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quinta-feira, abril 23, 2009

PORTABILIDADE

A palavra da moda em nosso país é PORTABILIDADE.

Temos portabilidade para a telefonia, planos de saúde e, pelo visto, chegou também à Umbanda.

Isto me ocoreu ao ler o calendário de atividades da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino (OICD), enviada para as listas pelo nosso "amigo" João Luiz Carneiro.

Aliás, quero agradecer o interesse do mesmo em ser um "seguidor" em meu Twitter, mas já declinei da honraria visto que posso ser tudo nesta vida, menos hipócrita. Não tenho a MENOR simpatia por ele, assim como não tenho NINGUÉM da OICD como amigo ou mesmo como "Irmão-de-fé". Sei que isto não faz a menor diferença para eles, assim como para mim, mas gostaria de deixar registrado.

Mas, voltando ao assunto, a "portabilidade umbandista" funciona da seguinte forma: no mesmo espaço em que "tocam" as gíras seguindo os fundamentos da Umbanda Esotérica, no dia seguinte se faz a mesma coisa com Omolokô, Catimbó, "Tríplice Caminho", e vai por ai afora.

Não importa que sejam energias completamente diferentes entre si, mas já que tudo (para eles) é Umbanda, então podemos apenas trocar de roupa, guias e patuás, e "deixar a gíra girar".

É como acontece com a telefonia, mal comparando: eu permaneço com o "número" (Umbanda), mas troco de "operadora" (Rito). Como não existe mais aquela exigência de fidelidade por um determinado tempo, podemos trocar de "operadora" quantas vezes quisermos, sem o risco de pagarmos um "multa" ou sofrermos qualquer outra penalidade.

Isto é uma "revolução", com certeza.

Fico imaginando como é a logística física e espiritual para este tipo de coisa. Será que é uma tronqueira para cada rito ou, semelhante aos "smartphones" que podem ser programados para perfil "personal" ou "bussiness", temos uma "tronqueira inteligente" que detecta as mudanças na configuração do Terreiro?

De uma coisa, porém, eu tenho certeza: os médiuns são "quadriband", já que conseguem adaptar suas vibrações mediunicas à todos os ritos existentes, assim como os modernos celulares fazem com os diversos padrões de frequências encontradas nas redes de telefonia.

Ah!, estas modernidades...

terça-feira, julho 08, 2008

UMBANTIMBÓ: MAIS BOBAGENS DO REINO DE CANINDÉ

O texto abaixo foi recebido através da lista "Apometria Umbanda", em resposta a um questionamento sobre o uso do título "Mestre" dentro da Umbanda preconizada por W.W. da Matta e Silva (Mestre Yapacani).

Como fui moderado e excluido de tal lista pelo seu proprietário (todo censor tem MEDO do que o censurado tem a dizer...), que assina a asneira abaixo, uso deste espaço para rebater as sandices ali escritas.

Transcrevo ipsis literis:

Aranauam, Saravá Miriam e lista,

Essa questão foi discutida por Pai Rivas e um irmão de santé seu mais velho no final da década de 70, quando Mestre Yapacany ainda estava encarnado e em plena atividade na Tenda de Umbanda Oriental (TUO).

Mestre Yapacany trabalhava espiritualmente com o Caboclo Juremá que possui correspondência com o Mestre Juremal da Encantaria.

O sacerdote principal do culto da Jurema é chamado de Mestre, assim como o sacerdote da escola esotérica de Umbanda é chamado de Mestre. Os Iniciados encarnados também são chamados de mestres tal qual na mesa do Catimbó. Observe que essa denominação foi introduzida na Umbanda pelo Pai Matta.

Os Espíritos atuantes no Catimbó eram considerados Mestres dos Reinos Sagrados. Na ritualística da TUO Eles eram chamados de Mestres Astralizados.

Outro ponto importante trazido por Pai Rivas é que Mestre Yapacany nasceu em Garanhuns-PE e foi muito influenciado pelo Xangô do Nordeste, um reduto da Tradição da Jurema. Aliás, é sabido que ele passou por ritos de iniciação da Encantaria.

Pai Rivas lembra que muitos umbandistas "esotéricos" ficarão arrepiados, mas contra fatos existem argumentos? Pior do que discordar desses conceitos é tentar imitá-los esquecendo da essência. Assim somos levados a crer que a palavra "sagrada" dentro da doutrina umbandista segue a mesma linha de raciocínio. Mestre Yapacany utilizou esse termo pelo menos desde 1956.

