A revista Época nº 481, de 06/08/2007, nos traz a seguinte reportagem: "O pai-de-santo que reinventou a umbanda", assim mesmo, tudo em minúsculas. Em um longo texto, a repórter Mariana Sanches fala sobre a saga do alagoano Sebastião Gomes de Souza, mais conhecido como "Carlos Buby", diretor de culto do Templo de Umbanda Caboclo Guaracy.
Para aqueles que, como eu, cresceram colecionando a "Planeta", a revista que trata (tratava) de assuntos místicos, paranormais e religiosos de forma geral, Carlos Buby e o Templo Guaracy não são novidades. Ele foi, por exemplo, o responsável pelas edições especiais daquele periódico sobre Umbanda e diferente da maioria dos "líderes" umbandistas atuais jamais foi motivo de escândalos, controvérsias ou polêmicas. Até agora...
A longa (e tendenciosa) reportagem de Mariana Sanches mostra como o Templo Guaracy, na visão dela e de alguns, virou "umbanda de rico", já que aquela Casa de Umbanda tem filiais espalhadas em várias cidades do mundo. A repórter faz questão de manter o foco em pessoas de classe média alta, possuidores de diplomas universitários, que frequentam o Templo Guaracy, assim como deixar patente, "saltando ao olhos" do leitor, a suntuosidade do Templo.
Entre dados sobre a biografia de Carlos Buby (mas seu nome não é Sebastião?!?), opinião de antropólogos e outros Sacerdotes umbandistas, dentre eles o escritor-mago-pai-de-santo Rubens Saraceni, a reportagem nos mostra como o Templo Guaracy se transformou em uma imensa multinacional, administrada de forma moderna e, porque não dizer, lucrativa. Em meio a descrição das propriedades do Templo, começamos a nos deparar com um verdadeiro relatório contábil que nos dá conta até mesmo do saldo da conta pessoal de Carlos Buby além, como é de praxe neste tipo de reportagem, os números de arrecadação e as fotografias dos endinheirados que ali frequentam.
Na verdade este pequeno "clipping" sobre a matéria é apenas para dar uma idéia da hipocrisia que assombra não somente a sociedade brasileira, mas também, infelizmente, a umbandista. Em tempos de faculdades de teologia umbandista, cerimônias de "iniciação" grandiosas em estádios, conselhos disto e daquilo e, claro, as ferrenhas e infinitas brigas nos meios virtuais, em especial o Orkut, entre os partidários desta ou daquela doutrina, começam agora a atacar um Templo de Umbanda que apesar das falhas doutrinárias, tem feito mais do que trocar farpas, calúnias e difamações em meios virtuais, como muitos que se dizem "umbandistas" fazem questão de levar adiante.
Certamente aparecerão os hipócritas que dirão que ele, Carlos Buby, não deveria viver da religião como, ao que parece, vive. Outros dirão que o luxo e conforto que se encontra em seus Templos não é "coisa de Umbanda". Para a maioria, Templo de Umbanda tem de ser pequeno, escuro, cheirando a "abô", vela e incenso barato, onde "exus" e "pomba-gíras" descem aos berros, tomando litros de cachaça e fumando cachimbos com fumo "sabiá" ou, como já tivemos notícias, até mesmo ervas ilícitas.
Desde que o "mundo é mundo", o Sacerdote vive de sua atividade. Falar de "caridade", "dê de graça o que de graça recebestes" é muito simples, fácil mesmo, para aqueles que não têm a responsabilidade de manter um Templo onde, via de regra, como muito bem colocou Milton Aguirre, os médiuns não têm a coragem de pagar uma mensalidade de R$ 10,00 para ajudar na manutenção do mesmo. Mais fácil ainda são os hipócritas de plantão, aproveitarem do covarde anonimato e de comunidades virtuais para caluniar e difamar outros umbandistas, enquanto ficam cantando "umbanda é paz e amor, um mundo cheio de luz" em suas sessões, mas fora delas esquecem do significado das palavras "amor", "paz", "luz", "perdão", já que "aqui fora" fazem questão de fomentar intriga, guerras, fofocas, enfim, a cisánia.
No que pese Carlos Buby, incompreensívelmente, não trabalhar há anos como médium ativo, assim como, ao que deixa entender na matéria, ter abolido as sessões com Exus e Pomba-gíras, ele tem feito muito mais pela Umbanda do que esta corja de hipócritas que está por ai. Pelo menos não vemos seus partidários e filhos-de-santo nas comunidades virtuais incentivando o caos, a desordem, a luta, a secessão do meio. Não vemos nenhum "teólogo"ou "teórico" do Templo Guaracy em poses de "bolo fofo balofo", como diria Matta e Silva, criando infindáveis confusões no meio virtual.
Na verdade, não vejo mal algum no que Carlos Buby tem feito assim como não vejo que ele criou um "nova umbanda", exceto que na visão de muitos antropólogos, sociólogos, até mesmo lideranças umbandistas, Umbanda tenha de ser coisa de periferia, de uma sociedade marginal, que deva ficar escondida em quartinhos fétidos, escuros e cheios de carcaças de animais sacrificados.
Que Templos como os de Carlos Buby se multipliquem por este mundo afora, onde o conforto e o respeito a médiuns e assistência sejam regra e não exceção. Melhor do que certas "Ordens" por aqui, onde as pessoas que para ali fluem em busca de uma palavra de conforto são tratadas como "zé povinho", em bancos desconfortáveis, banheiros imundos e uma equipe que acha que está fazendo o maior favor do mundo ao receber "aquela gentalha" em seu nababesco Templo.
