quinta-feira, abril 20, 2006

SHMIRAT HALASHON (guardar a língua)

Os humanos são feitos de terra. Qualquer ser humano pode ser reduzido a um pequeno monte de minerais e elementos da terra. Ainda assim, esta entidade aparentemente insignificante tem uma função sublime – ela age como um recipiente da neshamá (alma), a faísca Divina com a qual D’us imbuiu o homem.

A boca é a interseção desta essência física e espiritual. Ela conduz a essência Divina do homem no mundo físico, sob a forma das palavras que diz. A capacidade de falar é uma ponte entre o ser humano físico, que pertence à Terra, e o ser espiritual. Ela dá ao homem a capacidade de ativar o seu eu espiritual.

Quando HaShem pegou o pó da terra, formou o homem e lhe infundiu uma alma Divina, ELE criou uma criatura singular que dentro dela contivesse tanto o espiritual, quanto o físico. Essa é a dualidade que dota o homem com o livre arbítrio. Se ele ficasse limitado estritamente ao mundo físico, não teria mais livre-arbítrio que os animais. E se estivesse conectado unicamente ao mundo espiritual, não teria mais livre-arbítrio que os anjos. Como o homem vive em ambos os mundos, ele tem a capacidade de escolha.

Por conseguinte, a boca, onde esses dois mundos se cruzam, é onde o livre-arbítrio fica evidente com maior clareza. Quando uma pessoa escolhe utilizar esse poder da palavra de forma insensata, a escolha que ela está fazendo não é simplesmente entre falar lashon hará ou exercer o autocontrole. É uma questão de exercer o seu eu Divino, ou o seu eu terreno. A palavra também tem outro poder terrível, que é literalmente, o de redefinir a realidade.

Os pensamentos existem numa esfera separada, privada. Após ter sido articulado, o pensamento deixa de ser um assunto privado. Ele se torna um item na agenda do mundo – algo com o qual se pode concordar ou discordar, demonstrado, ou desmentido; ouvido ou ignorado.

Uma pessoa pode trabalhar lado a lado com outra, durante anos, e durante esse tempo todo, alimentar o pensamento de que seu colega é “chato”. Durante todos esses anos, o pensamento não tem o poder de afetar nada, nem ninguém, além da pessoa que o pensa. De repente, um dia, esta pessoa participa de uma conversa com um terceiro colega, e lhe oferece a sua opinião sobre o outro homem, como sendo um “chato”. No instante em que esse pensamento é liberado para o mundo, ele dá o ponto de partida para um caminho da destruição.

Agora, a atenção de outra pessoa foi chamada para os modos deste homem supostamente “chato”. Ela perde um pouco de respeito por ele, identificando-o como menos competente, e um pouco menos atraente como ser humano. Inevitavelmente, esta nova avaliação afeta o relacionamento dos dois."

Por conseguinte, a boca, onde esses dois mundos se cruzam, é onde o livre-arbítrio fica evidente com maior clareza. Quando uma pessoa escolhe utilizar esse poder da palavra de forma insensata, a escolha que ela está fazendo não é simplesmente entre falar lashon hará ou exercer o autocontrole. É uma questão de exercer o seu eu Divino, ou o seu eu terreno.

A palavra também tem outro poder terrível, que é literalmente, o de redefinir a realidade. Os pensamentos existem numa esfera separada, privada. Após ter sido articulado, o pensamento deixa de ser um assunto privado. Ele se torna um item na agenda do mundo – algo com o qual se pode concordar ou discordar, demonstrado, ou desmentido; ouvido ou ignorado.

Uma pessoa pode trabalhar lado a lado com outra, durante anos, e durante esse tempo todo, alimentar o pensamento de que seu colega é “chato”. Durante todos esses anos, o pensamento não tem o poder de afetar nada, nem ninguém, além da pessoa que o pensa. De repente, um dia, esta pessoa participa de uma conversa com um terceiro colega, e lhe oferece a sua opinião sobre o outro homem, como sendo um “chato”.

