quarta-feira, outubro 08, 2008

TEM GENTE DE "KAÔ"

Acredito que todo mundo conhece a expressão do título deste artigo.

Se não todos, pelo menos o "Povo do Santo" sabe muito bem que quando alguém está de "kaô" é porque está mentindo, enganando ou dissimulando.

Como sempre, o pessoal da OICD, em especial o meu "amigo de fé, meu irmão camarada" William do Carmo Oliveira, conhecido como "Mestre Obashanan", "William de Airá" e, principalmente, de Yan KAÔ, postou um e-mail, como sempre na lista "Apometria e Umbanda", já que fui expulso da mesma pelo "democrático Irmão planetário" João Luiz que, como seus irmãos iniciados da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino - OICD, com é de praxe, permitem a divulgação de calúnias, injúrias e difamações contra qualquer pessoa contrária aos interesses da sua trupe.

Aliás, a censura, a ditadura, imposta nas listas de discussões controladas por qualquer indíviduo ligado à Rivas Neto, é a regra. Qualquer pessoa que ouse discordar de qualquer das iniciativas da FTU, CONSUB, CONUB, OICD, é considerado persona non grata e quando não é sumariamente excluído é moderado. Enquanto isto, os discípulos de Arapiaga, confortavelmente, sem a mínima preocupação em ter suas mensagens contestadas ou replicadas por quem quer que seja, destilam seus venenos à vontade.

Em verdade, nada mais fazem do que legitimar minha posição de que PAZ MUNDIAL, CONVIVÊNCIA PACÍFICA, CONVERGÊNCIA, nada mais são do que palavras dentro dos discursos hipócritas vindos da OICD, já que nada disto é praticado.

Não vou transcrever todo o e-mail, visto que outras pessoas, vítimas da sanha difamatória daquele que se auto-denomina "Kaô", são citadas. Portanto, atenho-me somente aos trechos relacionados à minha pessoa, no e-mail que tem por assunto "Mestres Forjados":

(...)

Neste caminho surgiram muitos que se tornaram famosos, outros nem tanto, são os Ubajaras, Rodrigos, LGs, Thashamaras, e muitos outros, e mais recentemente os Adilsons e Arashakamas. Não importa o nome, são todos da mesma vala, escrevem e perpetuam bobagens, ódio, separatismo, falam o que querem, pois não têm nada a perder, só a ganhar em termos de "ibope", dando entrevistas sem sentido e sem nexo e criando sua "escola" do desrespeito, já que enxergam a Umbanda e os cultos afro-brasileiros sem o mínimo de zêlo que deveriam ter pelas tradições mais antigas.

Não existem "Ubajaras".

Como no filme "Highlander", só pode haver UM.

Parafraseando o Rei Nabucodonosor: "MESTRE UBAJARA SOU EU !!!"

Seria muito engraçado, se não fosse absolutamente trágico e beirando ao ridículo, meu amigo Yan Kaô afirmar que não tenho respeito ou zêlo pela Umbanda e os demais "cultos afro-brasileiros" (percebam que ele escreve isto em minúsculas...) vindo de uma pessoa que segue, há anos, um Mestre que chamou Terreiros de Candomblé de "antros do baixo astral", de "culto fetichista" e, até mesmo, Entidades de "pilantras" em suas obras.

E sou eu que não tenho zêlo e respeito? =/

Aquele que segue o difamador é condescendente com seu ato e, com certeza, não sou eu que sigo quem escreveu estas coisas em seus livros, como é o caso de Yan KAÔ.

Nomes de iniciação são nomes dados por verdadeiros iniciados. Surgem quando o discípulo está pronto para uma nova vida e seu nome surge por um levantamento sério através da compreensão dos alfabetos sagrados, da lei de pemba e da cabala ancestral. Possui uma ligação muito intensa com a verdade de seu mentor espiritual. Ou seja, Arashakamá significa "Orixá do prazer" ou em sentido hierático, o orixá da cama Arasha=orixá; Kama = prazer, raiz indoeuropéia que deu no sânscrito Kama, no latim Cama e nas raízes etruscas do verbo amar. O que isso quer dizer? No mínimo que seu "mestre" não sabia o que estava fazendo, ou há mistérios não revelados por trás desse nome. (É mais ou menos como Ubajara, que significa "cobra cega". Bem, nesse caso, o nome está corretíssimo.) Basta ver os nomes de seus outros irmãos, nomes sem tradução nenhuma, sem nenhuma história por trás deles.

Neste trecho da sua mensagem, Yan KAÔ deixa claro o motivo por ter escolhido tal alcunha.

Citando o velho Aleister Crowley: "ou alguém está enganando ou está enganado".

Na questão em análise, William de Airá, o poderoso iniciado da OICD, professor de música da Faculdade de Teologia Umbandista está, claramente, ENGANANDO.