O mais importante nessa discussão é demonstrar que esse passado retratado em fotos, livros, vídeos e, principalmente, ritos explica a própria existência do Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras e permite compreender porque Pai Rivas consegue dirigir com conhecimento de causa todas essas formas ritualísticas de conexão com o Sagrado. Tudo, além de ser teorizado, é verdadeiramente vivenciado conforme comentamos no último email sobre a relação desde seus 19 anos de idade com Mestre Canindé.

Espero ter ajudado.

Saravá Fraternal,
João Luiz de A. Carneiro
Filho espiritual de Pai Rivas (Mestre Arhapiagha)

É tanta bobagem, que não sei por onde começar.

Percebam que Rivas Neto, para justificar o injustificável, agora passa a fazer uma ligação entre Matta e Silva e o Catimbó. Assim como os conceitos que pregam mudam de acordo com a sua conveniência, a filosofia e o modo de ser de Mestre Yapacani também.

O Caboclo Juremá, não tem correspondência coisa nenhuma com o tal "Mestre Juremal" do Catimbó. Aliás, percebam que eles preferem usar o "apelido" (Encantaria) ao invés do nome de tal culto.

Pai da Matta tinha verdadeiro HORROR ao Catimbó, ao Candomblé e demais manifestações religiosas que ele denominava de "cultos fetichistas" e "deturpados". Com certeza, ele não se daria ao "desfrute" (usando uma expressão bem nordestina...) de inserir na Doutrina que pregou nenhum elemento destes sistemas filo-religiosos.

Vejamos o que Pai da Matta diz sobre o assunto em algumas de suas obras:

"(...) Nessas conversas, tentarei deixar bem definida, pelo menos, uma questão que foi e é o marco que separa a Umbanda propriamente dita das consideradas como suas ramificações históricas, religiosas e místicas.

Ora, meu filho, você bem sabe que uma as principais confusões se prende ao fato de os “filhos-da-terra” quererem ligá-la, indefinidamente, aos cultos africanos, trazidos pelos primitivos escravos aportados ao Brasil. É necessário que entenda bem essa questão. Há que situá-la em suas linhas simples, porque 14 esse movimento de Umbanda surgiu, exatamente, para sanar, corrigir as danosas conseqüências, provenientes da mistura desses cultos, com certas práticas religiosas, ou melhor, mágicas, dos índios, ditas como “adjunto de Jurema”, que foram, posteriormente, denominadas pelos brancos como “pajelança”, porque, essas práticas (que eles não entenderam) envolviam ervas, rezas, exorcismos ou invocações, com oferendas, cânticos, etc.

Tendo muito de semelhante, na prática vistosa da apresentação exterior, ou seja, no ritual, houve a natural atração entre os citados cultos, principalmente do dito Banto, com esse “adjunto de Jurema”, cerimonial dos índios. Dessa fusão surgiu depois o que veio ser conhecido como “candomblé de caboclo”, ou seja ainda, o que se diz como “catimbó”, espécie de degeneração desses dois citados sistemas de cultos, rituais ou cerimônias – o africano e o indígena."
(in, "Lições de Umbanda (e quimbanda) nas Palavras de um Preto-Velho", pág. 13/14, 7ª edição, 2006, Editora Ícone.)

(...) Assim, viu-se surgir mais uma “retaguarda negra”, nefanda e que ficou denominada de “CATIMBÓ”.

Por quê “catimbó”? Porque nas primitivas práticas do “Candomblé de Caboclo”, dado a influência ameríndia, se usavam muito os timbós ou catimbós, cujos termos significam defumação, a par com o uso exagerado de muita fumaça de cachimbo...

Então, a essa degeneração negra, por uma questão de associação de idéias, de correlação, passaram a chamar de “Catimbó”...

Nesse “Catimbó”, que ainda hoje em dia existe (infelizmente) e em muitos Estados e que, por aqui, pela Guanabara, já incrementaram como uma espécie de apêndice de muitos “terreiros”, o qual fazem funcionar depois da meia-noite. Isso é que há de mais escuro, trevoso e prejudicial.

Nele, o que manda é o dinheiro e o mal. Os despachos, “as arriadas” para os tais mestres de linhas com seus encantados é coisa corriqueira e tudo é feito na base do pagamento...

Os seus praticantes – os chamados de “catimbozeiros” são de baixíssima moral espiritual etc. Esses infelizes estão irremediavelmente presos nas garras do astral inferior – no que há de mais inferior mesmo, do baixo astral...