No instante em que esse pensamento é liberado para o mundo, ele dá o ponto de partida para um caminho da destruição. Agora, a atenção de outra pessoa foi chamada para os modos deste homem supostamente “chato”. Ela perde um pouco de respeito por ele, identificando-o como menos competente, e um pouco menos atraente como ser humano. Inevitavelmente, esta nova avaliação afeta o relacionamento dos dois.

Ela cria um preconceito na mente da terceira pessoa, que está confirmará, toda vez que a pessoa “chata” fizer ou dizer alguma coisa. E pode ir muito além. Essa terceira pessoa poderá compartilhar sua recém descoberta com outras pessoas, alterando as percepções delas também e nem sequer é necessário que elas acreditem no que estão ouvindo, pois vai penetrando no subconsciente colorindo suas futuras avaliações do comportamento dessa pessoa.

As nossas palavras têm um impacto profundo no Céu também, e os nossos sábios afirmam que as palavras proferidas aqui na Terra são as ferramentas através das quais uma acusação é formulada perante o tribunal Divino. Satã, o adversário, sempre está pronto com a sua acusação, mas ele precisa de uma segunda testemunha para iniciar o processo judicial.... (ou... processo de destruição).

HaShem concedeu ao Seu povo o poder de agir como testemunha e dessa forma participar da abertura de um caso contra uma outra pessoa. Lashon Hará (maledicência) tem o efeito drástico de transformar uma pessoa na testemunha que confirma a Satã. A pessoa que fala lashon hará alimenta a satã com o que ele precisa para começar a acusação. As palavras que Satã emprega ao fazer a sua acusação, são as palavras que uma pessoa falou contra outra pessoa.

Portanto, falar lashon hará não apenas inicia um processo contra uma pessoa, como também, literalmente, coloca palavras acusatórias na boca de Satã. HaShem concedeu a Satã um poder acusatório ainda maior. Tendo cumprido as exigências para iniciar o processo, ele domina a situação. "

Ela cria um preconceito na mente da terceira pessoa, que está confirmará, toda vez que a pessoa “chata” fizer ou dizer alguma coisa. E pode ir muito além. Essa terceira pessoa poderá compartilhar sua recém descoberta com outras pessoas, alterando as percepções delas também e nem sequer é necessário que elas acreditem no que estão ouvindo, pois vai penetrando no subconsciente colorindo suas futuras avaliações do comportamento dessa pessoa.

As nossas palavras têm um impacto profundo no Céu também, e os nossos sábios afirmam que as palavras proferidas aqui na Terra são as ferramentas através das quais uma acusação é formulada perante o tribunal Divino.

Satã, o adversário, sempre está pronto com a sua acusação, mas ele precisa de uma segunda testemunha para iniciar o processo judicial.... (ou... processo de destruição). HaShem concedeu ao Seu povo o poder de agir como testemunha e dessa forma participar da abertura de um caso contra uma outra pessoa. Lashon Hará (maledicência) tem o efeito drástico de transformar uma pessoa na testemunha que confirma a Satã.

A pessoa que fala lashon hará alimenta a satã com o que ele precisa para começar a acusação. As palavras que Satã emprega ao fazer a sua acusação, são as palavras que uma pessoa falou contra outra pessoa. Portanto, falar lashon hará não apenas inicia um processo contra uma pessoa, como também, literalmente, coloca palavras acusatórias na boca de Satã.

HaShem concedeu a Satã um poder acusatório ainda maior. Tendo cumprido as exigências para iniciar o processo, ele domina a situação.

Isso porque o Tribunal Divino funciona com base no princípio de midá kenegued midá (medida por medida), uma forma perfeita de justiça. Este sistema de justiça determina o que a pessoa que falou lashon hará causou a outra pessoa, e volta para ela em igual medida.

Nosso Mashiach Yeshua disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”. (Mateus 7:1-2)

Autor: Rabino Yisrael Meir K. de Radin