Em uma das minhas conversas telefônicas com Rivas Neto, em meados do ano de 2002, ele perguntou se eu conhecia o significado do nome "Ubajara". Obviamente, respondi afirmativamente, dizendo que vinha da língua Tupi e significa "Senhor da Canoa" e, por extensão, "Canoeiro". Foi quando ouvi da boca do "poderoso" Mestre Arapiaga que o significado místico deste nome era "O Canoeiro que leva ao outro lado", inclusive fez ele menção a lenda de Caronte, o canoeiro que na mitologia grega, atravessava as almas dos mortos através do rio Aqueronte até o local no Hades a que eram destinados.

Então, o meu "mano velho" Yan KAÔ, um portentoso iniciado da OICD, praticamente o sucessor de Mestre Arapiaga, professor de música da Faculdade de Teologia Umbandista, vem à público dizer que "Ubajara" significa "cobra cega"? Os professores da FTU são tão mal preparados, que não sabem, ao menos, traduzir uma palavra simples e, ouso dizer, muito conhecida, em Tupi? Não existem dicionários ou gramáticas de Tupi na FTU?

Como não creio nisto, então tenho de concluir que Yan KAÔ, deliberadamente, está ENGANANDO as pessoas que leram seu e-mail, mentindo, forjando uma tradução afim de destilar sua peçonha contra mim. Sinceramente, isto não fica nada bem para um professor universitário, não acham?

Mas como costumo dar o benefício da dúvida às pessoas, ainda mais se tratando de alguém que se auto-alcunhou como KAÔ, realmente é possível que ele não saiba o significado do nome "Ubajara" (aliás, absolutamente provavel...).

Portanto, como bom Umbandista, não perco a chance de ENSINAR um pouco ao digníssimo Mestre-Iniciado-Professor-Alabê da OICD, afim que o mesmo, no futuro, ao destilar seu veneno contra mim (que me gera frouxos de risos) não traduza mais, erroneamente, alguma coisa, para não ficar a impressão de que usa de MÁ-FÉ com aqueles que o lêem.

No site "Brasília Virtual", lemos:

"Ubajara é de origem indígena e de igual maneira a tradução que, claro prevalece para o nome é "Senhor da Canoa". Este nome teria surgido da lenda de 1 cacique que, vindo do litoral, teria habitado a gruta por muitos anos. Existem outras traduções para o nome como "Senhor das Flechas" e de igual maneira "Flecheiro Exímio". Algumas pessoas acreditam que, claro a origem da Gruta de Ubajara deve-se às escavações tambem em busca de prata, somado a quase duzentos anos de intempéries. A origem e de igual maneira essência do Parque sempre foram a Gruta de Ubajara, motivo de apaixonadas crônicas de personalidades locais."

No site "Aprende Brasil", que vem a calhar para socorrer nosso ignorante "Mestre Kaô", temos o seguinte:

"O topônimo Ubajara foi sugerido pelos Drs. Joaquim da Cunha Fontinele e Luiz Martins de Morais, este então diretor do distrito telegráfico do Ceará. Segundo alguns estudiosos, foi espirado pela gruta e teve origem nos vocabulários indígenas UBÁ (canoa) e JARA (Senhor) = Senhor da Canoa."

Para completar a aula sobre a língua Tupi, informo ao beócio Mestre Obashanan, que "cobra" neste idioma é "M'boîa" (Curso de Tupi Antigo) e "cego" é "Esaeýma". (in "Método Moderno de Tupi Antigo - 3ª Ed. 2006, Navarro, Eduardo de Almeida")

Mas, infelizmente, por mais que eu tenha pesquisado e apelado até mesmo para o Arqueômetro, não consegui nenhuma referência ou tradução para "obashanan". Pelo jeito, somente o "professor" de música da Faculdade de Teologia Umbandista conseguiu encontrar "cobra cega" em meu nome iniciático.

Na verdade, fico sempre muito satisfeito quando meu amigo Yan KAÔ faz menção à minha apagada pessoa em seus faniquitos nervosos virtuais. Todas as vezes que leio qualquer coisa vindo dos "oicidianos", sinto-me deveras orgulhoso, já que só combatemos aquilo que tememos e, com certeza, tenho sido tão temido por esta gente, que eles não podem deixar de me combater.

O desespero chegou a tal ponto, que agora partem para a mentira, a enganação pura e simples em relação a um nome de origem Tupi. Lamentável, realmente, para uma pessoa que ocupa cargo no Corpo Docente de uma Faculdade.

Enfim, este episódio só vem, com certeza, provar o que sempre digo por aqui: paz, harmonia, convivência, passa longe dos asseclas de Rivas Neto. E, pelo jeito, autenticidade e conhecimento também.