Já é tão grande a infiltração desses elementos humanos e astrais no meio umbandista, que os interessados já lançaram à venda “estátuas” dos tais de “Zé Pilintra”, “Caboclo Boiadeiro”, enfim, dos tais “mestres do Catimbó”, para se confundirem com as verdadeiras entidades da Lei de Umbanda, pela massa cega, confiante, ingênua...

Já verificamos em certos “terreiros” a existência delas, de mistura com “santos e santas, caboclos e pretos-velhos, sereias-do-mar” etc. Santo Deus! Quanta ignorância! Mas não podemos desanimar...
(in, "Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda", pág. 27/28, Editora Ícone)

Irmãos – pelo que vocês dizem (nas cartas) deduzo claramente que caíram nas redes infernais do “catimbó”, com suas “linhas de mestres e mestras”. Isso, sim!... Mas, por que aconteceu isso? Ora, algumas coisas erradas, vocês andaram fazendo ou fizeram em vocês; em algum ambiente sujo vocês se meteram...

(...)

Assim é que, de anos para cá, em quase todos os terreiros (sim, porque isso de “Maria Padilha, Zé Pilintra, caboclo-boiadeiro” e outros, é importação recente, de uma corja de pretensos “pais-de-santo” que vieram lá das bandas do Norte explorar a praça daqui, da atual Guanabara, visto terem encontrado nesse nosso bom povinho a mais santa das ingenuidades...) ditos de Umbanda, certas “médiuns” deram para “receber”, ou melhor, para “trabalhar” com “exu Maria-Padilha”...
(in "Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda", pág. 132/133, 4ª Edição, 2006, Editora Ícone)

Não sei quanto ao leitor, mas estas palavras não me parecem vindas de alguém que tinha qualquer tipo de ligação com "Encantaria", apelido "politicamente correto" para o Catimbó.

É uma leviandade, para não dizer, MÁ-FÉ DA GROSSA, afirmar que Matta e Silva passou por qualquer tipo de iniciação nos ritos da Jurema, Encantaria ou Catimbó. Falar que por ele ser nordestino e ter nascido em um "reduto" de tais Cultos e, por isto, foi obrigatoriamente iniciado por lá, é uma falácia, um sofisma, algo como dizer que todo mundo que nasce, por exemplo, em Juazeiro do Norte, é devoto de Padre Cícero.

Salvo engano, na obra "Umbanda e o Poder da Mediunidade", Mestre Yapani relata um ritual de "juremação" (iniciação na encantaria/catimbó/jurema) ao qual foi autorizado assistir com o compromisso de não revelar detalhes reservados da cerimônia. Então, vem a pergunta: se realmente fosse verdade esta ILAÇÃO da OICD em relação ao saudoso Mestre, qual seria a necessidade do mesmo participar de um ritual de iniciação pelo qual já havia passado, afim de relatá-lo?

O título de "Mestre" foi introduzido por Mestre Yapacani dentro da assim chamada "Umbanda Esotérica", como uma forma de diferenciar esta das outras, tão cheias de terminologias africanistas como "babalorixá", "yalorixá", etc. Tanto que as mulheres iniciadas nos graus superiores tinham (têm) o título de "Senhora de Templo" e não "Mestra", que seria o correto caso esta bazófia da OICD fosse verdade em relação às influências do Catimbó na vida e obra de Matta e Silva.

Quanto aos chamados "Mestres Astralizados", também nada em comum (graças à Oxalá) com os chamados "Mestres de Linha" do Catimbó. Pai da Matta designava desta forma os Espíritos Superiores, Mestres Astrais seus e de cada médium, em sua forma, digamos assim, "real" de apresentação, longe das roupagens fluídicas de Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos. Tanto isto é verdade, que Pai Guiné d' Angola era conhecido como Mestre Yoshanan.

Há de se dizer também que Matta e Silva era Maçom e Rosacruz (para quem souber "ler", vide as dedicatórias em "Umbanda - Sua Eterna Doutrina" e constatará estes fatos...), assim como teve seu pensamento influenciado pela Teosofia, onde os seres espirituais que conduzem aquelas egrégoras, assim como seus Altos Iniciados, também são denominados "Mestres".

Os mais desavisados ao lerem esta asneira sem tamanho que o João Luiz escreveu e, ao que parece, já que usa o nome do seu "pai" espiritual, Arapiaga, é doutrina oficial da OICD, a Umbanda preconizada por Mestre Yapacani é uma versão "vip" do Catimbó.

