Há poucos dias atrás, relendo algumas revistas antigas deparei-me com um artigo da Revista Ultimato intitulado "A Igreja Brasileira está com labirintite", escrito pelo diretor do Centro Menonita de Teologia, o teólogo Reverendo Marcos Roberto Inhauser onde o mesmo, dentre outras colocações, narrava as informações que vem recebendo sobre o que ele classifica como "práticas litúrgicas estranhas" às Igrejas protestantes brasileiras.
Obteve ele informações de que "há um pastor expulsando o demônio da obesidade, outro que expulsa o demônio da caspa, da bronquite e da asma". Também nos dá conta de uma Igreja no Rio de Janeiro que tem uma faixa em frente com os dizeres: "Sexta-feira: Dia do pai maior - Sal Grosso e alho". Uma Igreja no interior de São Paulo, onde as pessoas ao entrarem são lavadas com sal grosso para impedir a entrada de demônios, além da bastante prática de "entrevistar demônios" durante cultos com exorcismos. Este artigo foi escrito em 1995, e como continua atual.
Hoje o ilustre reverendo deve estar com cabelos brancos de ver como as Igrejas ditas evangélicas estão funcionando. São tantas práticas estranhas ao meio que não há como se classificar "quem é quem" neste meio.
É impossível se falar neste assunto sem citar a Igreja Universal do Reino de Deus, visto que seu fundador, o "bispo" Edir Macedo era (ou pelo menos se dizia) umbandista. A IURD mantém vários programas de televisão onde podemos observar os absurdos que são praticados em termos de doutrina.
Começamos pela denominação que dão às reuniões. Nas terças-feiras ha uma reunião denominada "Terça-feira do Descarrego", onde os pastores se vestem de branco, usam terminologia umbandista e, há pouco tempo, estavam distribuindo o "sabão de arruda" para tirar as "coisas ruins" do "corpo e da alma".
A inovação é evidente até mesmo para o meio Umbandista: nunca tinha ouvido falar em "sabão de arruda"! Além do tal sabão, é comum a distribuição de óleos, alianças, espadas, escudos, lenços e toda a sorte de "amuletos" ao fiéis, que deve, é claro, contribuir com alguma soma significativa para alcançarem o "milagre".
Em outras denominações neo-pentecostais a situação não é diferente. A Igreja Internacional da Graça de Deus, comandada por um cunhado e dissidente da IURD, o "Missionário" R.R Soares, segue os passos de sua inspiradora. Em Belo Horizonte, podemos ver o "Reverendo" João Batista expulsando "demônios", distribuindo amuletos e incutindo toda a sorte de elementos estranhos à fé evangélica.
O mais hilário disto (para não dizer triste) são as famosas "entrevistas" com os supostos "demônios" que, invariavelmente, identificam-se com nome do Exus Guardiões da Umbanda. O que se vê nesta ocasiões são pessoas extremamente sugestionáveis que chegam ao ponto de "receberem os demônios" a um simples comando do Pastor que enquanto isto encoraja os demais participantes a gritarem histericamente "queima, queima" para mandar o "tinhoso" de volta aos infernos de onde veio. Coisas que não acontecem "por cá" na Umbanda, visto que os Umbandistas sérios respeitam profundamente o sofrimento das pessoas e nunca exporiam ninguém à uma situação ridícula destas.
Paradoxalmente, tais Igrejas utilizam de métodos e terminologias de religiões e doutrinas que, pelo menos teoricamente, são contrários aos seus ensinamentos e convicções. Fazem, na verdade, uma adaptação, tentam dar uma roupagem nova à práticas que há muitos anos são usadas por religiões de cunho espiritualistas, que eles combatem, mas, como toda boa seita, acreditam que eles tudo podem porque, afinal, são detentores de uma "verdade absoluta" e os verdadeiros (e únicos) "filhos de Deus".
Obteve ele informações de que "há um pastor expulsando o demônio da obesidade, outro que expulsa o demônio da caspa, da bronquite e da asma". Também nos dá conta de uma Igreja no Rio de Janeiro que tem uma faixa em frente com os dizeres: "Sexta-feira: Dia do pai maior - Sal Grosso e alho". Uma Igreja no interior de São Paulo, onde as pessoas ao entrarem são lavadas com sal grosso para impedir a entrada de demônios, além da bastante prática de "entrevistar demônios" durante cultos com exorcismos. Este artigo foi escrito em 1995, e como continua atual.
Hoje o ilustre reverendo deve estar com cabelos brancos de ver como as Igrejas ditas evangélicas estão funcionando. São tantas práticas estranhas ao meio que não há como se classificar "quem é quem" neste meio.
É impossível se falar neste assunto sem citar a Igreja Universal do Reino de Deus, visto que seu fundador, o "bispo" Edir Macedo era (ou pelo menos se dizia) umbandista. A IURD mantém vários programas de televisão onde podemos observar os absurdos que são praticados em termos de doutrina.
Começamos pela denominação que dão às reuniões. Nas terças-feiras ha uma reunião denominada "Terça-feira do Descarrego", onde os pastores se vestem de branco, usam terminologia umbandista e, há pouco tempo, estavam distribuindo o "sabão de arruda" para tirar as "coisas ruins" do "corpo e da alma".
A inovação é evidente até mesmo para o meio Umbandista: nunca tinha ouvido falar em "sabão de arruda"! Além do tal sabão, é comum a distribuição de óleos, alianças, espadas, escudos, lenços e toda a sorte de "amuletos" ao fiéis, que deve, é claro, contribuir com alguma soma significativa para alcançarem o "milagre".
Em outras denominações neo-pentecostais a situação não é diferente. A Igreja Internacional da Graça de Deus, comandada por um cunhado e dissidente da IURD, o "Missionário" R.R Soares, segue os passos de sua inspiradora. Em Belo Horizonte, podemos ver o "Reverendo" João Batista expulsando "demônios", distribuindo amuletos e incutindo toda a sorte de elementos estranhos à fé evangélica.
O mais hilário disto (para não dizer triste) são as famosas "entrevistas" com os supostos "demônios" que, invariavelmente, identificam-se com nome do Exus Guardiões da Umbanda. O que se vê nesta ocasiões são pessoas extremamente sugestionáveis que chegam ao ponto de "receberem os demônios" a um simples comando do Pastor que enquanto isto encoraja os demais participantes a gritarem histericamente "queima, queima" para mandar o "tinhoso" de volta aos infernos de onde veio. Coisas que não acontecem "por cá" na Umbanda, visto que os Umbandistas sérios respeitam profundamente o sofrimento das pessoas e nunca exporiam ninguém à uma situação ridícula destas.
Paradoxalmente, tais Igrejas utilizam de métodos e terminologias de religiões e doutrinas que, pelo menos teoricamente, são contrários aos seus ensinamentos e convicções. Fazem, na verdade, uma adaptação, tentam dar uma roupagem nova à práticas que há muitos anos são usadas por religiões de cunho espiritualistas, que eles combatem, mas, como toda boa seita, acreditam que eles tudo podem porque, afinal, são detentores de uma "verdade absoluta" e os verdadeiros (e únicos) "filhos de Deus".