Para aqueles que, como eu, cresceram colecionando a "Planeta", a revista que trata (tratava) de assuntos místicos, paranormais e religiosos de forma geral, Carlos Buby e o Templo Guaracy não são novidades. Ele foi, por exemplo, o responsável pelas edições especiais daquele periódico sobre Umbanda e diferente da maioria dos "líderes" umbandistas atuais jamais foi motivo de escândalos, controvérsias ou polêmicas. Até agora...
A longa (e tendenciosa) reportagem de Mariana Sanches mostra como o Templo Guaracy, na visão dela e de alguns, virou "umbanda de rico", já que aquela Casa de Umbanda tem filiais espalhadas em várias cidades do mundo. A repórter faz questão de manter o foco em pessoas de classe média alta, possuidores de diplomas universitários, que frequentam o Templo Guaracy, assim como deixar patente, "saltando ao olhos" do leitor, a suntuosidade do Templo.
Entre dados sobre a biografia de Carlos Buby (mas seu nome não é Sebastião?!?), opinião de antropólogos e outros Sacerdotes umbandistas, dentre eles o escritor-mago-pai-de-santo Rubens Saraceni, a reportagem nos mostra como o Templo Guaracy se transformou em uma imensa multinacional, administrada de forma moderna e, porque não dizer, lucrativa. Em meio a descrição das propriedades do Templo, começamos a nos deparar com um verdadeiro relatório contábil que nos dá conta até mesmo do saldo da conta pessoal de Carlos Buby além, como é de praxe neste tipo de reportagem, os números de arrecadação e as fotografias dos endinheirados que ali frequentam.
Na verdade este pequeno "clipping" sobre a matéria é apenas para dar uma idéia da hipocrisia que assombra não somente a sociedade brasileira, mas também, infelizmente, a umbandista. Em tempos de faculdades de teologia umbandista, cerimônias de "iniciação" grandiosas em estádios, conselhos disto e daquilo e, claro, as ferrenhas e infinitas brigas nos meios virtuais, em especial o Orkut, entre os partidários desta ou daquela doutrina, começam agora a atacar um Templo de Umbanda que apesar das falhas doutrinárias, tem feito mais do que trocar farpas, calúnias e difamações em meios virtuais, como muitos que se dizem "umbandistas" fazem questão de levar adiante.
Certamente aparecerão os hipócritas que dirão que ele, Carlos Buby, não deveria viver da religião como, ao que parece, vive. Outros dirão que o luxo e conforto que se encontra em seus Templos não é "coisa de Umbanda". Para a maioria, Templo de Umbanda tem de ser pequeno, escuro, cheirando a "abô", vela e incenso barato, onde "exus" e "pomba-gíras" descem aos berros, tomando litros de cachaça e fumando cachimbos com fumo "sabiá" ou, como já tivemos notícias, até mesmo ervas ilícitas.
Desde que o "mundo é mundo", o Sacerdote vive de sua atividade. Falar de "caridade", "dê de graça o que de graça recebestes" é muito simples, fácil mesmo, para aqueles que não têm a responsabilidade de manter um Templo onde, via de regra, como muito bem colocou Milton Aguirre, os médiuns não têm a coragem de pagar uma mensalidade de R$ 10,00 para ajudar na manutenção do mesmo. Mais fácil ainda são os hipócritas de plantão, aproveitarem do covarde anonimato e de comunidades virtuais para caluniar e difamar outros umbandistas, enquanto ficam cantando "umbanda é paz e amor, um mundo cheio de luz" em suas sessões, mas fora delas esquecem do significado das palavras "amor", "paz", "luz", "perdão", já que "aqui fora" fazem questão de fomentar intriga, guerras, fofocas, enfim, a cisánia.
No que pese Carlos Buby, incompreensívelmente, não trabalhar há anos como médium ativo, assim como, ao que deixa entender na matéria, ter abolido as sessões com Exus e Pomba-gíras, ele tem feito muito mais pela Umbanda do que esta corja de hipócritas que está por ai. Pelo menos não vemos seus partidários e filhos-de-santo nas comunidades virtuais incentivando o caos, a desordem, a luta, a secessão do meio. Não vemos nenhum "teólogo"ou "teórico" do Templo Guaracy em poses de "bolo fofo balofo", como diria Matta e Silva, criando infindáveis confusões no meio virtual.
Na verdade, não vejo mal algum no que Carlos Buby tem feito assim como não vejo que ele criou um "nova umbanda", exceto que na visão de muitos antropólogos, sociólogos, até mesmo lideranças umbandistas, Umbanda tenha de ser coisa de periferia, de uma sociedade marginal, que deva ficar escondida em quartinhos fétidos, escuros e cheios de carcaças de animais sacrificados.
Que Templos como os de Carlos Buby se multipliquem por este mundo afora, onde o conforto e o respeito a médiuns e assistência sejam regra e não exceção. Melhor do que certas "Ordens" por aqui, onde as pessoas que para ali fluem em busca de uma palavra de conforto são tratadas como "zé povinho", em bancos desconfortáveis, banheiros imundos e uma equipe que acha que está fazendo o maior favor do mundo ao receber "aquela gentalha" em seu nababesco Templo.