Não é.

Até o momento que não era conveniente à Rivas Neto defender suas origens na Nação e em "outras coisas", jamais, em nenhuma de sua obras, ele mencionou esta mentirosa iniciação de Matta e Silva no Catimbó. Nenhum outro Mestre da TUO - Itacuruça, mencionou tal barbaridade.

Além de um tremendo desrespeito à memória de W.W. da Matta e Silva e à obra de sua vida, estas afirmações MENTIROSAS servem para nos mostrar como a história é modificada ao bel prazer (e pela conveniência) de quem a conta.

Esta explicação da OICD para a degeneração ritualística e doutrinária que acontece por lá, deveria ter sido encerrada com um jargão televisivo famoso: "ACREDITE, SE QUISER", ou "olhe para aquela câmera: você acabou de participar das PEGADINHAS DO FAUSTÃO".

Realmente, contra fatos não existem argumentos.

DO REINO DO CANINDÉ: UMBANTIMBÓ

Existem algumas coisas impressionantes no atual Movimento Umbandista, mas nada que se compare as posturas convenientes de uns e outros por ai. É tanta mistificação para que fiquem bem diante da comunidade, que a situação já passou, no meu entender, faz tempo, dos limites do aceitável.

Recebi ontem um e-mail falando de um ritual denominado "Oro Ashe Eshu", que foi levado à cabo no Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-brasileiras, entidade esta, para variar, ligada à OICD. A mensagem trazia um link que nos permite visualizar as
fotos de tal evento. Como sou uma pessoa ávida por informações, entrei no endereço fornecido.

Sinceramente, não sei traduzir em palavras o sentimento que me tomou no momento que abri as fotos. Foi uma mistura de riso seguido de uma profunda convicção de que Rivas Neto e os seus criaram um nova religião, que nada tem de semelhante à Umbanda que o mesmo aprendeu com o saudoso Mestre Yapacani (Matta e Silva). Indo mais além, nada tem de Umbanda, seja de qual ramo doutrinário for.

O ritual que vemos nestas fotos pode levar os mais desavisados a acreditar que se trata de Candomblé e jamais de Umbanda. O simbolismo, a terminologia empregada, tudo oriundo dos Cultos de Nação.

Mas, até ai... vá lá... temos algumas pessoas que acreditam que a Umbanda é uma espécie de "filha caçula" dos Cultos de Nação, é por isto empregam elementos destes naquela. Criou-se até um termo para designar isto: Umbandomblé. O que, há muito tempo, em minha opinião, é o que se pratica dentro da OICD.

O melhor (ou pior, não sei ao certo...) vem sempre no final, não é mesmo?

Nas últimas fotos, somos informados de que os participantes, após o tal ritual com "Eshu", adentram o "Santuário da Jurema (Encantaria)" e ali, "acostado" (termo usado no nordeste para designar a incorporação dos Mestres de Linha do Catimbó...) em Rivas Neto, teriamos o "Mestre Canindé", que conversava com os mesmos.

Ou seja, de Candomblé (com direito ao uso do adjá e tudo mais...), a coisa "virou" para o Caá-timbó.

Impressionante !!!

Para ser fiel à verdade, devo confessar que, pelo incrível que possa parecer, fui um fã de Rivas Neto e suas obras. A primeira vez que pisei na OICD, isto pelos idos de 1995 / 96, senti uma emoção que levou-me às lágrimas. A vibração daquele lugar era fantástica, uma sensação de paz, harmonia, uma experiência, até aquele momento, que havia sido única para mim.

À época, era médium da Tenda de Umbanda Oriental - II, dirigida por Mestre Kariumá e recordo-me de uma certa inveja por parte dele e de meus "irmãos" de Terreiro por eu estar indo à São Paulo e visitando a OICD. Fui instruído, pelo então meu Mestre, para identificar-me como INICIADO da Raiz e levar um fraterno abraço de nosso Grupo ao Mestre Arapiaga. Fui muito bem recebido na OICD e, pasmem, Arapiaga até trocou dez minutos de "prosa" comigo.

Infelizmente, tudo isto mudou.

Da última vez que estive na OICD, acredito que por volta de 2001, as mudanças já haviam começado e se percebia a "metamorfose". Não havia mais aquela vibração, aquele ambiente, que anos antes me fez chegar às lágrimas.

