sexta-feira, abril 24, 2009

CORAGEM OU ESTUPIDEZ?

Realmente, esta nossa "Umbanda Virtual" é um mundo estranho, cheio de seres bizarros, com idéias igualmente bizarras, que acreditam viver em um mundo do "faz-de-conta", onde as coisas se dividem entre "bem" e "mal", "certo" ou "errado", "justo" ou " injusto", sem levar em conta que nem sempre o que é correto prevalece. Aliás, raramente prevalece.

Em meio aos delírios apométricos, as "inicações" no Astral (inclusive levadas á efeito pelo próprio Mestre Yapacani, segundo alguns...), à megalomania de uns e outros, ao fetichismo exarcerbado, aos linguistas de fundo-de-quintal, temos pessoas que acreditam, piamente, que realmente existe um "iluminado" que irá conduzir a Umbanda para os píncaros da glórias, que o papo de unir todos os ritos e todos os "povos" da "Banda" não é mera utopia.

Os comentários que vejo sobre meus artigos, sejam em listas, comunidades virtuais e até mesmo e-mails que recebo, se resumem em dizer que sou "invejoso", além de outros adjetivos impublicáveis.

Os desafetos vivem respondendo às minhas colocações em seus próprios espaços, respostas estas que chegam até à mim por terceiros, já que eu não perco meu tempo lendo o que escrevem em seus blogs e sites, ao contrário deles que são meus assíduos leitores.


Outros dizem que é "estupidez" de minha parte enfrentar alguns "magos" por ai, que só tenho a perder em uma eventual demanda contras estes senhores, que são "poderosos", conhecem do "riscado" e outras bobagens.

Só tenho medo de três coisas neste mundo: injeção, tubarão e marimbondo. Mesmo assim porque tive experiências desgradáveis e quase fatais na minha infância e adolescência por conta destes elementos.

Por outro lado, "magos", "feiticeiros", "macumbeiros", nunca conseguiram, ao menos, arranhar meu corpo astral (ou físico) com suas mandingas. Um "portentoso mago" já chegou a me ameaçar de "força de exu", dizendo (ao telefone) que estava dentro da sua tronqueira e que colocaria meu nome aos pés do "escora" dele. A resposta foi "Exu eu também tenho", seguida de uma sonora gargalhada de minha parte.

Esta turminha já tentou (e tenta) de tudo para me calar: já fui caluniado, difamado, injuriado, ameaçado. Já processei (e continuo processando) muitos idiotas que acham que a internet é "terra de ninguém" e que a honra, a dignidade e a moral das pessoas podem ser atacadas sem reação.

Não invejo pessoas que renegaram o próprio Mestre, que tentam destruir e sepultar suas obras, que são hipócritas em se mostrar de uma forma em público e de outra em privado. Nunca usei da minha mediunidade para enganar ninguém, me deitar com mulher nenhuma ou "viver da Umbanda".

Nunca fui a seminários por conta de ninguém, muito menos exigi me alimentar em churrascarias de luxo, me hospedar em hotéis quatro estrelas e ingerir litros de caipirinha às custas de incautos. Minha atividade profissional não está direta ou indiretamente ligada à Umbanda, como é o caso de muitos por ai.

Outros questionam quais seriam meus objetivos em denunciar, criticar, satirizar algumas pessoas e todo este estado de coisas em que vive o movimento umbandista.

A resposta é simples: como o colibri da fábula, que diante do incêndio na floresta levava um pouco d'água em seu bico na tentativa de apagar as chamas, eu faço a minha parte, saindo deste lugar comum em que a maioria dos umbandistas se acomodou.

Tenho sempre presente aquela frase escrita por Anatole France quando reproduziu, em versão diversa, o conto de Charles Perrault sobre "Barba Azul". Disse Anatole: "O que pode a verdade nua e crua contra o prestígio cintilante da mentira?"

Não prestigio "mentiras cintilantes" e/ou iniciativas claramente interesseiras, oportunistas, como é o caso de gente que ontem condenava várias coisas dentro da religião e hoje as defendem com "unhas e dentes", assim como títulos, cargos e honrarias não me compram.

Não sou ovelha e nem pastor: eu sou o LOBO.

Já existem ovelhas e pastores bonzinhos e cheio de virtudes no movimento umbandista.

Estava na hora de aparecer um lobo porque, afinal de contas, em toda história da carochinha tem de existir um vilão. O que fica difícil de saber é se realmente sou um lobo solitário, ou quantos outros lobos estão travestidos em peles de ovelhas e, porque não, de pastores.

Realmente difícil discernir "quem é quem" nesta fábula.