sábado, março 28, 2009

REVISTA ESPIRITUAL DE UMBANDA: FIM DA PUBLICAÇÃO?

Este "mundo umbandista" é muito complicado.

Depois da publicação da sentença condenatória em desfavor da Editora Escala e a "Revista Espiritual de Umbanda", editada por Marques Rebelo e Virginia Rodrigues, recebi alguns emails de apoio e muitos mais de repúdio à minha atitude.

Em uma destas mensagens, fui surpreendido com a informação de que por conta da ação judicial que movo, a Editora Escala teria cancelado a revista. Incrédulo, procurei no site da editora e, realmente, nas pesquisas a "Revista Espiritual de Umbanda" não mais aparece como publicação da mesma.

Os emails de contato (revistaumbanda@terra.com.br / editorial.geral@terra.com.br) também não existem mais, sendo que todas as mensagens enviadas aos mesmos retornam como "User unknown ".

O fato, é que seja lá o motivo que a Editora Escala teve para cancelar a publicação (se é que realmente cancelou) não me sinto minimamente responsável ou com a consciência pesada sobre o acontecido. Minhas atitudes em relação ao caso foram dentro do que a Lei permite, sendo que até o presente momento não acionei penalmente os responsáveis como prevê o artigo 184, § 1º do Código Penal.

Antes de tomar as atitudes legais cabíveis, entreie em contato com os editores da revista solicitando explicações e a errata em relação ao texto. Alertei não somente sobre a falta de menção do autor e fonte, como também da modificação do texto original, lembrando que ambas as atitudes configuravam não somente ilícito civíl, mas também penal.

O tratamento que recebi foi de desprezo, pouco caso. As respostas que recebi da jornalista Virginia Rodrigues foram sêcas, curtas e grossas, em letras maiúsculas e sem nenhum tipo de saudação. Após a propositura da ação e a citação da Editora Escala, os editores propuseram uma reportagem de seis páginas sobre o meu trabalho, mesmo confessando que não sabiam quem eu era e que nunca haviam lido meu blog (sic).

Obviamente, rejeitei tal oportunismo e fiz uma proposta financeira bem razoável para colocarmos fim à demanda, que foi negada. Passei então a ser o "vilão" da história, como se tivesse sido eu a burlar a Lei e não eles.

Há anos sou vítima de ataques, ameaças, calúnias, difamações e injúrias no meio eletrônico. Mais de uma vez recorri ao Judiciário para fazer valer meus direitos, mas os "vigilantes da umbanda" perdem completamente a coragem e a pose ao receberem uma intimação ou citação.

De toda forma, a Revista Espiritual de Umbanda estava mais para um resumo de sites e blogs, do que para uma revista na acepção da palavra. Para constatar isto, basta folhear qualquer exemplar e verificar que 80% das matérias apresentadas são meras "copy and paste" de artigos encontrados na grande rede.

Diferente de alguns "mestres" metidos à poliglotas, entendidos em linguística (sem o ser) e seus "irmãos", eu não pretendo ganhar dinheiro com a Umbanda, nem mesmo com o meu blog.

Não vivo de "cursos de curimba", "workshops" e coisa que o valha. Quando tenho de me deslocar para alguma cidade, pago os custos da viagem, não exigindo "salvas", hotéis de luxo, passagens de avião e almoços/jantares em churrascarias de luxo como uns e outros por ai, que vivem a arrotar sua "falta de interesse pecuniário" na Umbanda.

Mas isto não quer dizer que vou simplesmente quedar-me estático enquanto outras pessoas, de forma ilegal, usam da minha propriedade intelectual para ter algum lucro. E não importa se foi um artigo ou o blog inteiro, se o material é bom ou ruim: o trabalho é meu e tenho direitos legais sobre ele.

Lamentar o fim da publicação (se é que realmente ocorreu) seria hipocrisia da minha parte já que a mesma perdeu qualidade no decorrer dos números e, sinceramente, deixava muito a desejar. Não era a minha intenção (nunca passou pela minha cabeça que isto pudesse acontecer) "detonar" a revista, mas se isto ocorreu as explicações devem ser pedidas à Editora Escala e aos editores da mesma, não à mim.

Quanto a ação, não pretendo recorrer da sentença (no que pese haver possibilidade e argumentação técnica para isto) assim como levar adiante qualquer outra providência na seara penal. Quero terminar com esta demanda, receber o que a Justiça determinou e ponto final. No entanto, caso haja recurso protelatório por parte da Editora, aviarei também um recurso e deixarei as demais providências seguirem seu curso normal.

Estou agindo dentro da Lei e simplesmente fazendo valer meus direitos. Quem agiu de forma ilegal, com certeza, não fui eu.