Como eu sempre digo, assim como um dia Mestre Yapacani e o próprio Arapiaga disseram, Umbanda não é Candomblé, não é Catimbó, não é Toré... Umbanda é UMBANDA.

A inserção de elementos de outros sistemas filo-religiosos à mesma, este "ecumenismo" ritualístico que Rivas Neto e os seus propõem é um ABSURDO em termos esotéricos, energéticos e, principalmente, espirituais. Longe de dar uma identidade à Umbanda, pelo contrário, atrela noss religião à uma verdadeira "colcha de retalhos", fazendo que percamos ainda mais a identidade, isto sem falar na TREMENDA contradição entre o que Rivas Neto escreveu e pratica.

Senão, vejamos.

Em sua obra "Umbanda - A Proto-Síntese Cósmica", pág. 262/263, 3º edição, 2002, Rivas Neto fala o seguinte sobre o Catimbó:

"(...) Vejamos agora algumas formas degeneradas de cultos. Se há o aspecto essencialmente positivo, há também os aspectos negativos que vêm influenciando milhares de pessoas. Assim, existem o Catimbó, o Toré, o Xambá e a dita Macumba. São eles apêndices negativos que sobraram da vivência atávica fetichista da mais baixa estirpe, atuando neles, é claro, consciências deveras endividadas, quando não completamente inexperientes, isto é, com pouquíssimas noções do certo ou do errado, do bem e do mal." (negritos nossos)

Exceto que o que está escrito, seja mais uma das "verdades relativas" do Astral (lembro que esta obra, supostamente, foi escrita por uma Entidade do Astral Superior, o Caboclo Sete Espadas), devemos entender que na OICD, quando se abre uma "mesa juremeira", está ali se praticando uma "forma degenerada de culto", onde "consciências endividadas", "completamente inexperientes", estão atuando? Ou, como tudo que vem da OICD, mesmo que dentro de aberrantes contradições, o "nosso Catimbó é melhor do que o Catimbó" dos outros?

Segue Rivas Neto - Sete Espadas, falando sobre tal Culto:

(...) Dentre esses cultos, um dos mais atrasados vibratoriamente falando e pesadíssimo em seus rituais é o dito Catimbó. O Catimbó é originado de uma mistura de cultos degenerados. As degenerações da pajelança, associadas aos rituais Congo-Angola, aliadas às práticas de bruxaria e feitiçaria de todos os tempos, compõem o dito Catimbó. Sofreu também fortes influências do catolicismo e kardecismo. Embora suas finalidades sejam a cura dos males físicos e os de ordem astral, há também os trabalhos para o bem e para o mal, todos debaixo de uma grosseira e violenta corrente vibratória. Seus sacerdotes, quase sempre homens, são chamados de Mestres e as Entidades evocadas são os Mestres de Linhas. Sinceramente, com todo respeito, são o que há de mais trevoso no submundo astral.

(...)

As Entidades que baixam aproveitam a ignorância e a inexperiência dos crentes para torná-los verdadeiros escravos de suas torpezas." (negritos nossos)

Ou seja, de repente o Catimbó não é nada disto mais? Foi saneado, talvez pelas "portentosas" (como ele gosta desta palavra...) Entidades que atuam na mediunidade de Rivas Neto e na OICD? O tal "Mestre Canindé", que "acosta" em Rivas Neto hoje, diferente dos demais Mestres de Linha, não é mais o "que há de mais trevoso no submundo astral"?

Com certeza, se perguntarmos à Rivas Neto e/ou aos seus discípulos o motivo de tão abjeta contradição entre "teoria" e "prática", receberemos a mesma resposta que temos para o uso de atabaques, outrora proibidos, agora liberados: tem de saber tocar (fazer).

Enfim, um resposta que leva aos incautos, aos 'boizinhos de presépio", que usam suas cabeças simplesmente para manter o cabelo no lugar ou usar chapéu, a acreditar que realmente Rivas Neto e a OICD, são um pedacinho de Aruanda na Terra e que eles têm o poder de mudar não somente a Umbanda, mas qualquer outra religião, ao seu bel prazer, já que recebem "revelações" do "Astral" e que devem ser seguidas por mais contraditórias que sejam.

Depois destas e outras, Roger Soares (Araobatan) ainda tem a pachorra de questionar o Rogério Queiroz sobre contradições entre o que Rubens Saraceni escreve e efetivamente defende.

Ser condizente com aquilo que prega é o que difere os Mestres de verdade daqueles que pretendem sê-lo.