mentes, mas também seus corpos.
Diante de tudo isto, não se ouve o som das trombetas dos Atalaias da Umbanda.
Os poucos que as fazem soar não são ouvidos e a nossa "cidade" vem sendo facilmente dominadas pelo inimigo. Os Atalaias de outrora morreram, se entregaram, debandaram ou, pior, foram corrompidos.
Restaram poucos, é verdade... mas continuarão tocando suas trombetas até que sejam ouvidos ou que não tenham mais motivos para vigiar.
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Foto: Sentinela Farroupilha - Escultura de Antônio Caringi (Pelotas - RS)
sexta-feira, maio 01, 2009
A HIPOCRISIA NOSSA DE CADA DIA
Gostaria de fazer algumas considerações sobre o email divulgado pelo Sr. João Luiz Carneiro, relações públicas da FTU/OICD/CONUB/CONSUB, etc, etc, etc, já que por temerem minhas colocações e manifestações, fui expulso da lista "apometria e umbanda" cuja a moderação e propriedade é do citado cidadão.Cabe o registro que aquela lista é sempre usada com fins de ataques à minha pessoa, de forma velada, covarde, pusilânime, já que falta-lhes coragem para manter-me no espaço afim que eu possa exercer minha defesa.
Então, os esperneios em relação aos meus textos (que incomodam muito a turminha da Vila Alexandrina) se sucedem naquela lista, em especial da parte de Mestre Obashanan que, caso continue tão estressado com as coisas que escrevo, terá um infarto.
Como sempre, não reproduzirei aqui todo o e-mail ("Escolas, Seitas e Cursos - Entendendo conceitos diferentes II"), somente as partes que merecem algum comentário sem, é claro, fazer com o texto fique fora do contexto. Responderei entrelinhas. Diz o texto:
(...)
"Mas poderiam perguntar: Onde fica a tolerância, o respeito pela diversidade e a convivência pacífica, idéias que foram tantas e tantas vezes fortalecida por todos nós? Lembramos que respeitar as diferenças é diametralmente oposto de aceitar o erro. O primeiro é um ato inteligente e espiritualizado de se bem viver, o segundo é desvio de caráter."
A pergunta que eu faço é a seguinte: quem determina o que é certo ou errado neste contexto?
Aliás, faz muito tempo que venho perguntando quem será o juiz para julgar o que é correto ou não dentro de uma religião como a Umbanda.
"Essa alienação muitas vezes é traduzida em atitudes de indivíduos que passam a viver em função de críticas insipientes e incipientes àqueles que labutam décadas na seara umbandista. “Cegos guia de cegos”, não percebem que ao agirem desta forma estão fortalecendo os que trabalham pela e para a Umbanda, pois dão exemplo do que não é ser umbandista. "
Ora, ora... se minhas críticas fortalecem vocês, por qual motivo se incomodam tanto? Porque dar tanto chilique e me atacar veladamente? Que as minhas críticas continuem, portanto, fortalecendo vocês, que vivem em uma contradição que jamais vieram à público explicar, que é o fato de seu mestre praticar "hoje" tudo que "ontem" dizia ser coisa de kiumbas.
Gostaria muito que respondessem o que levou o Sr. Sete Espadas, autor espiritual de "A Proto-Síntese Cósmica", escrever que o Catimbó/Encantaria era o que havia de mais nefasto no mundo astral e hoje dividir a "cabeça" de seu filho com um "encantado".
Seria bom também que explicassem o que mudou desde o lançamento desta obra, onde Caboclo afirma ser coisas de kiumbas o sacrifício de animais, até o dia em se matou "dezenas de animais diversos" para o rito de "exu" na OICD.
E, finalmente, a entidade Zé Pilintra, que Rivas Neto chama de "pilantra" em uma de suas obras, recebeu um indulto? Deixou de ser "pilantra mesmo" e tem até o privilégio de "acostar" no Mestre Arapiaga?
Perguntas, como sempre, sem respostas.
"Se estes cursos em questão são meios corretos de formação umbandista, surgem dois problemas. Primeiro que só teriam acesso à Umbanda aqueles que pudessem pagar, afinal os cursos custam $$$. Segundo que afastaria o umbandista dos guias espirituais, pois deixaria de aprender diretamente com Eles nos processos de incorporação em troca de apostilas padronizadas aplicadas em cursos."
Hipocrisia pura.
Na OICD não é cobrada "salva" para as iniciações?
Com certeza é, visto que enquanto ainda tinha contato telefônico com Rivas Neto o mesmo disse que havia "salva" dentro da OICD para as iniciações e que não fazia trabalhos de magia nem para a própria mãe sem cobrar. (tenho as gravações destas conversas, caso precise provar em juizo isto)
Por outro lado, em um de seus pronunciamentos, Rivas Neto afirma, in verbis:
"Eu vivo pela Umbanda, para a Umbanda e... da Umbanda, por que não?".
O Mestre do sujeito afirma, em rede mundial, que "vive da Umbanda" e ele ainda tem a pachorra de criticar alguém que faça a mesma coisa. A afirmação está no "Manifesto de Magia Oracular".
Então, se nem todo mundo tem acesso aos cursos por conta do pagamento, isto deve servir em relação a seja lá o que Rivas Neto faz para viver da Umbanda, como afirmou no tal manifesto. Sim, porque se ele vive "também" da Umbanda deve cobrar por algum trabalho que faça por lá.
Percebeu, caro leitor, como o pessoal da OICD senta em seu rabo para falar do alheio?
Isto é o famoso "faz o que eu mando e não olhe o que eu faço". Qualquer palhaçada, conceito exdrúxulo ou postura absurda que vier de Rivas Neto será imediatamente ratificada pela OICD/FTU/CONSUB/CONUB e o resto das mariposas que ficam orbitando ao redor do "hierofante" da Vila Alexandrina.
Quem dera existisse uma realidade paralela, como na ficção científica, para vermos como seria a reação das pessoas hoje à frente da FTU se tal instituição tivesse sido idealizada por Rubens Saraceni ou qualquer pessoas que não Rivas Neto. Os discursos do Sr. João Carneiro, do Mestre Obashanan e de todos os outros seguidores do "Pai Rivas" seriam, com certeza, contrários à iniciativa.
Para finalizar, um outro detalhe importante nesta verborragia do Sr. João Carneiro, e nos chiliques de Mestre Obashanan, é o fato de sempre "ressuscitarem" o caso da publicação do "Livro das Energias" que contem erros científicos graves. Vivem malhando, mas nenhum deles teve a dignidade de explicar as contradições entre "discurso" e "prática" de Rivas Neto em suas próprias obras.
Pelo contrário, o Mestre Araobatan, neste vídeo, vem jogar na cara do Sr. Rodrigo Queiroz que haviam inúmeras contradições entre o que Saraceni pratica e escreveu. Se isto não for HIPOCRISIA, meus caros, não sei mais o que neste mundo pode ser taxado assim.


