Ontem (16/04/20019) estava assistindo a entrevista do tal INRI CRISTO no "Programa do Jô". Para quem não sabe, este cidadão se diz a reencarnação de Jesus Cristo, tem um séquito de discípulos e uma doutrina (?!?) confusa, contraditória, que não diz nada com coisa nenhuma.
Como ele mesmo afirmou, há quarenta anos atrás ninguém dava muito importância ou acreditava que seu "ministério" duraria mais do que alguns meses. Com certeza, as pessoas não o viam mais do que um louco, não muito diferente de quem diz ser Napoleão ou Voltaire.
Acontece que Inri Cristo é um louco que deu certo. Dizem que tem até um doutor da Universidade de Souborne entre seus discípulos e, ao que aprece, tem feito vários seguidores pelo mundo todo. Todos seguindo aquele que se diz a reencarnação do Rabi da Galiléia.
Na Umbanda também temos um "Inri Cristo".
O nosso tem um discurso mais crível, mas não menos megalomaníaco.
Assim como o original, o "Inri Cristo" umbandista diz ser a reencarnação de um grande condutor da espécie humana, que esteve nos Templos do Tibet, Indía, Egito, e está encarnado hoje como o "Grande Arauto" de Aruanda. Chegou até mesmo a dizer que o seu Mestre teria vindo para preparar a sua chegada e que a Verdadeira Raiz não era a de Pai Guiné e sim a do Caboclo Urubatão da Guia, que ele diz incorporar.
Por anos o nosso "Inri Cristo" defendeu que atabaques eram prejudiciais aos contatos medíúnicos, que as entidades que militam na faixa vibratória do chamado Catimbó ou Encantaria eram kiumbas, "pilantras mesmo" (ao se referir ao Zé Pilintra), que matanças de animais eram completamente dispensáveis em termos magísticos e ritualísticos e, de repente, mudou tudo.
O que era deixou de ser e o que não era passou a ser.
Agora, em seus ritos são usados os tambores, a matança de animais e o mesmo até se vangloria em ter (supostamente) sido iniciado na Encantaria, receber Zé Pilintra (aquele que ele chamou de "pilantra mesmo") e um tal de "mestre Canindé".
Por detrás do discurso convergente e de respeito à diversidade, ambos os "Inri Cristos", nunca perdem a chance de atacar seu desafetos. O "original" ataca a Igreja Católica, o umbandista ao seu grande desafeto, Rubens Saraceni.
Com um pouco de imaginação, podemos até mesmo ver algumas semelhanças físicas entre um e outro, a começar pela barba branca, o olhar fixo e levemente enviesado. É fato que o outro fala um português muito melhor do que o nosso, se dá muito bem com as câmeras e programas de televisão.
E somente agora, ao reler o texto, vejo que ambos têm mais uma coisa em comum, da qual adoram se vangloriar: quarenta anos de vida pública e religiosa.
Inri Cristo está fazendo história e... clones.
Como ele mesmo afirmou, há quarenta anos atrás ninguém dava muito importância ou acreditava que seu "ministério" duraria mais do que alguns meses. Com certeza, as pessoas não o viam mais do que um louco, não muito diferente de quem diz ser Napoleão ou Voltaire.
Acontece que Inri Cristo é um louco que deu certo. Dizem que tem até um doutor da Universidade de Souborne entre seus discípulos e, ao que aprece, tem feito vários seguidores pelo mundo todo. Todos seguindo aquele que se diz a reencarnação do Rabi da Galiléia.
Na Umbanda também temos um "Inri Cristo".
O nosso tem um discurso mais crível, mas não menos megalomaníaco.
Assim como o original, o "Inri Cristo" umbandista diz ser a reencarnação de um grande condutor da espécie humana, que esteve nos Templos do Tibet, Indía, Egito, e está encarnado hoje como o "Grande Arauto" de Aruanda. Chegou até mesmo a dizer que o seu Mestre teria vindo para preparar a sua chegada e que a Verdadeira Raiz não era a de Pai Guiné e sim a do Caboclo Urubatão da Guia, que ele diz incorporar.
Por anos o nosso "Inri Cristo" defendeu que atabaques eram prejudiciais aos contatos medíúnicos, que as entidades que militam na faixa vibratória do chamado Catimbó ou Encantaria eram kiumbas, "pilantras mesmo" (ao se referir ao Zé Pilintra), que matanças de animais eram completamente dispensáveis em termos magísticos e ritualísticos e, de repente, mudou tudo.
O que era deixou de ser e o que não era passou a ser.
Agora, em seus ritos são usados os tambores, a matança de animais e o mesmo até se vangloria em ter (supostamente) sido iniciado na Encantaria, receber Zé Pilintra (aquele que ele chamou de "pilantra mesmo") e um tal de "mestre Canindé".
Por detrás do discurso convergente e de respeito à diversidade, ambos os "Inri Cristos", nunca perdem a chance de atacar seu desafetos. O "original" ataca a Igreja Católica, o umbandista ao seu grande desafeto, Rubens Saraceni.
Com um pouco de imaginação, podemos até mesmo ver algumas semelhanças físicas entre um e outro, a começar pela barba branca, o olhar fixo e levemente enviesado. É fato que o outro fala um português muito melhor do que o nosso, se dá muito bem com as câmeras e programas de televisão.
E somente agora, ao reler o texto, vejo que ambos têm mais uma coisa em comum, da qual adoram se vangloriar: quarenta anos de vida pública e religiosa.
Inri Cristo está fazendo história e... clones.