quinta-feira, outubro 23, 2008

O PLÁGIO NOSSO DE CADA DIA E O MARAVILHOSO MUNDO DA UMBANDA

Existem algumas coisas, realmente, estranhas neste mundo chamado "Umbanda".

Começo a acreditar que mesmo se eu viver cem anos, não conseguirei ver todas as bizarrices, hipocrisias, contradições e coisas que os valham neste meio.

Ao mesmo tempo que sou execrado, caluniado, difamado publicamente, tenho textos meus copiados e divulgados por meus desafetos como se deles fossem.

Recentemente tive notícias de que o artigo "Carta de um Umbandista ao seu filho" foi reproduzido em outro blog, sendo que o "cara-de-pau" do blogueiro creditou à si mesmo a autoria e adaptação do texto.


Aliás, não somente este, mas também a mística "Quo Vadis Umbanda", particularmente um dos melhores textos que escrevi, vem sendo reproduzido, copiado e PIRATEADO, incluso por meus desafetos, sem os devidos créditos.

Isto me faz lembrar uma história que Mestre Yassuamy contou sobre a visita dele e Mestre Yapacani à um Terreiro de Umbanda no Rio de Janeiro, onde na abertura dos trabalhos o dirigente, com voz embargada, lia a famosa mensagem "As Sete Lágrimas de Preto-Velho", de autoria do saudoso Matta e Silva, e ao final dizia ser o autor do texto. Quando os trabalhos se encerraram, foram ter com o dirigente e o mesmo, cheio de falsa modéstia, pergunta o que eles haviam achado da mensagem, no que o velho Matta respondeu:

- Achei muito bonita, mesmo porque não poderia ser diferente já que fui eu quem a escrevi.

Obviamente, o descarado plagiador não sabia onde enfiar a sua "cara-de-pau" e pediu mil desculpas pelo "engano".

Como já disse várias vezes, não me importo que meus textos sejam publicados e divulgados por ai, em sites e publicações NÃO COMERCIAIS desde que mencionada a fonte e o autor. Entenda-se isto como, no caso de blogs e sites, fornecer o link para o texto original ("fonte") e creditar o texto com o meu nome ("autor").

Simples, não é mesmo?

Mas ao que parece, muita gente, talvez para não reconhecer a própria incompetência, receber elogios não merecidos ou simplesmente ter o seu ego inflado por algo que não criou e usurpar para si os méritos, não entende isto.

Recentemente deparei-me com a reprodução não autorizada do texto "Sincretismo religioso: faz sentido?", que escrevi e publiquei, primeramente, no extinto "Boletim Saravá Umbanda" em idos do ano de 2005, assim como no site da Fraternidade Vozes de Aruanda, sendo que em fevereiro de 2006 o republiquei neste blog.

Em maio do corrente ano adquiri a "edição extra" da "Revista Espiritual de Umbanda", qual não foi a minha surpresa ao ver o meu texto reproduzido em sua edição 14, sem minha autorização e, pior, sem a menção da fonte ou da autoria.

Entrei em contato com a revista e recebi uma reposta sêca, sem nenhuma cortesia, dizendo que havia sido um "lapso" e que haveria uma "errata" na próxima edição. Solicitei que fosse avisado quando isto ocorresse, no que fui simplesmente ignorado pelos editores, como se estivesse pedindo algum favor ao invés de querer fazer valer um direito que é meu.

Os editores da "Revista Espiritual de Umbanda", pelo jeito, acham que é algum privilégio ou favor que fazem ao publicar meu texto e, pior, modificá-lo sem a menor cerimônia, mesmo sem autorização para tanto, assim como ausentes as menções de fonte e autoria.

Como sempre faço quando meus direitos são desrespeitados, levei à questão ao Judiciário, a princípio junto ao Juizado Especial Cível, aguardando somente o acesso à algumas provas para levar a questão também para a área criminal.

Esta mentalidade dos brasileiros de que a internet é "terra de ninguém" e tudo que aqui é publicado é de "domínio público" está redondamente equivocada.

É valido lembrar que a violação dos direito do autor é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal Brasileiro, sendo que em seu § 1º há a previsão de pena de 2 - 4 anos de reclusão e multa para quem copia, mesmo que parcialmente, e publica texto alheio com fins de lucro direto ou indireto, como é o caso em questão.

Portanto, se você gostou de algum dos meus textos e deseja publicá-lo em seu site ou blog, desde que ele não tenha fins comerciais, fique à vontade. Apenas seja ÉTICO e mencione a fonte (link o texto) e autoria.

Em caso de publicações comerciais, sejam elas sites, blogs, revistas, rádio, televisão enfim, qualquer meio que exista ou que venha a ser inventado, a reprodução de qualquer texto meu está sujeito à minha autorização por escrito e o pagamento pela utilização.

Caso contrário, como já tenho feito em casos onde a minha moral é ofendida, levarei o infrator à barras da Justiça, tanto no campo cível como criminal, sem pestanejar.

PLÁGIO é crime. Simples assim.